O princípio básico do Cristianismo é que devemos conduzir nossas vidas tomando como exemplo os Ensinamentos de Jesus. Sua essência divina provém do fato de que Jesus é o Filho perfeito e Único de Deus nascido no mundo para testemunhar o Amor do Seu Pai. O maior título de benemerência de Jesus é a Sua bondade.
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24 janeiro 2021
22 agosto 2020
A MATANÇA DE CRISTÃOS - THE KILLING OF CHRISTIANS
Na época do Império Romano os cristãos suportaram ciclos regulares de perseguição, como na época do incêndio de Roma, em 64 AD, quando o imperador Nero culpou-os pela tragédia. Porém o autor do incêndio foi o próprio imperador, pretendendo contornar os poderes decisórios do Senado para reconstruir uma 'Nova Roma' a seu bel-prazer.
09 agosto 2019
ECOS DO PASSADO CRISTÃO - ECHOES OF CHRISTIAN PAST
Atualmente conhecemos os fatos históricos e as verdades únicas que os primeiros cristãos testemunharam, mas isto não significa que devemos adotar os procedimentos próprios de um passado distante. Porém precisamos aceitar a possibilidade de que algumas das atuais doutrinas não estão corretas, ainda que as tenhamos adotado com todo o nosso espírito. Também devemos evitar o uso indiscriminado da teologia para a solução dos problemas.
Não precisamos mudar nossas crenças e atitudes com base no depoimento daqueles cristãos, pois eles interpretaram as Escrituras de maneira diferente da nossa. O Novo Testamento é a única autoridade e referência para os atuais cristãos, uma literatura cuja amplitude e força do seu significado estendeu-se através dos séculos, mas os que creem nas Escrituras compiladas pelos discípulos de Jesus, agora estão divididos entre diferentes denominações.
Esta variedade de linhas ou igrejas que compõem o Cristianismo contemporâneo não subsistem, pois cada uma altera o sentido dos Ensinamentos de Jesus para atrair mais fiéis. Assim, os cristãos sentem-se obrigados a fixar outra base de autoridade teológica, depositando demasiada confiança nos impressos religiosos emitidos pelos pastores e biblicistas, seguindo os novos credos que compõem e infestam este cristianismo falseado.
Mas quanta autoridade e valor carregam na realidade tais fontes cristãs? Nenhuma! Devemos nos apegar aos relatos dos primeiros cristãos, os escritores da Igreja primitiva, que equipararam seus ensinamentos ao mesmo nível dos escritos contidos no Novo Testamento. Desvendamos o que acreditavam estes antigos cristãos do final da época apostólica, e isto nos forneceu um ponto de referência mais valioso do que qualquer outro disponível.
Os escritos daquela época carregavam em seu núcleo as crenças e práticas recebidas dos apóstolos de Jesus, mas existiam concepções únicas que os apóstolos não relataram ou explicaram claramente aos cristãos do primeiro século. Havia uma enorme diversidade intelectual e social entre estes cristãos primitivos, mas ainda assim eles não se dividiram entre diferentes seitas, denominações ou linhas de pensamento como as que encontramos na atualidade.
Flávio Justino (100-165) foi um filósofo romano que sacrificou-se em defesa da religião cristã. Sua convicção nos Ensinamentos de Jesus era tão completa que foi martirizado por decapitação. O ponto central da apologética de Justino demonstrava que Jesus é o Logos, o primogênito de Deus, do qual deriva toda a sapiência da humanidade. O espírito aprazível de Justino transparecia nas suas concepções filosóficas e ele escreveu duas apologias em defesa dos cristãos.
Justino ensinou estudantes em Éfeso e Roma, marcando uma posição nítida em defesa da Fé cristã, pelo Deus dos cristãos contra os falsos deuses dos pagãos, o que lhe custou a vida. Era típico dos primeiros cristãos o espírito pouco contencioso e livre de preconceitos, não permitindo que a diversidade destruísse seu espírito aprazível e a Fé profunda. Ainda que intransigentes em sua obediência a Cristo, eram flexíveis nos pontos que os apóstolos não tinham fixado.
Uma cópia nunca reproduz exatamente seu original, e os fundamentos do cristianismo primitivo foram repassados de uma geração para outra, produzindo mudanças profundas na sua forma e conteúdo. Durante as duas primeiras gerações a maioria das mudanças foi suave, quase imperceptível, mas o efeito cumulativo dessas mudanças através de muitos séculos redundou em transformações verdadeiramente significativas para a concepção da religiosidade cristã.
De uma geração a outra qualquer idioma muda levemente, uma mudança tão lenta que mal nos damos conta. No entanto, através dos séculos, o efeito cumulativo de tantas mudanças leves produzirá uma linguagem muito diferente da original. Sabemos que o Cristianismo do segundo século já não era uma cópia exata do Cristianismo apostólico, mesmo estando os cristãos da época na geração subsequente à dos apóstolos.
Porém, aquela época histórica não seria a única vantagem dos cristãos antigos, pois podiam ler o Novo Testamento no grego original. Em contraste, a maioria dos atuais cristãos sabe muito pouco a respeito da cultura e do ambiente histórico daquela época. Mesmo os eruditos que dedicaram uma vida inteira ao estudo da cultura e do ambiente histórico do período compreendido entre a Ressurreição e a edição do Novo Testamento, jamais poderão apreendê-lo como o entenderam aqueles que viveram nos tempos gloriosos após a Ressurreição de Jesus Cristo.
Certamente aqueles cristãos levaram uma vantagem importante e imprescindível quanto à compreensão oral e escrita do Novo Testamento. A primeira geração de fiéis teve a oportunidade de aprender pessoalmente com os apóstolos e também fazer-lhes perguntas pertinentes sobre a Vida de Jesus. Assistir aos apóstolos explicarem seus escritos não era um luxo, mas sim uma necessidade. Pedro ensinava aos cristãos em grego e eles entendiam perfeitamente os escritos gregos e a cultura em que viviam.
