Mostrando postagens com marcador SALVAÇÃO. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador SALVAÇÃO. Mostrar todas as postagens

24 fevereiro 2021

O JULGAMENTO FINAL - THE FINAL JUDGMENT

JULGAMENTO-FINAL

Existem numerosos testemunhos de Jesus Cristo e dos Apóstolos sobre a realidade e indisputabilidade do Julgamento Universal, extensivo a todos os humanos vivos ou mortos, que será determinado pelo juízo de Deus. O destino final de cada setenciado deve perdurar por muito tempo e o resultado será a Vida Eterna para os justos e o tormento eterno para os malignos e perversos.

19 fevereiro 2021

UM BREVE MOMENTO PARA BRILHAR - A BRIEF MOMENT TO SHINE

MOMENTO-PARA-BRILHAR

O que estamos enfrentando não é apenas um novo nível de tirania, mas um novo tipo de tirania que requer mais do que obediência passiva ou inação das pessoas a fim de preservar seu status quo. O 'novo normal' exige que as pessoas façam coisas impostas para validar positivamente este inadequado e falso normal, mas não obriga simplesmente que aceitem passivamente o fato.

14 fevereiro 2021

O EQUILÍBRIO MISTERIOSO DO BEM E DO MAL - THE MYSTERIOUS BALANCE OF GOOD AND EVIL

GOOD-AND-EVIL

Deus criou o mundo perfeito em todos os sentidos, porém os humanos rejeitaram a Deus e como resultado a existência do sofrimento e a perversidade se abateram sobre a Terra. Portanto, o mundo em que vivemos agora não é aquele que Deus criou, uma vez que o mal e a ausência do bem foi responsável pelo sofrimento das pessoas.

24 janeiro 2021

JESUS CRISTO E OS VERDADEIROS CRISTÃOS - JESUS CHRIST AND THE TRUE CHRISTIANS

JESUS-CRISTO

O princípio básico do Cristianismo é que devemos conduzir nossas vidas tomando como exemplo os Ensinamentos de Jesus. Sua essência divina provém do fato de que Jesus é o Filho perfeito e Único de Deus nascido no mundo para testemunhar o Amor do Seu Pai. O maior título de benemerência de Jesus é a Sua bondade.

14 dezembro 2020

A NATIVIDADE - THE NATIVITY

NATIVIDADE

Antes do nascimento de Jesus a população de Nazaré debatia animadamente sobre um fato sem precedentes, o recente édito de Roma no qual o imperador Caesar Octavianus Augustus ordenara que os cidadãos retornassem aos seus vilarejos de origem em cumprimento ao recenseamento do Império Romano.

17 outubro 2020

A VIDA ETERNA - ETERNAL LIFE

VIDA-ETERNA

A Eternidade da alma humana é determinada quando aceitamos a Salvação - a felicidade eterna obtida após a morte - oferecida por Deus e corporificada desde a Ressurreição de Jesus Cristo. Na teologia, um novo paradigma comprova que o 'processo da salvação' é a grande síntese da manifestação de Deus e que esta revelação é intrinsicamente dinâmica.

22 setembro 2020

A EXISTÊNCIA DE DEUS E O UNIVERSO - THE EXISTENCE OF GOD AND THE UNIVERSE

DEUS-UNIVERSO

A existência de Deus é muito mais provável do que a Sua inexistência, e a onipresença da religião nas populações e suas experiências de contato direto com o divino não resultam numa prova absoluta, pelo menos para aqueles que não acreditam ou não vivenciaram experiências sobrenaturais que fornecem uma razão para a crença na existência de Deus. Da mesma forma, considerações de ordem metafísica e cosmológica acrescentam um peso a mais ao argumento conceitual.

18 setembro 2020

JESUS, A PÁSCOA E O ESTADO - JESUS, EASTER AND THE STATE

JESUS-PASCOA-ESTADO

Por que a corrupção no governo sempre nos surpreende e esperamos alguma coisa a mais em vez disso? O governo é uma força organizada que toma a nossa riqueza e fabrica as guerras, e mesmo assim ainda supomos que homens honestos serviriam para esse tipo de trabalho.

14 setembro 2020

DEUS E A ETERNIDADE - GOD AND ETERNITY

DEUS-ETERNIDADE

Deus em Sua essência é incompreensível e habita na luz inacessível, a qual nenhum homem viu nem pode ver. Nós não explicamos Deus e confessamos não ter um conhecimento exato a respeito Dele. No entanto, até certo ponto nós identificamos Deus, pois Ele revelou-se para a humanidade na forma humana do Seu Filho Jesus Cristo.

Mas devemos fazer a distinção entre a compreensão de Deus, o que essencialmente é impossível, e o conhecimento sobre Ele pois, ainda que seja incompleto, um pouco nos foi revelado através do conhecimento das Leis Universais, das maravilhas naturais e de nós mesmos, já que espelhamos o ato da criação primordial.

Os segredos de Deus desde a criação do mundo, o Seu eterno Ser e a Sua Divindade, entendemos claramente através das coisas que nos foram criadas. Desta forma, o que é invisível Nele torna-se visível através da observação da Criação como um todo, pois o Universo e a Terra são o reino do pensamento Divino materializado.

Deus revelou-se através da encarnação do Seu Filho unigênito, que O fez conhecido por nós ao ensinar os conhecimentos do Seu Pai. Jesus Cristo ensinou: "Todas as coisas Me foram entregues por Meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho O quiser revelar".

Até a queda do Império Romano do Ocidente, os hebreus heréticos introduziam a ideia de que Deus seria totalmente incompreensível e inacessível ao entendimento humano. Eles construíram suas afirmações sobre a suposição de que Deus seria constituido por uma essência simples, sem conteúdo interior ou qualidades.

Assim, começaram a criar denominações e atributos que julgavam ser pertinentes a Deus: Theos, 'Aquele que vê'; Jeová, 'Aquele que é', ou indicar alguma característica singular, como: 'A sua não-origem', etc. Isto é, de uma maneira acintosa e ofensiva os edomitas-talmúdicos dispuseram-se a inventar termos fictícios a respeito de Deus. Outros heréticos, como os marcionitas, também afirmaram que Deus é completamente desconhecido e inacessível à nossa compreensão.

DEUS-ETERNIDADE

Os gnósticos também raciocinavam desta forma, como Valentino, o teólogo gnóstico do período do cristianismo primitivo, e os anomoenses no IV século. O gnosticismo era um movimento religioso, de caráter sincrético e esotérico, desenvolvido nos primeiros séculos de nossa era à margem do Cristianismo institucionalizado, combinando misticismo e especulação filosófica.

Entretanto, para os cristãos existem diferentes níveis de intelectualização (discurso lógico) visando o conhecimento de Deus, o que é útil e necessário para nós. Se a essência de Deus fosse incompreensível, não falaríamos a respeito Dele! Se eu não consigo beber um rio inteiro, posso tomar a água com moderação para meu benefício.

Se meus olhos não podem enxergar tudo o que o sol ilumina, posso contemplar aquilo que é possível e necessário para continuar vivendo. Quando vou a um grande pomar e não consigo comer todas as frutas, não vou embora do pomar completamente faminto.