Os cristãos antigos não tentaram viver suas vidas piedosas sem a ajuda de Deus, pois sabiam que não tinham o poder necessário para tal feito - eles tinham a plena convicção de que precisavam do Seu poder para continuar a seguir na íntegra os Ensinamentos de Jesus. Os que servem a Deus não excluem a Sua ajuda na própria vida, no entanto, o que sucede atualmente é que a princípio dependemos do poder de Deus, mas com o tempo começamos a afastar-nos Dele.
Geralmente este processo começa de forma gradual no interior do ser humano, na sua alma, e aparentemente continuamos a proceder em relação à vida da mesma forma sem nos dar conta da grave situação na qual incorremos. Mas o que de fato acontece é que as nossas orações tornaram-se formais ou obrigatórias e cumprimos automaticamente os Ensinamentos de Jesus, sempre com a mente focada em outras coisas, pessoas ou lugares, para no fim acharmos que dependemos só de Deus e não precisamos mais "perder tempo" em buscá-Lo!
Esta doutrina, a lógica dialética, teve a sua origem com Martinho Lutero (1483-1546), reformador alemão que pregou que somos incapazes de fazer o bem e que nosso desejo de amar a Deus dependia unicamente Dele. Este ensinamento foi a pedra fundamental do luteranismo, que produziu uma nação de cristãos alemães desobedientes e impiedosos. A nação alemã na época de Lutero era uma "sentina" de grosseria, imoralidade e violência, pois o esperar passivo para que Deus assumisse suas vidas não produziu uma Igreja nem uma nação piedosa.
Porém, os primeiros cristãos seguiram um outro caminho. Nunca disseram que o homem seria incapaz de fazer o bem ou de vencer o pecado em suas vidas, nem que alguém pudesse vencer todas as suas debilidades e seguir obedecendo a Deus, dia após dia, só com seu próprio juízo. Estes cristãos sabiam que lhes faltava o poder de Deus mas não esperavam passivamente que Ele fizesse toda a obra, pois acreditavam que o "estar com Deus" era uma interação entre homens e seu Criador.
Um cristão tem que estar disposto a empenhar toda a sua força espiritual e a alma imortal no intuito de amar e bem servir a Deus, mas continuamos a precisar e depender de Deus sempre. Orígenes (184–253), escritor cristão, assim explicou: "Deus revela-se àqueles que, depois de dar tudo o que possam para encontrá-Lo confessam a necessidade da Sua ajuda". Os cristãos dos primeiros séculos acreditavam na procura premente da ajuda de Deus e que não deviam pedir só uma vez, mas sim persistir em pedir Sua ajuda diariamente.
Clemente (150-215), escritor e cristão grego ensinou aos seus discípulos: "Um homem que trabalha sozinho para libertar-se dos desejos pecaminosos nada consegue, mas quando manifesta um grande zelo e um real propósito neste apelo sente o poder de Deus, que colabora com os que almejam pela Sua ajuda. Mas para os que perdem este anseio o Espírito de Deus também se restringe, pois o ato de salvar os que não têm vontade é um ato de obrigação e para aqueles que têm empenho é um ato da Graça Divina".
Assim, vemos que a justiça Divina resulta da obra mútua entre o ser humano e Deus. Há um poder sem limites por parte de Deus, e a busca da Graça Divina significa como utilizaremos este Poder que nos é ofertado sem restrições. O anseio pela ajuda de Deus tem que nascer do cristão. Ensinou Orígenes: "Não somos objetos de madeira que Deus move a seu capricho, mas sim humanos capazes de almejar a Deus e de responder-Lhe. A mortificação dos nossos pecados não será fácil se não estivermos dispostos a sofrer no coração".
Antes de tentarmos avaliar as lições históricas herdadas dos primeiros cristãos, temos que apresentar uma boa explicação para seus poderes únicos, a Fé irrestrita e a obstinação implacável, pois não podemos negar o fato de que tinham um poder extraordinário. Mesmo os romanos pagãos tiveram que admitir este fato surpreendente, como relatou Lactâncio (240-317), o conselheiro de Constantino Magno ou Grande (272-337), o primeiro imperador romano "cristão" que governava na época:
"Quando vemos os homens lacerados por várias classes de torturas, parecendo indomados ainda que seus verdugos se fatiguem, devemos acreditar que o acordo entre estas pessoas e sua Fé invencível tem um verdadeiro significado. Vemos que a perseverança humana por si só não poderia resistir a tais torturas sem a ajuda de Deus. Vencem seus verdugos com o silêncio e nem sequer o fogo os faz gemer o mínimo. Facilmente poderiam evitar os castigos se assim o desejassem, ao negar Jesus Cristo, mas suportam de boa vontade porque confiam Nele".
A Igreja atual e seus fiéis cristãos poderiam aprender lições valiosas daqueles primeiros cristãos, desde que suas concepções teológicas os situassem em condições de viver como cidadãos de outro Reino, ao lado de Deus, como indivíduos de outra cultura ou "espécie". A Igreja Católica primitiva apoiava seus cristãos até o fim e a mensagem da Cruz de Jesus era seguida à risca, como também a crença de que o ser humano precisava colaborar com Deus para conseguir um alto grau de excelência cristã nesta vida terrena.
Durante o século IV, ao findar a época do reinado de Flavius Valerius Constantinus (Constantino, o Grande), a Igreja Católica havia-se convertido num agrupamento de fiéis que reuniam-se a cada domingo, nas horas vespertinas, e que somente sabiam decorar certos credos e outras fórmulas doutrinais impostas pelo governo de Constantino. Somente por volta de 317 d.C. é que a Igreja passou a adotar símbolos que combinavam as duas primeiras letras gregas do nome de Cristo, o "X" e "P" superpostos.