Se desejas falar sobre Deus renuncie a teu próprio corpo, a teus sentidos corporais e abandone a Terra. Faça com que o ar esteja abaixo de ti e passe sobre as estações do ano; coloca-te acima do éter e atravesse as estrelas - seu esplendor, grandeza e benefícios que elas fornecem, sua boa ordem, brilho, movimento e o vínculo entre elas.

Tendo passado através de tudo isso em tua mente, vá para o Céu. Postando-se acima Dele só com o teu pensamento, e observe as majestades que lá estão - os Chefes Arcanjos, a Glória dos Domínios, a Presidência dos Tronos, os Poderes, Principados e Autoridades.

Se quiser falar com Deus, eleve a tua mente acima dos limites dela e apresente-se à essência de Deus; imutável, simples, complexa, indivisível, poder inexplicável, magnitude infinita, glória resplandecente, infindável bondade, beleza incomensurável que golpeia poderosamente nossa alma mas que não pode ser validamente descrita em palavras.

DEUS-ETERNIDADE

Tal exaltação de espírito é demandada a alguém que quer falar com Deus. No entanto, nessa condição, os pensamentos humanos são capazes somente de permanecer nos atributos da Divindade e não na verdadeira essência da Divindade. Assim, pode-se falar somente dos atributos de Deus, mas não da Sua verdadeira essência.

A existência de Deus é atemporal, pois o tempo é somente uma forma para seres limitados e mutáveis. Para Deus não há passado nem futuro, só há o presente.

A Santidade consiste não só na ausência da malignidade ou pecado, mas na presença de valores espirituais mais elevados, juntos com a pureza em relação ao pecado. Santidade é como a luz, e a Santidade de Deus é como a mais pura das luzes. Ele é a fonte da Santidade para anjos e homens.

Os homens podem atingir a Santidade somente em Deus, não por natureza, mas por participação, por luta e oração. A Santidade e a Justiça de Deus estão intimamente ligadas. Deus chama cada um para a vida eterna Nele, no Seu Reino, e isso significa em Sua Santidade.

No Reino de Deus nada impuro pode entrar. O Senhor nos limpa por intermédio das provações, assim como por Seus atos providenciais, pois nós devemos passar pelo julgamento da justiça. Este julgamento para nós é terrível, por causa da nossa consciência dos valores cristãos, morais e espirituais. Como poderemos entrar no Reino da Santidade e Luz se nos sentirmos impuros, sem nenhuma semente de Santidade! 

DEUS-ETERNIDADE

Deus oferece ao ser humano tantas coisas boas que cada um pode receber estas dádivas de acordo com a sua natureza e condição, que corresponde estar em harmonia geral com o Universo. Mas só para o homem é que Deus revela uma bondade particular.

Ele nos ama mais do que um pai, uma mãe, um amigo ou qualquer outro que nos possa amar. Ama-nos mais do que nós podemos amar a nós mesmos, porque Ele está preocupado mais com a nossa Salvação do que com a Sua própria Glória. Um testemunho disso é que Ele enviou ao mundo Seu Filho Único, Jesus Cristo, para sofrer e morrer somente para nos revelar o caminho da Salvação e da Vida Eterna.

Se o ser humano não entende o poder completo da bondade de Deus, isso ocorre porque concentra seus pensamentos e desejos demasiadamente no seu bem-estar terreno. A Providência de Deus costuma dar-nos coisas terrenas e temporais junto com o chamado para adquirirmos as 'coisas boas eternas' para a nossa alma.

Por conseguinte, nós acreditamos em um só Deus, um princípio sem começo, incriado, indestrutível e imortal, eterno, ilimitado, incircunscritível, irrestrito, infinito em poder, incorporal, imutável, desapaixonado, constante, invisível, fonte de bondade e justiça, luz intelectual e inacessível. O Poder que não está sujeito a qualquer medida, mas que é medido somente por Sua própria Vontade, pois Ele faz todas as coisas que O agradam.





23 janeiro 2020

OS ÚLTIMOS DIAS DO PAPA SÃO PIO X - THE LAST DAYS OF POPE SAINT PIUS X

PAPA-PIO-X

No Anno Domini de 1914, Giuseppe Melchior Sarto, nosso Papa São Pio X, visitava o Santuário de Nossa Senhora de Lourdes na França quando, voltando-se para seu acessor Dom Bressan, afirmou: "Estou pesaroso pelo próximo Papa e não vivenciarei os fatos que virão, mas a verdade é que a 'Religio Depopulata' (religião despovoada) chegará muito em breve". Assim, podemos concluir que a percepção metafísica de São Pio X previra o despovoamento da Europa - entre outras profecias do Papa Pio X sobre a Primeira Guerra Mundial.

Naquela época, existiam profundas inimizades entre as sete grandes potências europeias: Rússia, Grã-Bretanha, França, Áustria, Hungria, Itália e Alemanha. Porém, ninguém aventava a possibilidade da queda iminente da civilização cristã tradicional, como foi previsto pelo Papa São Pio X. Mesmo o seu confidente íntimo, o Cardeal Merry del Val, sentiu-se perdido e estarrecido com a insistência do Papa sobre o que ele profetizara: a miséria resultante da Guerra Mundial e a consequente perda dos valores cristãos que adviriam sobre a humanidade.

Na noite de 28 de junho de 1914, o Papa sentia-se apreensivo e solicitou a presença do cardeal Merry del Val, que atemorizou-se com a aparência do Santo Padre, pois o medo e a preocupação dominavam suas feições. A mão que Pio X estendeu tremia, quando sussurrou: "Il Guerone (Grande Guerra) está por vir, e não vamos terminar este ano em paz". Uma batida na porta interrompeu a conversa! E uma missiva foi entregue ao Papa que, com sua mão trêmula, a deixou cair. Merry del Val pegou o papel e leu que o herdeiro austríaco e sua esposa foram assassinados.

SANTO-PAPA-PIO-X

Ainda não entendendo as graves implicações do fato, o Cardeal Merry del Val tentou atenuar a ansiedade do Santo Padre argumentando que um evento como este não desencadearia uma guerra mundial. Mas Pio X, agora extremamente cansado, apenas expressou: "Meu Senhor"! E dirigindo-se à capela do Vaticano caiu de joelhos diante do tabernáculo. Claramente o Papa Pio X profetizara a situação precária das alianças europeias, as quais não seriam capazes de ignorar um evento tão chocante como o assassinato do arquiduque Franz Ferdinand. 

Em 30 de maio de 1914, o embaixador brasileiro Dr. Chaves relatou ao Papa Pio X que não tinha dúvidas da repercussão dos eventos mundiais. Porém, no decorrer da conversa, o Papa perguntou: "Você deve estar feliz por poder voltar para o Brasil, pois assim você não vai ser uma testemunha da guerra!" Respondeu o embaixador: "A sua Santidade fala sobre o conflito dos Balcãs?" Respondeu o Papa desanimado: "Não, não, o problema dos Balcãs é apenas o começo de uma conflagração mundial que não posso evitar".