Assim, a maioria destes "novos cristãos constantinianos" não exercia qualquer contato pessoal com Deus, e a Igreja Católica sofria de intensa anemia espiritual. Opondo-se a esta negligência, o monge ascético Pelágio da Bretanha (350-423) começou a pregar vigorosas mensagens sobre o arrependimento e a santidade. Mas, para destacar a responsabilidade de cada pessoa perante o Criador, divulgou que os homens poderiam praticamente viver toda a vida sem pecado e que, desta forma, poderiam salvar-se sem a necessidade de depender da Graça Divina.
Agostinho de Hipona (354-430), o teólogo e filósofo Santo Agostinho cujas obras auxiliaram o desenvolvimento da Igreja, respondeu aos ensinamentos de Pelágio utilizando sua "famosa" abordagem teológica, indo a outro extremo e desenvolvendo "certas doutrinas":
"Como resultado do pecado de Adão, os homens são totalmente depravados e totalmente incapazes de fazer o bem, de salvar-se ou de acreditar em Deus. A decisão de salvar uma pessoa e condenar a outra, de dar fé a uma pessoa e não a dar a outra, é totalmente arbitrária. Isto é, depende só de Deus e não de nós. Antes da criação do mundo, Deus arbitrariamente predestinou quem seria salvo e quem seria condenado, e aqueles que são predestinados para a condenação não podem ser salvos jamais. Não obstante, nem todos os que recebem o dom da Fé são predestinados para a Salvação, pois o dom de perseverar é um dom independente da Fé. A Salvação depende exclusivamente da Graça de Deus. A Fé, a obediência e a perseverança são dons de Deus".
O monge Pelágio não pode combater os argumentos poderosos de Agostinho e suas pregações não tiveram qualquer repercussão. Mas a situação agravou-se quando Agostinho, reagindo à já extinta polêmica de Pelágio, negou completamente os escritos dos primeiros cristãos quanto ao livre arbítrio do homem e a sua responsabilidade de responder à graça de Deus para receber a Salvação. Assim, em seu lugar, Agostinho criou a doutrina fria e inflexível da predestinação arbitrária.
Mais uma vez a controvérsia entre Pelágio e Agostinho, agora com outros atores, retornou ao palco da Europa no século XVI, e novamente o tema central era a Salvação. Através dos séculos, a Igreja Católica Romana havia-se apartado da posição de Agostinho sobre a predestinação facultativa e ensinava que as boas obras também tinham um certo prestígio para alcançar a Salvação. Assim, a doutrina da Igreja agora parecia com a dos primeiros cristãos mas, para eles, as boas obras não eram nada mais do que a obediência aos mandamentos de Deus.
Porém, a situação agravou-se ainda mais quando os cristãos da Idade Média estenderam o significado da Salvação incluindo certas práticas cerimoniais, como as peregrinações a lugares santos, adoração de relíquias sagradas e a compra de indulgências. Na teologia católica a indulgência é a remissão total ou parcial das penas temporais cabíveis para pecados cometidos, que a Igreja concede após terem sido perdoados. Este fato desencadeou a reforma de Martinho Lutero (1483-1546), o protestantismo, como resposta ao abuso destas práticas.
O Papa mantinha o poder de conceder indulgências tanto às pessoas vivas como também aos falecidos que estavam no purgatório - um local de sofrimento para purificação de crimes ou faltas cometidas - com a condição de que doações à Igreja ou a alguma obra de caridade fossem realizadas. Em 1517, o Papa Leão X autorizou que Johann Tetzel angariasse fundos na Alemanha através da venda das indulgências e doações em dinheiro para terminar a construção da Basílica de São Pedro, em Roma.
Johann Tetzel (1465-1519) foi um alemão católico e frade dominicano, além de inquisidor na Polônia e comissário para indulgências na Alemanha. Tetzel era um orador entusiástico que emitia vários comunicados e afirmações fantásticas a respeito do poder das indulgências. Ele manejava com destreza as preocupações dos cristãos com a própria alma imortal assim como com a dos parentes falecidos, cinicamente afirmando: "Tão logo tintilar a moeda no cofre, tão cedo a alma do seu ente querido saltará do purgatório!"
Certa vez, um jovem de uma aldeia remota questionou Tetzel se a compra da indulgência lhe asseguraria o perdão eterno por qualquer tipo de pecado: "Claro que sim!" respondeu Tetzel, inflado de satisfação e concupiscência. Mas insistiu o jovem pecador: "Mesmo que o pecado seja só uma ideia imoral ainda não cometida eu seria perdoado?" Entusiasmado com a ingenuidade excessiva do rapaz Tetzel afirmou: "Não importa, pois não há nenhum pecado demasiado grande ou grave!" Com isso, o jovem sorriu e comprou a sua indulgência precoce.
Muitos dias depois, ao terminar de recolher os frutos do seu lucrativo negócio naquele distante e humilde povoado, Tetzel continuou sua peregrinação social em direção ao próximo vilarejo. Mas, inoportunamente no meio caminho, ele deparou-se com uma dupla de saqueadores que levaram todo o dinheiro que tinha ganho com as indulgências e aplicaram-lhe uma boa surra. Depauperado, abriu um olho e reparou que o ladrão sorridente da dupla era o mesmo jovem que tinha comprado a indulgência precoce, resguardando-se do pecado que iria cometer!
Mas as afirmações de Tetzel também não ficaram sem respostas, pois foram desafiadas pelo monge Martinho Lutero que, ardendo com indignação desmedida, confrontou Tetzel e refutou todas as suas afirmações ridículas e ministrou-lhe uma nova surra. Como a Igreja nada fazia para conter e calar Tetzel, Lutero redigiu e fincou 95 proposições contra as indulgências no portal da Igreja em Wittenburg, na Alemanha, propondo a realização de um debate público sobre a validade da bula das indulgências.
O fogo que começou a arder em Wittenburg teria se extinguido caso não existisse uma recente invenção daquela época: a tipografia. Sem que Lutero autorizasse, suas proposições foram impressas e distribuídas por toda a Europa, e assim desencadeou-se o confronto final entre Tetzel e Lutero. Para apoiar sua posição contra Tetzel, Lutero voltou-se para um outro extremo, e ao fazer isso não teve que inventar nenhuma teologia inexistente porque, como monge agostiniano, nada fez além de ressuscitar a antiga e esquecida retórica de Agostinho.
Seguindo as ideias de Agostinho, Lutero propôs que a Salvação dependia exclusivamente da predestinação e que o ser humano não produzia nada de bom ou mesmo teria a capacidade de acreditar em Deus. Lutero sustentou que Deus concede o dom da Fé e das boas obras a quem Ele quer: "Deus concede aos predestinados segundo Sua vontade desde antes da criação do mundo, e aos demais Ele os elege arbitrariamente para a condenação eterna". Lutero afirmou que ninguém poderia ser salvo se não acreditasse na doutrina da predestinação absoluta.
Martinho Lutero também tomou emprestado outras doutrinas de Agostinho, inclusive a da guerra santa. Quando o povo pobre da Alemanha se sublevou contra o tratamento desumano da nobreza, Lutero exortou os nobres a suprimirem a rebelião "com força viva", incitando-os com as seguintes palavras: "Esta não é hora de estar dormindo, agora não há lugar para a paciência nem para a misericórdia. Esta é a hora da espada e não da graça. Qualquer camponês que morra se perderá de corpo e alma: será do diabo por toda a eternidade".
Continuou o ensandecido Lutero: "Portanto, os castigaremos e mataremos até que deixe de bater o coração. Por isso digo, quem morrer na batalha como aliado da autoridade poderá ser um mártir verdadeiro aos olhos de Deus. Hora rara esta, quando o príncipe pode ganhar um lugar no céu com o derramamento de sangue, melhor do que poderia outro com a oração. Apunhalai a todos, matem-nos! Se morreres na batalha, bom para ti, uma morte mais bendita não há".
Sem vacilar, os nobres seguiram as palavras de Lutero massacrando os camponeses selvagemente, e na breve guerra que se seguiu cometeram atrocidades indizíveis. Os camponeses que não morreram no combate foram torturados horrivelmente e executados. Durante os 1.100 anos entre Agostinho e Lutero, o Cristianismo caminhou de um lado a outro, de um extremo ao outro, mas acabou por voltar ao IV século da Era Cristã. A Reforma de Lutero fracassou, porque não foi um retorno ao espírito dos primeiros cristãos, nem aos Ensinamentos de Jesus.
Os cristãos dos primeiros séculos produziram uma revolução espiritual no mundo pois não temeram desafiar as atitudes, a vida e os valores do mundo antigo. Seu Cristianismo era bem mais do que um credo, um conjunto de doutrinas. Era uma maneira diferente e nova de viver. No entanto ainda hoje os Cristãos não se convenceram com as lições da História. A Igreja atual não converteu o mundo, e sim o mundo converteu a Igreja!
Ainda acreditamos poder melhorar o Cristianismo por meio dos métodos humanos, mas no sentido verdadeiro o Cristianismo não melhorará até que volte à santidade prática, ao amor não fingido e à abnegação verdadeira dos primeiros cristãos. Ensinou Jesus: "Se não faço as obras de meu Pai, não acreditais em mim. Mas se as faço, mesmo que não acreditais em mim, crede nas obras, para que possais saber e compreender que o Pai está em mim, e Eu estou no Pai".
06 outubro 2016
JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU - JESUS CHRIST WAS NOT A JEW
Jesus Cristo não era judeu, mas sim, um judahite pertencente ao Reino de Judah (Judá) e descendente direto da Casa do Rei David (1040-970 a.C.). Segundo o Livro do Gênesis, Deus rebatizou o patriarca Jacó: "Teu nome não será Yaacov, mas Yisrael, porque tens lutado por Deus e com homens, e prevalecido".
Na época de Jesus, as tribos de Judá, Benjamin e Levi eram as únicas remanescentes das doze tribos originalmente instituídas pelos filhos de Yaacov (Jacó), todas destruídas durante a ocupação do Reino de Israel pelo rei assirio Sancheriv em 721 a.C. As remanescentes tribos de Judá e Benjamin continuaram honrando o nome da Casa de David, e seriam as responsáveis por toda a saga bíblica que enobreceria as passagens do Novo Testamento.
Até o século XV, todas as versões da Bíblia eram escritas em latim ou no grego original, portanto, inacessíveis à apreciação dos povos europeus. Em 1611, o rei da Grã-Bretanha, Jaime I, autorizou a impressão da Bíblia na língua inglesa: Authorized King James Version (Versão Autorizada da Bíblia do Rei Jaime), realizada em benefício da incipiente Igreja Anglicana.
Até o século XVI, a letra "J" só existia na grafia inglesa como uma forma sonora da letra "I" — futuramente incorporariam a letra e o som do "J" do léxico francês. Assim, durante as reedições da Bíblia do Rei Jaime (1638-1762-1769), já com letra "J" em vigor no léxico inglês, mudanças nos textos bíblicos redefiniram o significado das palavras do livro mais publicado no mundo.
Até o século XVI, a letra "J" só existia na grafia inglesa como uma forma sonora da letra "I" — futuramente incorporariam a letra e o som do "J" do léxico francês. Assim, durante as reedições da Bíblia do Rei Jaime (1638-1762-1769), já com letra "J" em vigor no léxico inglês, mudanças nos textos bíblicos redefiniram o significado das palavras do livro mais publicado no mundo.
O contrassenso iniciou-se através da transliteração das expressões gregas, latinas e hebraicas: Iudaeus (judahites), yehudi (louva o Senhor), judah (judá), entre outras, para a palavra inglesa "jew" (judeu), e quando a reedição da Bíblia do Rei Jaime foi distribuída para o clero e a população que nunca tivera acesso à Bíblia traduzida para a língua inglesa, o anacronismo relativo aos fatos e personagens históricos, somado aos erros de tradução, foi oficialmente estabelecido por esta distribuição.