Naquela época, Pio X pregava: "Nosso programa é renovar tudo em Cristo, pois Jesus é a Verdade, e será o nosso primeiro dever ensinar esta Verdade - mas explicando numa linguagem simples que penetrará nas almas de todos. Mas desculpou-se Pio X: "Estamos convencidos de que muitos irão ressentir-se da nossa intenção de tomar parte ativa na política mundial, mas qualquer observador imparcial perceberá que o Papa, a quem o cargo supremo foi confiado por Deus, não será indiferente aos assuntos políticos ou mesmo separá-los das atribuições da Fé e da moral".

SAINT-POPE-PIO-X

O Congresso Eucarístico da época foi um grande evento que reuniu o mundo, todos unidos em espírito e oração - encerrando com o canto do hino eucarístico de louvor escrito por São Tomás de Aquino, "Tantum Ergo". Porém, as armas da guerra já eram ouvidas sobre as fronteiras - mas Deus iria responder às orações dos fiéis à Sua maneira! Nos últimos dias de julho daquele ano fatídico, o Cardeal di Belmonte voltou para  Roma e afirmou que Pio X, apesar da crescente onda de ódios nacionais, era muito amado em todas as nações da Terra.

O tempo da "Religio Depopulata" aproximava-se rapidamente! Em 02 de agosto o Papa lançou uma advertência, pedindo seriamente que todos orassem pelo destino da humanidade. Porém, Pio X estava esgotado pela tristeza e preocupação, não tendo mais forças para falar às multidões. Mesmo assim, insistiu e declarou: "Meus filhos, eu sofro por aqueles que morrem nos campos de batalha. Eu sinto que esta guerra é a minha morte, mas alegremente ofereço a minha vida pelos jovens e a paz mundial"

Pio X mal dormia, entretanto sua saúde parecia muito boa. Depois de conceder uma última audiência na Festa da Assunção, o Papa acamou-se com uma febre leve em 19 de agosto, mas completamente prostrado. Ele percebeu a gravidade da situação e disse: "Que a vontade de Deus seja feita, acho que é o fim. Talvez Ele, em Sua bondade, deseje poupar-me dos horrores que irão abater-se sobre a Europa". Naquela tarde, o Cardeal Merry del Val soube que o Papa sofria de pneumonia, sem esperanças de recuperação, e disse: "Ele desgastou-se muito para conseguir resistir a uma doença grave".

POPE-PIUS-X-THE-GREAT-WAR

De acordo com o médico, Dr. Machiafva, estas foram as últimas palavras de Giuseppe Melchior Sarto: "Ofereço minha vida como um sacrifício para prevenir o massacre de tantos dos meus filhos". Nas primeiras horas de 20 de agosto de 1914, os sinos tocaram por toda a Roma indicando a agonia final do Santo Papa Pio X, quando ele professou suas últimas palavras no dialeto veneziano: "Gesu, Giuseppe e Maria, vi dono il cuore de l’anima mia!" (Jesus, José e Maria, eu entrego a vós o coração da minha alma!). O católico, o camponês, o pontífice e o amante de tantas almas humanas eram agora um só, no momento da perfeita e total auto-rendição.




09 agosto 2019

ECOS DO PASSADO CRISTÃO - ECHOES OF CHRISTIAN PAST

ECHOES-OF-CHRISTIAN-PAST

Atualmente conhecemos os fatos históricos e as verdades únicas que os primeiros cristãos testemunharam, mas isto não significa que devemos adotar os procedimentos próprios de um passado distante. Porém precisamos aceitar a possibilidade de que algumas das atuais doutrinas não estão corretas, ainda que as tenhamos adotado com todo o nosso espírito. Também devemos evitar o uso indiscriminado da teologia para a solução dos problemas.

Não precisamos mudar nossas crenças e atitudes com base no depoimento daqueles cristãos, pois eles interpretaram as Escrituras de maneira diferente da nossa. O Novo Testamento é a única autoridade e referência para os atuais cristãos, uma literatura cuja amplitude e força do seu significado estendeu-se através dos séculos, mas os que creem nas Escrituras compiladas pelos discípulos de Jesus, agora estão divididos entre diferentes denominações.

Esta variedade de linhas ou igrejas que compõem o Cristianismo contemporâneo não subsistem, pois cada uma altera o sentido dos Ensinamentos de Jesus para atrair mais fiéis. Assim, os cristãos sentem-se obrigados a fixar outra base de autoridade teológica, depositando demasiada confiança nos impressos religiosos emitidos pelos pastores e biblicistas, seguindo os novos credos que compõem e infestam este cristianismo falseado.

Mas quanta autoridade e valor carregam na realidade tais fontes cristãs? Nenhuma! Devemos nos apegar aos relatos dos primeiros cristãos, os escritores da Igreja primitiva, que equipararam seus ensinamentos ao mesmo nível dos escritos contidos no Novo Testamento. Desvendamos o que acreditavam estes antigos cristãos do final da época apostólica, e isto nos forneceu um ponto de referência mais valioso do que qualquer outro disponível.

Os escritos daquela época carregavam em seu núcleo as crenças e práticas recebidas dos apóstolos de Jesus, mas existiam concepções únicas que os apóstolos não relataram ou explicaram claramente aos cristãos do primeiro século. Havia uma enorme diversidade intelectual e social entre estes cristãos primitivos, mas ainda assim eles não se dividiram entre diferentes seitas, denominações ou linhas de pensamento como as que encontramos na atualidade.

ECHOES-OF-CHRISTIAN-PAST

Flávio Justino (100-165) foi um filósofo romano que sacrificou-se em defesa da religião cristã. Sua convicção nos Ensinamentos de Jesus era tão completa que foi martirizado por decapitação. O ponto central da apologética de Justino demonstrava que Jesus é o Logos, o primogênito de Deus, do qual deriva toda a sapiência da humanidade. O espírito aprazível de Justino transparecia nas suas concepções filosóficas e ele escreveu duas apologias em defesa dos cristãos.

Justino ensinou estudantes em Éfeso e Roma, marcando uma posição nítida em defesa da Fé cristã, pelo Deus dos cristãos contra os falsos deuses dos pagãos, o que lhe custou a vida. Era típico dos primeiros cristãos o espírito pouco contencioso e livre de preconceitos, não permitindo que a diversidade destruísse seu espírito aprazível e a Fé profunda. Ainda que intransigentes em sua obediência a Cristo, eram flexíveis nos pontos que os apóstolos não tinham fixado.

Uma cópia nunca reproduz exatamente seu original, e os fundamentos do cristianismo primitivo foram repassados de uma geração para outra, produzindo mudanças profundas na sua forma e conteúdo. Durante as duas primeiras gerações a maioria das mudanças foi suave, quase imperceptível, mas o efeito cumulativo dessas mudanças através de muitos séculos redundou em transformações verdadeiramente significativas para a concepção da religiosidade cristã.

De uma geração a outra qualquer idioma muda levemente, uma mudança tão lenta que mal nos damos conta. No entanto, através dos séculos, o efeito cumulativo de tantas mudanças leves produzirá uma linguagem muito diferente da original. Sabemos que o Cristianismo do segundo século já não era uma cópia exata do Cristianismo apostólico, mesmo estando os cristãos da época na geração subsequente à dos apóstolos. 

Porém, aquela época histórica não seria a única vantagem dos cristãos antigos, pois podiam ler o Novo Testamento no grego original. Em contraste, a maioria dos atuais cristãos sabe muito pouco a respeito da cultura e do ambiente histórico daquela época. Mesmo os eruditos que dedicaram uma vida inteira ao estudo da cultura e do ambiente histórico do período compreendido entre a Ressurreição e a edição do Novo Testamento, jamais poderão apreendê-lo como o entenderam aqueles que viveram nos tempos gloriosos após a Ressurreição de Jesus Cristo. 

ECHOES-OF-CHRISTIAN-PAST

Certamente aqueles cristãos levaram uma vantagem importante e imprescindível quanto à compreensão oral e escrita do Novo Testamento. A primeira geração de fiéis teve a oportunidade de aprender pessoalmente com os apóstolos e também fazer-lhes perguntas pertinentes sobre a Vida de Jesus. Assistir aos apóstolos explicarem seus escritos não era um luxo, mas sim uma necessidade. Pedro ensinava aos cristãos em grego e eles entendiam perfeitamente os escritos gregos e a cultura em que viviam. 

Os cristãos antigos não tentaram viver suas vidas piedosas sem a ajuda de Deus, pois sabiam que não tinham o poder necessário para tal feito - eles tinham a plena convicção de que precisavam do Seu poder para continuar a seguir na íntegra os Ensinamentos de Jesus. Os que servem a Deus não excluem a Sua ajuda na própria vida, no entanto, o que sucede atualmente é que a princípio dependemos do poder de Deus, mas com o tempo começamos a afastar-nos Dele.

Geralmente este processo começa de forma gradual no interior do ser humano, na sua alma, e aparentemente continuamos a proceder em relação à vida da mesma forma sem nos dar conta da grave situação na qual incorremos. Mas o que de fato acontece é que as nossas orações tornaram-se formais ou obrigatórias e cumprimos automaticamente os Ensinamentos de Jesus, sempre com a mente focada em outras coisas, pessoas ou lugares, para no fim acharmos que dependemos só de Deus e não precisamos mais "perder tempo" em buscá-Lo!

Esta doutrina, a lógica dialética, teve a sua origem com Martinho Lutero (1483-1546), reformador alemão que pregou que somos incapazes de fazer o bem e que nosso desejo de amar a Deus dependia unicamente Dele. Este ensinamento foi a pedra fundamental do luteranismo, que produziu uma nação de cristãos alemães desobedientes e impiedosos. A nação alemã na época de Lutero era uma "sentina" de grosseria, imoralidade e violência, pois o esperar passivo para que Deus assumisse suas vidas não produziu uma Igreja nem uma nação piedosa.

Porém, os primeiros cristãos seguiram um outro caminho. Nunca disseram que o homem seria incapaz de fazer o bem ou de vencer o pecado em suas vidas, nem que alguém pudesse vencer todas as suas debilidades e seguir obedecendo a Deus, dia após dia, só com seu próprio juízo. Estes cristãos sabiam que lhes faltava o poder de Deus mas não esperavam passivamente que Ele fizesse toda a obra, pois acreditavam que o "estar com Deus" era uma interação entre homens e seu Criador.

ECHOES-OF-CHRISTIAN-PAST

Um cristão tem que estar disposto a empenhar toda a sua força espiritual e a alma imortal no intuito de amar e bem servir a Deus, mas continuamos a precisar e depender de Deus sempre. Orígenes (184–253), escritor cristão, assim explicou: "Deus revela-se àqueles que, depois de dar tudo o que possam para encontrá-Lo confessam a necessidade da Sua ajuda". Os cristãos dos primeiros séculos acreditavam na procura premente da ajuda de Deus e que não deviam pedir só uma vez, mas sim persistir em pedir Sua ajuda diariamente.

Clemente (150-215), escritor e cristão grego ensinou aos seus discípulos: "Um homem que trabalha sozinho para libertar-se dos desejos pecaminosos nada consegue, mas quando manifesta um grande zelo e um real propósito neste apelo sente o poder de Deus, que colabora com os que almejam pela Sua ajuda. Mas para os que perdem este anseio o Espírito de Deus também se restringe, pois o ato de salvar os que não têm vontade é um ato de obrigação e para aqueles que têm empenho é um ato da Graça Divina".

Assim, vemos que a justiça Divina resulta da obra mútua entre o ser humano e Deus. Há um poder sem limites por parte de Deus, e a busca da Graça Divina significa como utilizaremos este Poder que nos é ofertado sem restrições. O anseio pela ajuda de Deus tem que nascer do cristão. Ensinou Orígenes: "Não somos objetos de madeira que Deus move a seu capricho, mas sim humanos capazes de almejar a Deus e de responder-Lhe. A mortificação dos nossos pecados não será fácil se não estivermos dispostos a sofrer no coração".

Antes de tentarmos avaliar as lições históricas herdadas dos primeiros cristãos, temos que apresentar uma boa explicação para seus poderes únicos, a Fé irrestrita e a obstinação implacável, pois não podemos negar o fato de que tinham um poder extraordinário. Mesmo os romanos pagãos tiveram que admitir este fato surpreendente, como relatou Lactâncio (240-317), o conselheiro de Constantino Magno ou Grande (272-337), o primeiro imperador romano "cristão" que governava na época:

"Quando vemos os homens lacerados por várias classes de torturas, parecendo indomados ainda que seus verdugos se fatiguem, devemos acreditar que o acordo entre estas pessoas e sua Fé invencível tem um verdadeiro significado. Vemos que a perseverança humana por si só não poderia resistir a tais torturas sem a ajuda de Deus. Vencem seus verdugos com o silêncio e nem sequer o fogo os faz gemer o mínimo. Facilmente poderiam evitar os castigos se assim o desejassem, ao negar Jesus Cristo, mas suportam de boa vontade porque confiam Nele".

ECHOES-OF-CHRISTIAN-PAST

A Igreja atual e seus fiéis cristãos poderiam aprender lições valiosas daqueles primeiros cristãos, desde que suas concepções teológicas os situassem em condições de viver como cidadãos de outro Reino, ao lado de Deus, como indivíduos de outra cultura ou "espécie". A Igreja Católica primitiva apoiava seus cristãos até o fim e a mensagem da Cruz de Jesus era seguida à risca, como também a crença de que o ser humano precisava colaborar com Deus para conseguir um alto grau de excelência cristã nesta vida terrena.

Durante o século IV, ao findar a época do reinado de Flavius Valerius Constantinus (Constantino, o Grande), a Igreja Católica havia-se convertido num agrupamento de fiéis que reuniam-se a cada domingo, nas horas vespertinas, e que somente sabiam decorar certos credos e outras fórmulas doutrinais impostas pelo governo de Constantino. Somente por volta de 317 d.C. é que a Igreja passou a adotar símbolos que combinavam as duas primeiras letras gregas do nome de Cristo, o "X" e "P" superpostos.