Todas as versões posteriores da Bíblia mantiveram estes fonemas (variantes linguísticas) e até acrescentaram outros. Os eruditos e estudiosos também iludiram-se pelo coloquialismo engendrado que redefiniu a história da Cristandade, quando adulteraram o significado do texto original.
Os edomitas eram um grupo tribal formado pelos descendentes de Esaú, irmão de Jacó, que habitava o Deserto de Negev. Este antigo povo da Idumeia (Edom) professava o farisaísmo-babilônico, religião adotada há seis séculos durante a época do seu cativeiro na Babilônia. Em 150 a.C., os macabeus da dinastia Hasmoneus subjugaram os edomitas, obrigando-os a respeitar as leis e costumes judaicos.
Este foi o momento histórico no qual os edomitas babilônicos incorporaram-se ao reino da Judeia e transmudaram-se, ressurgindo como os fariseus e escribas talmúdicos, um grupo preexistente à época de Jesus que apregoava profundos conhecimentos das leis hebraicas e utilizava a autoridade do Antigo Testamento para consolidar seu controle sobre a população de judahites — a mais influente tribo de Israel e detentora do direito à Aliança com Deus e Abraão.
Este foi o momento histórico no qual os edomitas babilônicos incorporaram-se ao reino da Judeia e transmudaram-se, ressurgindo como os fariseus e escribas talmúdicos, um grupo preexistente à época de Jesus que apregoava profundos conhecimentos das leis hebraicas e utilizava a autoridade do Antigo Testamento para consolidar seu controle sobre a população de judahites — a mais influente tribo de Israel e detentora do direito à Aliança com Deus e Abraão.
Quando Jesus Cristo constatou que os edomitas (os fariseus babilônicos e escribas talmúdicos) transgrediram a Lei Mosaica, uma heresia aos olhos do Senhor, denunciou-os severamente:
Os mestres da lei e os fariseus assentam-se na cadeira de Moisés! Obedeçam-lhes e façam tudo o que eles dizem, mas não façam o que eles fazem, pois não praticam o que pregam. Eles atam fardos pesados e os colocam sobre os ombros dos homens, mas eles mesmos não estão dispostos a levantar um só dedo para movê-los.
Ai de vocês, mestres da lei e fariseus hipócritas! Vocês fecham o Reino dos Céus diante dos homens e não entram, nem deixam entrar aqueles que gostariam de fazê-lo. Vocês são como sepulcros caiados, bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e de todo tipo de imundície. Parecem justos ao povo, mas por dentro estão cheios de hipocrisia e maldade.
Serpentes! Raça de víboras! Como vocês escaparão da condenação do inferno? Vós tendes por pai o diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.
Vocês edificam os túmulos dos profetas e adornam os monumentos dos justos, e dizem: "Se tivéssemos vivido no tempo dos nossos antepassados, não teríamos tomado parte com eles no derramamento do sangue dos profetas". Assim, vocês testemunham contra si mesmos que são descendentes dos que assassinaram os profetas. Acabem, pois, de encher a medida do pecado dos seus antepassados!
Por isso eu lhes estou enviando profetas, sábios e mestres. A uns vocês matarão e crucificarão, a outros açoitarão nas sinagogas de vocês, e os perseguirão de cidade em cidade. Eu lhes asseguro que tudo isso sobrevirá a esta geração. Pois eu lhes digo que vocês não me verão desde agora, até que digam: "Bendito é aquele que vem em nome do Senhor".
A enciclopédia judaica confirma que o judaísmo baseou-se nos ensinamentos e práticas dos fariseus (o farisaísmo) e não sobre a Lei Mosaica: "A religião judaica, como é hoje, traça seu caminho sem interrupção, por todos os séculos, desde os antigos fariseus. Suas principais idéias e métodos encontraram a máxima expressão numa literatura de enorme extensão, da qual um grande trabalho ainda está em andamento. O talmude é o maior, único e o mais importante membro dessa literatura" (Edition - Volume VIII, p. 474 - 1942). A enciclopédia também admite a raiz edomita dos judeus: "Edom está nos judeus" (Edition - Volume V, p. 41 - 1925).
Embora o talmude (leis judaicas) cite o Antigo Testamento, ele contradiz a Lei Mosaica e viola a Palavra de Deus, como também concordam estudiosos judeus: "A ideia de que o judaísmo é a religião da Bíblia hebraica é naturalmente uma impressão falaciosa: O judaísmo não é a religião da Bíblia e esta não é uma impressão incomum, pois encontra-se entre os povos judeus bem como entre os Cristãos" (Rabino Ben Zion Bokser - Judaism and the Christian predicament. New York - Alfred A. Knopf, p. 59 - 1967).
Atualmente, por ambições étnicas, os khazares tornaram-se as entidades dominantes dos debates políticos pertinentes ao avanço do sionismo internacional. Porém, fortes evidências históricas desvendaram a verdadeira etnologia deste povo misterioso — sem nenhuma ascendência semita canaanita — e sua conexão com a História.
Estudos genéticos sobre os judeus não encontraram evidências de uma origem entre os khazares, ao contrário: "Inúmeras evidências apontaram para uma herança genética misturada originária no Oriente Próximo, entre os povos do Crescente Fértil". O estudo do DNA mitocondrial foi realizado por uma equipe liderada por Martin B. Richards, Universidade de Huddersfield, que não encontrou linhagens maternas e paternas atribuíveis à região do Cáucaso.
Richards resumiu seus resultados: "Nenhum DNA mitocondrial provém do norte do Cáucaso, localizado ao longo da fronteira entre a Europa e a Ásia, entre os mares Negro e Cáspio. Todos os nossos estudos atualmente disponíveis, incluindo o meu, devem desbancar completamente uma dos mais questionáveis, mas ainda tenaz, hipótese de que a maioria dos judeus pode traçar suas raízes para o misterioso Reino da Khazaria, que floresceu durante o século IX na região do Império Bizantino e o Império Persa".