Assim, a maioria destes "novos cristãos constantinianos" não exercia qualquer contato pessoal com Deus, e a Igreja Católica sofria de intensa anemia espiritual. Opondo-se a esta negligência, o monge ascético Pelágio da Bretanha (350-423) começou a pregar vigorosas mensagens sobre o arrependimento e a santidade. Mas, para destacar a responsabilidade de cada pessoa perante o Criador, divulgou que os homens poderiam praticamente viver toda a vida sem pecado e que, desta forma, poderiam salvar-se sem a necessidade de depender da Graça Divina.

Agostinho de Hipona (354-430), o teólogo e filósofo Santo Agostinho cujas obras auxiliaram o desenvolvimento da Igreja, respondeu aos ensinamentos de Pelágio utilizando sua "famosa" abordagem teológica, indo a outro extremo e desenvolvendo "certas doutrinas": 

"Como resultado do pecado de Adão, os homens são totalmente depravados e totalmente incapazes de fazer o bem, de salvar-se ou de acreditar em Deus. A decisão de salvar uma pessoa e condenar a outra, de dar fé a uma pessoa e não a dar a outra, é totalmente arbitrária. Isto é, depende só de Deus e não de nós. Antes da criação do mundo, Deus arbitrariamente predestinou quem seria salvo e quem seria condenado, e aqueles que são predestinados para a condenação não podem ser salvos jamais. Não obstante, nem todos os que recebem o dom da Fé são predestinados para a Salvação, pois o dom de perseverar é um dom independente da Fé. A Salvação depende exclusivamente da Graça de Deus. A Fé, a obediência e a perseverança são dons de Deus".

ECHOES-OF-CHRISTIAN-PAST

O monge Pelágio não pode combater os argumentos poderosos de Agostinho e suas pregações não tiveram qualquer repercussão. Mas a situação agravou-se quando Agostinho, reagindo à já extinta polêmica de Pelágio, negou completamente os escritos dos primeiros cristãos quanto ao livre arbítrio do homem e a sua responsabilidade de responder à graça de Deus para receber a Salvação. Assim, em seu lugar, Agostinho criou a doutrina fria e inflexível da predestinação arbitrária.

Mais uma vez a controvérsia entre Pelágio e Agostinho, agora com outros atores, retornou ao palco da Europa no século XVI, e novamente o tema central era a Salvação. Através dos séculos, a Igreja Católica Romana havia-se apartado da posição de Agostinho sobre a predestinação facultativa e ensinava que as boas obras também tinham um certo prestígio para alcançar a Salvação. Assim, a doutrina da Igreja agora parecia com a dos primeiros cristãos mas, para eles, as boas obras não eram nada mais do que a obediência aos mandamentos de Deus.

Porém, a situação agravou-se ainda mais quando os cristãos da Idade Média estenderam o significado da Salvação incluindo certas práticas cerimoniais, como as peregrinações a lugares santos, adoração de relíquias sagradas e a compra de indulgências. Na teologia católica a indulgência é a remissão total ou parcial das penas temporais cabíveis para pecados cometidos, que a Igreja concede após terem sido perdoados. Este fato desencadeou a reforma de Martinho Lutero (1483-1546), o protestantismo, como resposta ao abuso destas práticas. 

O Papa mantinha o poder de conceder indulgências tanto às pessoas vivas como também aos falecidos que estavam no purgatório - um local de sofrimento para purificação de crimes ou faltas cometidas - com a condição de que doações à Igreja ou a alguma obra de caridade fossem realizadas. Em 1517, o Papa Leão X autorizou que Johann Tetzel angariasse fundos na Alemanha através da venda das indulgências e doações em dinheiro para terminar a construção da Basílica de São Pedro, em Roma.

Johann Tetzel (1465-1519) foi um alemão católico e frade dominicano, além de inquisidor na Polônia e comissário para indulgências na Alemanha. Tetzel era um orador entusiástico que emitia vários comunicados e afirmações fantásticas a respeito do poder das indulgências. Ele manejava com destreza as preocupações dos cristãos com a própria alma imortal assim como com a dos parentes falecidos, cinicamente afirmando: "Tão logo tintilar a moeda no cofre, tão cedo a alma do seu ente querido saltará do purgatório!"

ECHOES-OF-CHRISTIAN-PAST

Certa vez, um jovem de uma aldeia remota questionou Tetzel se a compra da indulgência lhe asseguraria o perdão eterno por qualquer tipo de pecado: "Claro que sim!" respondeu Tetzel, inflado de satisfação e concupiscência. Mas insistiu o jovem pecador: "Mesmo que o pecado seja só uma ideia imoral ainda não cometida eu seria perdoado?" Entusiasmado com a ingenuidade excessiva do rapaz Tetzel afirmou: "Não importa, pois não há nenhum pecado demasiado grande ou grave!" Com isso, o jovem sorriu e comprou a sua indulgência precoce.

Muitos dias depois, ao terminar de recolher os frutos do seu lucrativo negócio naquele distante e humilde povoado, Tetzel continuou sua peregrinação social em direção ao próximo vilarejo. Mas, inoportunamente no meio caminho, ele deparou-se com uma dupla de saqueadores que levaram todo o dinheiro que tinha ganho com as indulgências e aplicaram-lhe uma boa surra. Depauperado, abriu um olho e reparou que o ladrão sorridente da dupla era o mesmo jovem que tinha comprado a indulgência precoce, resguardando-se do pecado que iria cometer!

Mas as afirmações de Tetzel também não ficaram sem respostas, pois foram desafiadas pelo monge Martinho Lutero que, ardendo com indignação desmedida, confrontou Tetzel e refutou todas as suas afirmações ridículas e ministrou-lhe uma nova surra. Como a Igreja nada fazia para conter e calar Tetzel, Lutero redigiu e fincou 95 proposições contra as indulgências no portal da Igreja em Wittenburg, na Alemanha, propondo a realização de um debate público sobre a validade da bula das indulgências.

O fogo que começou a arder em Wittenburg teria se extinguido caso não existisse uma recente invenção daquela época: a tipografia. Sem que Lutero autorizasse, suas proposições foram impressas e distribuídas por toda a Europa, e assim desencadeou-se o confronto final entre Tetzel e Lutero. Para apoiar sua posição contra Tetzel, Lutero voltou-se para um outro extremo, e ao fazer isso não teve que inventar nenhuma teologia inexistente porque, como monge agostiniano, nada fez além de ressuscitar a antiga e esquecida retórica de Agostinho.

Seguindo as ideias de Agostinho, Lutero propôs que a Salvação dependia exclusivamente da predestinação e que o ser humano não produzia nada de bom ou mesmo teria a capacidade de acreditar em Deus. Lutero sustentou que Deus concede o dom da Fé e das boas obras a quem Ele quer: "Deus concede aos predestinados segundo Sua vontade desde antes da criação do mundo, e aos demais Ele os elege arbitrariamente para a condenação eterna". Lutero afirmou que ninguém poderia ser salvo se não acreditasse na doutrina da predestinação absoluta.

ECHOES-OF-CHRISTIAN-PAST

Martinho Lutero também tomou emprestado outras doutrinas de Agostinho, inclusive a da guerra santa. Quando o povo pobre da Alemanha se sublevou contra o tratamento desumano da nobreza, Lutero exortou os nobres a suprimirem a rebelião "com força viva", incitando-os com as seguintes palavras: "Esta não é hora de estar dormindo, agora não há lugar para a paciência nem para a misericórdia. Esta é a hora da espada e não da graça. Qualquer camponês que morra se perderá de corpo e alma: será do diabo por toda a eternidade".

Continuou o ensandecido Lutero: "Portanto, os castigaremos e mataremos até que deixe de bater o coração. Por isso digo, quem morrer na batalha como aliado da autoridade poderá ser um mártir verdadeiro aos olhos de Deus. Hora rara esta, quando o príncipe pode ganhar um lugar no céu com o derramamento de sangue, melhor do que poderia outro com a oração. Apunhalai a todos, matem-nos! Se morreres na batalha, bom para ti, uma morte mais bendita não há".

Sem vacilar, os nobres seguiram as palavras de Lutero massacrando os camponeses selvagemente, e na breve guerra que se seguiu cometeram atrocidades indizíveis. Os camponeses que não morreram no combate foram torturados horrivelmente e executados. Durante os 1.100 anos entre Agostinho e Lutero, o Cristianismo caminhou de um lado a outro, de um extremo ao outro, mas acabou por voltar ao IV século da Era Cristã. A Reforma de Lutero fracassou, porque não foi um retorno ao espírito dos primeiros cristãos, nem aos Ensinamentos de Jesus. 

Os cristãos dos primeiros séculos produziram uma revolução espiritual no mundo pois não temeram desafiar as atitudes, a vida e os valores do mundo antigo. Seu Cristianismo era bem mais do que um credo, um conjunto de doutrinas. Era uma maneira diferente e nova de viver. No entanto ainda hoje os Cristãos não se convenceram com as lições da História. A Igreja atual não converteu o mundo, e sim o mundo converteu a Igreja!

Ainda acreditamos poder melhorar o Cristianismo por meio dos métodos humanos, mas no sentido verdadeiro o Cristianismo não melhorará até que volte à santidade prática, ao amor não fingido e à abnegação verdadeira dos primeiros cristãos. Ensinou Jesus: "Se não faço as obras de meu Pai, não acreditais em mim. Mas se as faço, mesmo que não acreditais em mim, crede nas obras, para que possais saber e compreender que o Pai está em mim, e Eu estou no Pai".






19 fevereiro 2019

O MODERNISMO SECULAR - THE SECULAR MODERNISM

MODERNISMO-SECULAR

O modernismo secular é produto de uma tradição ocultista que pode ser rastreada desde a maçonaria e a cabala até a antiga Babilônia. Essa tradição adotou lúcifer como o símbolo da rebelião da humanidade contra Deus, consagrando a libidinagem e a voracidade carnal como substitutos da bondade e da verdade primária. O secularismo é uma pseudo-religião onde a separação entre a Igreja e o Estado é um dos estratagemas para consagrar o mal encarnado como o deus do mundo moderno. O objetivo do secularismo maçônico é destruir todas as religiões, principalmente o Cristianismo.

Verdade, justiça, bondade e beleza são conceitos absolutos que a elite satanista tenta distorcer, mas não pode mudar essa realidade. Uma civilização saudável se empenharia em promulgar estas formas de pensamento humano e não suprimi-las como fazemos. Deus é a Realidade Única e quanto mais evitarmos esta Verdade mais irreais nos tornaremos, caminhando céleres até a extinção espiritual e física. Assim, devemos ser destemidos e confrontar o mal que foi construído nas mentiras da elite satanista, numa espécie de despeito obsessivo e doentio do poder do bem, o amor absoluto.

A razão divorciada da moralidade pode ser usada para justificar a maldade, a desordem e a consequente tirania. O objetivo é desviar a humanidade do plano de Deus, submetendo-nos à cruel elite satânica — lúcifer não pode expor-se abertamente, travando assim uma guerra secreta pelas nossas almas. Seus atuais servos são os líderes político-culturais, e suas pregações ocultas são encontrados na internet, nos videogames e filmes. Esta conspiração só sucedeu porque a humanidade não podia acreditar que algo tão colossal e monstruoso realmente existisse!

MODERNISMO-SECULAR

Seguindo um plano centenário, a elite satanista subverteu todas as instituições sociais, a política, educação e religiões. Desde que já removeram Deus da sociedade — essencialmente a crença na realidade da moralidade — abriram portais para a entrada do mal absoluto. Quando distorceram o desejo inato da humanidade por justiça, entregaram-nos a "liberdade, igualdade e fraternidade", nas suas pérfidas formas de liberalismo, socialismo e comunismo, para nos controlar. Instituiram o feminismo, a pornografia e liberação sexual  para escravizar-nos, e não libertar como muitos pensam! Usaram todos os artifícios sociais para minar as religiões, as nações e finalmente o conceito Cristão da família tradicional, ou seja: os filhos honrando os pais e estes buscando em Deus a sabedoria na criação dos filhos.

O ser humano não pode ser forte sem uma conexão com Deus. Os pais devem alinhar-se à este propósito, assumindo o controle social e fornecendo uma forte visão moral para sua família. Existe uma ordem imutável no Universo, aonde a moralidade e a obediência a Deus, longe de serem formas antiquadas ou chatas, são extremamente úteis e necessárias para a sanidade social e familiar. A inerente Bondade Absoluta emanada de Deus é que permite que percebamos a diferença entre o bem e o mal. Nós fomos criados para servir a Deus e devemos sacrificar-nos à este propósito, e não nos apegar covardemente à vida terrena, pois esta cada vez mais não vale a pena ser vivida!

Jesus ensinou: "Deus é Espírito, e importa que O adoremos em Espírito e em Verdade". Deus é bondade, verdade, justiça e beleza, e nós temos um senso inato destes absolutos espirituais, assim como carregamos uma conexão direta com nosso Criador. Podemos servi-Lo fazendo o que sentimos que Ele quer que façamos, e esta é a chave para a felicidade neste "nosso agora". É uma simples questão de quem desejamos nos parecer: com Deus ou lúcifer! Se nos tornarmos semelhantes a Deus, conhecendo a percepção do bem e do mal ensinada por Jesus aos Seus seguidores, nosso mundo já seria a Vida Eterna e nossas vidas imersas na real felicidade. Mas se escolhermos lúcifer vocês podem imaginar o que viria a seguir!

MODERNISMO-SECULAR

O mundo é o palco da competição pelas nossas almas, e as pessoas que promovem a violência e o sexo desnaturado não operam de forma aleatória, pois são marcados por símbolos satânicos, e seus logotipos, nos próprios corpos. Eles seguem um roteiro oculto projetado para desumanizar o indivíduo e aviltar seu corpo e alma. Eles fizeram da Terra uma prisão gigantesca baseada em seu próprio inferno mental. Esta é a Nova Ordem Mundial e nós já somos seus prisioneiros!