Recentes testes genéticos revelaram a presença das três etnias distintas nos judeus modernos. Isto corroborou o fato de que não são o povo eleito de Deus, uma vez a consanguinidade étnica invalida esta concepção milenar, de acordo com as antigas leis hebraicas. Os Livros de Esdras, Neemias, dos Profetas Menores e de Macabeus e Josephus, descrevem como a Tribo de Judah lutou com todas as forças para permanecer etnicamente separada das outras nações.
Estudos genéticos sobre os judeus não encontraram evidências de uma origem entre os khazares, ao contrário: "Inúmeras evidências apontaram para uma herança genética misturada originária no Oriente Próximo, entre os povos do Crescente Fértil". O estudo do DNA mitocondrial foi realizado por uma equipe liderada por Martin B. Richards, Universidade de Huddersfield, que não encontrou linhagens maternas e paternas atribuíveis à região do Cáucaso.
Richards resumiu seus resultados: "Nenhum DNA mitocondrial provém do norte do Cáucaso, localizado ao longo da fronteira entre a Europa e a Ásia, entre os mares Negro e Cáspio. Todos os nossos estudos atualmente disponíveis, incluindo o meu, devem desbancar completamente uma dos mais questionáveis, mas ainda tenaz, hipótese de que a maioria dos judeus pode traçar suas raízes para o misterioso Reino da Khazaria, que floresceu durante o século IX na região do Império Bizantino e o Império Persa".
Recentes testes genéticos revelaram a presença das três etnias distintas nos judeus modernos. Isto corroborou o fato de que não são o povo eleito de Deus, uma vez a consanguinidade étnica invalida esta concepção milenar, de acordo com as antigas leis hebraicas. Os Livros de Esdras, Neemias, dos Profetas Menores e de Macabeus e Josephus, descrevem como a Tribo de Judah lutou com todas as forças para permanecer etnicamente separada das outras nações.
Assim, a previsível influência dos fariseus e escribas no tempo de Jesus deve ser compreendida dentro do historicismo daquela época, pois os escribas edomitas perseguiram, mataram e crucificaram os judahites de Judá e Benjamin mesmo depois da morte de Jesus. O fato é que a rejeição a Jesus Cristo como o "Messias de Israel" foi orquestrada pelos fariseus e escribas talmúdicos, da mesma forma como enganaram os judahites no passado passando-se por herdeiros das tradições de Moisés.
A usurpação da identidade dos judahites perseverou até nossos dias, quando personagens históricos foram renomeados e documentos antigos transliterados de forma a induzir ao erro de interpretação, assegurando-se de que a representação continuaria indetectável e inquestionável.
Naqueles tempos, a religião regia todas as facetas da sociedade, numa extensão nunca igualada na História. Antes da época de Jesus, os fariseus e escribas talmúdicos apossaram-se dos nomes hebraicos e das datas e práticas religiosas dos judahites, pretendendo assumir o direito histórico do verdadeiro povo eleito por Deus.
Esta farsa milenar corrompeu o sentido das frases em cada contexto das Escrituras, forçando-nos a aceitar as novas definições bíblicas e históricas. Mas Jesus Cristo não nos alertou para termos cuidado com os lobos em pele de cordeiro?
O filósofo Fyodor Dostoyevsky considerava o talmude a literatura da supremacia do ódio contra os Cristãos! A prática padrão de desinformação é negar que o talmude contenha ofensas à Jesus e Nossa Senhora, mas organizações judaico-ortodoxas mantêm esta admissão dado que a supremacia judaica está tão bem estabelecida no mundo que já não precisam preocupar-se com "reações adversas".
Segundo o talmude Jesus Cristo foi julgado culpado por incitar o desprezo à autoridade rabínica, e todas as fontes judaicas que mencionam o fato comprazem-se com a responsabilidade pelo Seu sofrimento — os romanos não são mencionados!
A incompressibilidade da influência do talmudismo no historicismo bíblico alavancou a alienação dos Cristãos, desde que os falsos biblicistas também desviaram a responsabilidade do rabinato pela morte de Jesus para o paganismo romano.
Segundo o talmude Jesus Cristo foi julgado culpado por incitar o desprezo à autoridade rabínica, e todas as fontes judaicas que mencionam o fato comprazem-se com a responsabilidade pelo Seu sofrimento — os romanos não são mencionados!
A incompressibilidade da influência do talmudismo no historicismo bíblico alavancou a alienação dos Cristãos, desde que os falsos biblicistas também desviaram a responsabilidade do rabinato pela morte de Jesus para o paganismo romano.
Esta tática de dividir e conquistar sustentou-se através das alterações capciosas no Novo Testamento — como as suposições de que membros da elite romana despenderam esforços na absolvição de Jesus — que acabaram por suscitar dúvidas entre os Cristãos.
No entanto, a indestrutível "onda cristã" prosseguiu sem temor, primeiro alcançando o poder imperial romano, para em seguida, conquistar corações e mentes entre a humanidade, impulsionando-nos às dádivas do Cristianismo, a religião fundada por Jesus Cristo.
01 dezembro 2013
O NATAL - CHRISTMAS
Na época do nascimento de Jesus, existiam dois vilarejos conhecidos pelo nome de Belém. Um situava-se no território norte da Palestina, pertencente à tribo de Zebulom, enquanto o outro, Belém-Efrata, localizava-se ao sul, aproximadamente a dez quilômetros de Jerusalém, no território dominado pela tribo de Judá.
Jesus não nasceu na Belém vizinha de Nazaré, onde José e Maria viviam, nasceu em Belém-Efrata. O recenseamento do imperador Augusto exigiu que todos os cidadãos retornassem às cidades de seus ancestrais.
Nesta época o império romano era comandado por César Augusto e Herodes governava a Judeia. José e Maria, atendendo ao decreto imperial que faria o recenseamento dos cidadãos, já estavam em Belém-Efrata quando Jesus nasceu.