Em Cristo nós vivemos neste mundo mas já pertencemos à Eternidade, pois quando a Infinita Palavra de Deus entrou no tempo atual, eternizou nossa dimensão temporal. Portanto, não estamos mais estritamente ligados ao tempo, e logo não estaremos limitados ao espaço físico. Deus escolheu através de Jesus Cristo viver na Sua própria Criação, para redimi-la, e este ato significou que Deus Pai teve que adaptar Seu Infinito à particularidade do nosso mundo — nascendo em um lugar particular, Belém, num determinado momento da História.

Nossa vida está suspensa entre o Nascimento de Jesus em Belém e Sua Vinda Espiritual no Fim dos Tempos. Os Cristãos possuem uma qualidade atemporal que os tornam imersos no Reino de Deus mesmo vivendo no atual mundo material. Nós fomos redimidos por Jesus Cristo, mas a nossa redenção ainda não está completa. Iniciamos nossa Vida Eterna mas ainda não deixamos para trás as limitações físicas do espaço-tempo. Já vivenciamos as consequências da Encarnação, mas estas ainda não foram totalmente manifestadas. Para nós, Cristãos, o "Fim das Coisas" não deve trazer surpresas, pois conhecemos a Salvação de Jesus Cristo e sabemos o que está por vir.




29 agosto 2017

A FÉ PODE REVELAR DIMENSÕES INSONDÁVEIS - FAITH CAN REVEAL UNFATHOMABLE DIMENSIONS

UNFATHOMABLE-DIMENSIONS

Desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, Seu Eterno Poder e Sua Natureza Divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; porque, tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como seu Deus, nem Lhe renderam graças.

25 abril 2017

JESUS RESSUSCITOU - JESUS HAS RISEN

JESUS-RESSUSCITOU

A Ressurreição de Jesus Cristo é a essência do Cristianismo e responsável pela transfiguração da cosmovisão secular da humanidade — as respostas às questões filosóficas, como a finalidade da existência humana, a existência de vida após a morte. Sua importância sempre sobrepor-se-á a qualquer outro evento metafísico que tenha suportado a criação e o historismo das religiões mundiais. Sabemos como a vida humana preexistiu, mas só podemos conjecturar como será a vida espiritual além desta existência humana. Porém, a ressurreição de Lázaro revelou um aspecto singular da promessa de Jesus Cristo como concessor da Vida Eterna.

Quando Jesus retornou a Jerusalém para as cerimônias fúnebres do amigo Lázaro de Betânia, o antagonismo da assembleia composta pelos fariseus talmúdicos (sinédrio) contra Jesus era bem intenso. Quando Jesus chegou para a solenidade Marta perguntou: "Senhor, se estivesse aqui meu irmão não teria morrido, pois bem sei que Deus proverá tudo o que Lhe pedires". Marta considerou que Jesus seria um intermediário para alcançar as dádivas de Deus, desconhecendo, pois não entendia, que Jesus era o próprio Deus que se fez Homem para viver entre nós.

Marta acreditou que Deus ressuscitaria Lázaro, mas sua reação de surpresa quando Jesus levantou-o dos mortos sinalizou uma descrença. Quando Jesus confirmou que Lázaro voltaria da morte, significou para Marta um simples consolo e não uma certeza de um fato consumado. Assim, a importante Revelação que Jesus Cristo transmitiu para a humanidade através da ressurreição de Lázaro não foi compreendida naquele exato momento histórico, quando toda a complexa metafísica da ressurreição humana foi ensinada!

JESUS-RESSUSCITOU

Jesus revelou Seu mais importante Ensinamento depois de ressuscitar seu amigo Lázaro: "Eu sou a Ressurreição e a Vida, e quem crer em mim viverá, ainda que morra; e quem vive e crê em mim viverá para sempre". Mas, naquele momento, Jesus Cristo já corria sério risco de vida ao permanecer nas cercanias de Jerusalém, pois dentre a multidão escondiam-se os traidores que tramavam Sua prisão e o consequente julgamento comandado pelos rabinos talmúdicos (edomitas). Assim, ao entardecer, os centuriões romanos prenderam Jesus para ser submetido à justiça de Caifás e do Sinédrio.

Todos os membros do sinédrio reuniram-se na residência de Caifás para ardilmente perpetrarem sua vingança contra o Filho de Deus. Naquela época, era considerado ilegal entre os hebreus conduzir qualquer julgamento ou atividade cívil durante o Pessach (celebração da libertação dos hebreus da escravidão no Egito), mas nem este fato impediu que os traidores seguissem com sua trama. Além do julgamento ilegal, o Sinédrio ainda aliciou testemunhas para depor contra Jesus —  mas foram testemunhos incoerentes e sem fundamento.

Caifás ficou desesperado com estes falsos depoimentos e presidiu uma demonstração pública de perjúrios contra Jesus, mas Seu silêncio e a Paz que emanava do Seu semblante demonstraram a indiferença para com os acusadores. Então Caifás chegou à beira do histerismo e demandou que Jesus explicasse Sua afirmação de que é o Filho de Deus! Jesus calmamente confirmou: "Sou, e vocês verão o Filho sentado à direita do Pai". Caifás, agora exasperado e dramático rasgou suas vestes e gritou: "Blasfemou! Que necessidade temos de testemunhas?" Assim, o ardiloso sinédrio decretou a pena de morte pela crucifixão e Seus inimigos, os fariseus babilônicos, passaram a espancar Jesus.

JESUS-RESSUSCITOU

Oportunamente, o covarde e medroso Caifás exigiu que Pilatos confirmasse a condenação e a execução, mas como Jesus era um galileu sob a jurisdição de Herodes, este também, com fingida humildade servil, repassou a decisão sobre o destino de Jesus para Poncio Pilatos. Logo seu palácio assumiria o aspecto de uma fortaleza sitiada, pois a cada momento aumentava o número de descontentes. Assim, Jerusalém foi envolta pelas multidões oriundas das montanhas de Nazaré e mais além, como se toda a Judeia houvesse se deslocado para a cidade.

Declara Poncio Pilatos: "Havia apenas uma pessoa que mantinha a calma no meio da multidão, Jesus de Nazaré. Depois de muitas tentativas infrutíferas para protegê-lo da fúria dos perseguidores implacáveis, adotei uma medida que, no momento, pareceu-me ser a única que poderia salvar sua vida. Conforme o costume hebreu, o povo poderia escolher entre dois prisioneiros: quem seria executado ou libertado. Assim, ofereci à morte o criminoso Barrabás, mas a multidão ainda vociferava que Jesus deveria ser o crucificado".

Continua Pilatos: "Durante as comoções civis do Império nada poderia ser comparado ao que testemunhei na ocasião, o ódio furioso da multidão ensandecida. Parecia verdadeiramente que todos os espectros das regiões infernais estavam reunidos em Jerusalém naquele momento. A multidão não caminhava, mas aglomerava-se e girava como um vórtice, rolando em ondas vivas a partir dos portais do Pretório até o Monte Sião, uivando, vociferando, lamuriando, como algo que nunca se viu ou ouviu nas sedições de Pannonia ou nos tumultos do Fórum".