Na noite em que Ele veio ao mundo, um cometa despontou no Céu e um anjo apareceu para os pastores anunciando que tinha nascido na cidade de Davi um Salvador, Jesus Cristo Nosso Senhor. Mas a data exata do Seu nascimento é desconhecida pela humanidade, pois não foi regida por leis físicas ou temporais.
Assim, os pais de Jesus foram obrigados a fazer uma árdua e longa viagem para Belém-Efrata onde Jesus nasceu, exatamente como Deus havia planejado e prometido há séculos: "E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá Aquele que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade".
Um dos desígnios de Deus fez com que o imperador Augusto decretasse um recenseamento. Naquela época, Jesus já poderia ter sido aceito como "O Messias" desde o Seu nascimento, simplesmente atentando para as circunstâncias do fato.
O Natal, celebrado no dia 25 de dezembro, a data mais importante da Cristandade, marca o aniversário do nascimento de Jesus Cristo, Filho Único de Deus. O verdadeiro significado e relevância do Natal é que podemos recordar e homenagear o nascimento de Jesus, que veio ao mundo com um único propósito, o de justificar os nossos pecados através da Sua própria morte.
Deus enviou Jesus Cristo para redimir toda a humanidade e para que um dia possamos alcançar a Vida Eterna por Seu intermédio. Assim, lembrem-se que o Natal é, na sua essência, o agradecimento Àquele que deu Sua vida por nós.
Cristãos do Egito celebravam o dia 6 de janeiro como a data da Natividade. Este costume difundiu-se por todo o Oriente mas, gradualmente, esta data foi mais associada à chegada dos Reis Magos. Atualmente, os Cristãos Ortodoxos ainda comemoram a Natividade em janeiro.
Uma das razões da mudança do nascimento de Jesus para o dia 25 de dezembro deve-se ao fato de que esta data marcava o início das festividades pagãs, a saturnália romana e as festas germano-celtas do solstício de inverno. A Igreja viu uma oportunidade para "cristianizar" esta data ao se dar conta de que os Cristãos tinham predileção pelas festividades pagãs.
No século III, o nascimento de Jesus começou a ser celebrado oficialmente pela Igreja. No ano de 1223, São Francisco de Assis obteve a permissão do Papa Honório III para criar um presépio no bosque situado ao lado do mosteiro de Greccio.
Assim, construiu uma estrutura com pedras, musgo e ramos, acrescentando uma manjedoura e as imagens do Menino Jesus, da Virgem Maria e de São José. Após um século, o Papa Júlio I oficializou a data de 25 de dezembro para os festejos do Seu nascimento.
No século XV, foi criado o primeiro presépio caseiro pela Duquesa de Amalfi, Constanza Piccolomini. Desta forma, a recriação do nascimento de Jesus foi adotada nos presépios napolitanos, representando aquela época através de montagens de rara beleza, com figuras ricamente ornadas.
O costume de se colocar os presentes debaixo da árvore de Natal surgiu na Inglaterra, durante o reinado de Elisabeth I, quando adotou-se o costume de deixar os presentes debaixo da árvore de Natal montada nos jardins do palácio real.
A Grã-Bretanha trouxe da Alemanha a tradição de montar a árvore de Natal, que se espalhou no país pela ilustração da Rainha Vitória com o marido e filhos junto à árvore de Natal no castelo de Windsor. Em meados do século XVIII, esta tradição espalhou-se por toda a Europa e chegou aos EUA, trazida por soldados holandeses, durante a guerra da independência.
Em 1856, a Casa Branca foi enfeitada com uma árvore de Natal e a tradição manteve-se desde 1923 até que o presidente islâmico dos EUA, Hussein Obama, abolisse esta prática juntamente com a exposição do presépio.
O Natal converteu-se numa festa familiar com tradições pagãs. A presença da árvore de Natal nas festividades tem raízes mais longínquas do que o próprio Natal: os romanos enfeitavam as árvores em honra a saturno, deus da agricultura, e os egípcios traziam ramos verdes para suas casas, em dezembro, como símbolo de triunfo da vida sobre a morte.
Na cultura celta, os druidas tinham o costume de decorar velhos carvalhos com maçãs douradas nas festividades desta mesma época do ano, originando o atual costume de decorar a árvore com bolas de vidro colorido.
A imagem do Papai Noel provém de São Nicolau, bispo de Mira na Lícia, padroeiro da Rússia, da Grécia, dos marinheiros e das crianças. São Nicolau era conhecido por salvar marinheiros das tempestades, defender crianças e por oferecer generosos presentes aos mais pobres.
Assim, ficou associado a um distribuidor de presentes por toda a Europa. O dia de São Nicolau era originalmente celebrado no dia 6 de dezembro, e em alguns países europeus os presentes ainda são dados durante a comemoração da Festa de São Nicolau.
Após a reforma de Martinho Lutero, os protestantes germânicos decidiram dar especial atenção ao nascimento de Jesus transferindo a "entrega de presentes" para o dia 25 de dezembro, e a tradição de São Nicolau prevaleceu nesta data. Assim, o dia 25 de dezembro passou a englobar o Natal e o dia de São Nicolau.
Em 1866, Thomas Nast publicou no semanário "Harper’s Weekly" um desenho que retratava o Papai Noel tal como hoje o conhecemos. Um século depois, o Papa Paulo VI ordenou que a festa de São Nicolau fosse retirada do calendário oficial Católico Romano.
Você pode se ajudar, ou aos seus filhos, ao desenvolver uma atitude de gratidão que pode influenciar radicalmente a sua família, pois a gratidão é um atributo que transcende as circunstâncias.
Os Cristãos têm um motivo especial para serem gratos, porque sabemos que tudo o que virá provém de Deus. Jesus disse: "Então, não fique ansioso com o amanhã. Deus também vai cuidar de seu futuro".
Nesta época de Natal e festividades faça alguma coisa por alguém, pois uma das formas pelas quais podemos demonstrar que somos gratos a Deus é ajudando aos outros.