JESUS-RESSUSCITOU

Jesus foi submetido a um julgamento ilegal no meio da noite e executado em Jerusalém, o Santo Sepulcro foi lacrado e vigiado por uma guarnição romana a pedido de Caifás. Porém, após três dias a Ressurreição de Jesus foi proclamada pelo apóstolo Pedro: "Nosso Deus Pai ressuscitou Seu Filho Jesus e todos nós fomos testemunhas do milagre". A primeira reação dos rabinos talmúdicos, os edomitas, foi que Seus discípulos roubaram o corpo na noite de sábado — agora uma admissão oficial que serviu como uma concludente evidência da Ressureição para os historiadores.

Carta de Pilatos a Tibério Cláudio Nero César: Seus discípulos proclamaram que Jesus ressuscitara como havia predito e o fato criou mais comoção do que Sua morte. Quanto à veracidade não posso afirmar, mas depois de uma investigação repasso a vós, meu nobre soberano, todos os fatos para que possas examinar e dizer se estou em falta. Digo com certeza que José e os seguidores de Jesus ajudaram a encerrar o Nazareno na Sua mortalha, e que meus soldados testemunharam o ato do fechamento e lacre do sepulcro".

Continua Pilatos ao imperador Tibério: "Sabia que o Nazareno pregava sobre a ressurreição, assim ordenei que o oficial Malcus mantivesse uma guarnição ao redor do sepulcro para garantir que não fosse profanado, mas na manhã do domingo o sepulcro encontrava-se vazio. Malcus relatou que tinha situado o capitão Ben Isham com uma guarnição em torno do sepulcro e me reportou que Isham e os centuriões estavam muito alarmados com um acontecimento misterioso"

JESUS-RISEN

Ben Isham reporta a Pôncio Pilatos: "No início da quarta vigília vimos uma luz suave sobre o sepulcro e pensamos logo que as mulheres vieram para cuidar de Jesus. Enquanto avivava estes pensamentos todo o local iluminou-se para cima, e parecia que dezenas de pessoas em suas mortalhas pairavam além do ar. Tudo estava girando e sentimo-nos em pleno êxtase, até ouvimos uma música maviosa e o ar parecia estar cheio de vozes. Neste momento sentimo-nos fracos e a terra pareceu flutuar, meus sentidos me deixaram e não mais sabia onde estava".

Após a Ressurreição Jesus Cristo encontrou Seus apóstolos em Betânia, um vilarejo na encosta do Monte das Oliveiras situado a leste da cidade de Jerusalém. Ele os acompanhou e novamente enfatizou o trabalho missionário que deveriam realizar, pedindo: "Quando o Espírito Santo vier sobre vocês, todos receberão o Poder e serão minhas testemunhas em Jerusalém e por toda a Judeia, na Samaria e em todas as regiões mais distantes da Terra". Então, após conversar durante horas com seus irmãos de Fé, Jesus ascendeu aos Céus.

Os apóstolos assistiram emocionados, já que antecipavam uma grande saudade do Mestre, até que uma nuvem cobriu a visão de Jesus e não mais conseguiram vê-Lo. Após a Ressurreição Jesus apresentava-se a eles na Sua forma humana, mas agora elevava-se aos Céus numa feição espiritual. Enquanto os apóstolos observavam Jesus ascendendo aos Céus, dois anjos surgiram e perguntaram: "Homens da Galileia, por que ainda estão olhando para o alto? Este Jesus que do meio de vocês foi levado agora só voltará na mesma forma que preexistia para estar com Deus Pai".

JESUS-RISEN

O Novo Testamento fornece-nos múltiplos testemunhos independentes quanto à historicidade das aparições de Jesus Cristo após a Ressurreição. A presença de Jesus diante do apóstolo Pedro é confirmada no relato de Lucas e a visitação diante Seus discípulos é confirmada nos escritos de Lucas e João, entre outros. Lemos os testemunhos da Sua presença junto às mulheres, em Mateus, João e Marcos. As aparições de Jesus cessaram após quarenta dias, exceto numa única vez para Paulo, que confirmou a natureza especial desta posterior visitação de Jesus.

Em Coríntios, a primeira epístola de Paulo à Igreja em Corinto, conhecemos sete aparições diferentes de Jesus para mais de 500 indivíduos: "Ele visitou Pedro e depois os Doze, depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda vive, embora alguns já tenham adormecido. Depois apareceu a Tiago e então a todos os apóstolos; depois destes apareceu também a mim, um que nasceu fora de tempo pois sou o menor dos apóstolos e nem sequer mereço ser chamado apóstolo porque persegui a Igreja de Deus".

O número e a variedade dos testemunhos prestam um forte crédito ao historicismo da Ressurreição. Dentre as visitações destacam-se: Pedro (1), Tiago (1), Paulo (2), Caminhantes na estrada (3), Mulheres no jardim (5), Pescadores no lago (11), Discípulos em casa (15), Multidão na colina (25), Discípulos ao ar livre (30), Seguidores Cristãos (500), segundo o relato do Novo Testamento. A maior evidência da Ressurreição foi a profunda alteração motivacional ocorrida nos discípulos, quando passaram do desânimo coletivo para um organização missionária eficaz.

JESUS-RISEN

Foi uma transformação do temor da retaliação dos romanos para a convicção profunda nos Ensinamentos de Jesus, quando os discípulos transmudaram-se em audaciosas testemunhas públicas da Ressurreiçãode Jesus Cristo. Pedro transformou-se do covarde que negou Jesus a uma rocha e porta-voz da Igreja primitiva; Tiago tornou-se o líder da Igreja de Jerusalém e Paulo foi transformado de um militante anti-cristão para o pioneiro na expansão mundial do Cristianismo. Todos foram transformados em homens determinados a combater o poder de Roma e sacrificaram suas vidas em defesa do Cristianismo!

Não existe outro evento histórico, em qualquer época, que tenha sido mais testemunhado e reconhecido mundialmente do que a Ressurreição de Jesus Cristo. Mas se a evidência é tão convincente por que nem todos acreditam em Jesus? Talvez seja pelo fato de que a partir desta admissão passariam a suportar compromissos morais e sociais que não desejam enfrentar, ou talvez simplesmente não querem acreditar na Sua existência apesar das evidências. Seja como for, a transformação incutida na alma humana continuará para sempre, eternamente!

Normalmente o impacto e os testemunhos sobre qualquer evento histórico decrescem como passar dos tempos, mas aconteceu justamente o contrário com a Ressurreição de Jesus. Atualmente, mais de 5 bilhões de seres humanos acreditam que Jesus é Nosso Senhor e Salvador e o movimento Cristão cresce cada vez mais tocando populações de todas as culturas, credos e raças. Jesus Cristo nunca foi uma figura histórica pois vive entre nós e pode transformar nossas vidas. Permitam que Seu Amor acalente suas almas solitárias e Ele trará a Paz Eterna.