Mesmo que este tenha sido um ano difícil para você e sua família, ajudar e fazer o bem ao próximo irá realmente ajudá-lo também, porque o seu foco vai passar das suas próprias circunstâncias para o de servir aos outros.
Desejo a todos um Feliz Natal
JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU
28 fevereiro 2013
ENSINAMENTOS DO PASSADO - TEACHINGS FROM THE PAST - 5ª PARTE
Em 1517, o Papa Leão X autorizou o dominicano chamado Johann Tetzel a angariar fundos na Alemanha através da venda das indulgências e doações em dinheiro, para terminar a construção da Basílica de São Pedro, em Roma.
O padre João Tetzel era um orador entusiástico e fazia muitas afirmações fantásticas a respeito do poder das indulgências. Ele jogava com as preocupações dos fiéis pela alma de seus parentes mortos, dizendo: "Tão cedo como a moeda ressoa no cofre, a alma do seu amado pula do purgatório".
Certa vez, um jovem de uma aldeia perguntou a Tetzel se comprar a indulgência lhe asseguraria o perdão por qualquer pecado: "Claro que sim!" respondeu Tetzel. Continuou o jovem: "Mesmo que o pecado seja só uma ideia ainda não cometida? Respondendo ao jovem, Tetzel afirma: "Não importa, pois não há nenhum pecado demasiado grande!" Com isso, o jovem entusiasmado comprou a indulgência.
Depois de Tetzel terminar seu negócio lucrativo naquele povoado, empreendeu sua viagem ao próximo vilarejo. Mas, no meio do caminho, topou-se com uma dupla de ladrões que lhe tiraram tudo o quanto tinha, inclusive o dinheiro que tinha ganho vendendo indulgências.
O ladrão sorridente da dupla era o mesmo jovem que tinha comprado a indulgência naquela tarde, quando já estava contemplando o pecado que iria cometer, o roubo.
As afirmações de Tetzel também não passaram sem serem desafiadas. O monge Martinho Lutero, ardendo com indignação, confrontou-se com Tetzel e desmentiu suas afirmações ridículas.
Quando a Igreja nada fez para calar Tetzel, Lutero fincou 95 proposições contra as indulgências na porta da Igreja em Wittenburg, Alemanha. Nelas propôs um debate público sobre o tema das indulgências.
O fogo que começou a arder em Wittenburg talvez tivesse se extinguido ali, exceto por uma invenção nova daquele tempo, a tipografia. Sem que Lutero soubesse, suas 95 proposições foram impressas e distribuídas por quase toda a Europa.
Então estourou um forte choque entre Tetzel e Lutero. Para apoiar sua posição contra Tetzel, Lutero passou ao outro extremo, e ao fazer isso não teve que inventar nenhuma teologia nova. Sendo monge agostiniano, não fez mais do que ressuscitar "a velha ladainha" da teologia esquecida de Agostinho.
Seguindo a teologia de Agostinho, Lutero propôs que a salvação depende exclusivamente da predestinação, que os homens não podem fazer nada bom e nem acreditar em Deus.
Sustentou que Deus concede o dom da fé e das boas obras a quem Ele queira, isto é, aos predestinados, e segundo a Sua vontade desde antes da criação do mundo. Os demais, Ele os elege arbitrariamente para a condenação eterna. Ademais, Lutero afirmou que ninguém poderia ser salvo se não acreditasse na doutrina da predestinação absoluta.
Lutero tomou emprestado algumas doutrinas a mais dos ensinamentos de Agostinho, inclusive a doutrina da guerra santa. Quando o povo pobre da Alemanha se sublevou contra o tratamento desumano da nobreza, Lutero exortou os nobres que suprimissem a rebelião "com força viva", incitando-os com as seguintes palavras:
"Esta não é hora de estar dormindo, agora não há lugar para a paciência nem para a misericórdia. Esta é a hora da espada, não da graça. Qualquer camponês que morra, se perderá de corpo e alma, será do diabo pela eternidade. Mas as autoridades têm a consciência limpa e uma causa justa".
"'Podemos dizer a Deus com plena confiança que fomos nomeados príncipes e senhores, disso não tenho a menor dúvida, e recebemos a espada para castigar aos malfeitores. Portanto, os castigaremos e mataremos até que deixe de bater o coração. Deus será o juiz".
"Por isso digo, quem morrer na batalha como aliado da autoridade poderá ser um mártir verdadeiro aos olhos de Deus. Hora rara esta, quando o príncipe pode ganhar um lugar no céu com o derramamento de sangue, melhor do que poderia outro com a oração! Apunhalai a todos, matem-nos! Se morreres na batalha, bom para ti! Uma morte mais bendita não há".
Sem vacilar, os nobres seguiram estas palavras de Lutero, massacrando os camponeses selvagemente, e na breve guerra que se seguiu cometeram atrocidades indizíveis. Os camponeses que não morreram no combate foram torturados horrivelmente e depois executados.
Durante os 1.100 anos entre Agostinho e Lutero, o Cristianismo do Ocidente tinha passado de um lado ao outro, de um extremo ao outro, mas voltou ao mesmo lugar onde Agostinho o tinha deixado. A Reforma não foi uma volta ao espírito dos primeiros Cristãos, nem aos seus ensinamentos. Lutero também se afastou do real Cristianismo dos primeiros Cristãos.
Os Cristãos dos primeiros séculos produziram uma revolução espiritual no mundo porque não temeram desafiar as atitudes, a vida e os valores do mundo antigo. Seu Cristianismo era bem mais do que um credo, um conjunto de doutrinas. Era uma maneira diferente e nova de viver. Mas ainda hoje os Cristãos não se convenceram com as lições da História.
A Igreja atual não converteu o mundo, e sim o mundo converteu a Igreja! E ainda acreditamos poder melhorar o Cristianismo por meio dos métodos humanos. Mas no sentido verdadeiro, o Cristianismo não melhorará até que volte à santidade prática, ao amor não fingido e à abnegação verdadeira dos primeiros Cristãos.
THE END