O planeta Terra está mais verde como resultado do aumento do dióxido de carbono na atmosfera contrariando a falácia atual, segundo Freeman John Dyson (1923-2020). Dyson foi um físico teórico e matemático nascido na Grã-Bretanha, conhecido por seus trabalhos na teoria quântica de campos, astrofísica, matrizes aleatórias, formulação matemática da mecânica quântica, física da matéria condensada e engenharia nuclear. Era professor emérito do Instituto de Estudos Avançados de Princeton e membro do conselho de patrocinadores do Boletim dos Cientistas.
O polo magnético do Norte da Terra move-se para o leste num ritmo excepcionalmente acelerado, a partir do Ártico canadense em direção à Rússia, mantendo uma média constante de 70 Km/ano. A perspectiva de uma repentina troca entre os polos norte e sul causa preocupação e expectativa, já que transtornariam a navegação marítima, os sistemas de GPS, as operações civis e militares, etc.
No dia 8 de junho de 2014, um asteroide descoberto há menos de dois meses orbitará a 1.250.000 km da Terra, ou seja, o equivalente a 3,25 distâncias lunares. O denominado 2014 HQ124 recebeu a alcunha de "Besta" e foi classificado pela NASA como potencialmente perigoso. Foi detectado em 23 de abril de 2014 pelo "Wide-field Infrared Survey Explorer" (WISE): o telescópio receptor de ondas infravermelhas da NASA em atividade desde 2009. A "Besta" apresenta um diâmetro de 325 metros e viaja pelo espaço a uma velocidade de 50.400 Km/h, podendo atingir o planeta Terra com uma potência equivalente a 2.000 megatons de TNT e abrir uma cratera de 25 Km de extensão. Diariamente vários asteroides adentram na atmosfera terrestre mas não deixam nenhum vestígio da sua passagem, pois queimam ou explodem antes de atingir o solo. Asteroides são corpos celestes basicamente constituídos de matéria congelada, rocha e ferro, o material excedente da formação do sistema solar. Quando atingem a atmosfera superior tornam-se ignescentes pelo intenso atrito criado pela alta velocidade e, quando visíveis, os percebemos pelos fascinantes rastros de luz que apelidamos de "estrelas cadentes". Mas nesta fase de autocombustão devem ser corretamente denominados de meteoros.
Os cientistas da NASA e pesquisadores em todo o mundo conseguiram catalogar e qualificar perto de 50 mil asteroides, mas estima-se que ainda existam cerca de 1 milhão desconhecidos. Dentre estes, quinhentos mil possuem um diâmetro estimado em mais de um quilômetro. Atualmente a NASA reconhece que existem 100 mil asteroides perigosamente próximos da Terra e que só conseguiram rastrear 5.000 deles. Entre os já monitorados, ou seja, aqueles que possuem suas órbitas rastreadas e diâmetros aferidos, centenas apresentam um risco iminente de colisão com a Terra segundo o "Programa de Objetos Próximos da Terra" da NASA (NEO). A cada ano o sistema solar é visitado por um asteroide de grandes proporções capaz de aniquilar grande parte da vida em nosso planeta. Estes são os potencialmente perigosos gigantes espaciais que originam-se da "Família Baptistina": esta é a denominação do agrupamento composto por asteroides gigantescos localizado na borda interna do cinturão de asteroides, entre a órbita de Marte e Júpiter. Esta família de gigantes foi criada pela colisão de dois imensos asteroides há milhões de anos. Suas dimensões seriam de 250 e 100 Km de diâmetro respectivamente! Segundo as estatísticas, um asteroide com mais de cem metros deve atingir a Terra a cada século.
O mais famoso asteroide catalogado é o Apophis (nº 99942) com 350 metros de diâmetro: um asteroide que claramente merece a nossa atenção. Seu nome foi inspirado na entidade mitológica egípcia "Apep", Apophis em grego, que significa a personificação do caos. Em 13 de abril de 2029, Apophis orbitará abaixo da altitude dos satélites de comunicação. Durante esta passagem, caso a sua órbita entre em ressonância orbital com a da Terra, nosso planeta poderá ser o alvo da sua próxima visita em 2036. A ressonância orbital resulta da interação dos períodos orbitais de dois corpos celestes, quando um é uma fração exata do período do outro. Por exemplo: na primeira passagem do Apophis o planeta Terra pode agir como um atrator gravitacional em pequena escala alterando a órbita do asteroide na sua passagem futura. O impacto do Apophis na Terra liberaria 150.000 vezes mais energia do que a explosão nuclear em Hiroshima, ou seja, 3.500 megatons de TNT. Cidades inteiras seriam imediatamente pulverizadas e o planeta sofreria com o inevitável inverno de impacto. As cinzas em suspensão na atmosfera levariam anos para dissiparem-se e impediriam que a radiação solar beneficiasse a Terra. Caso o asteroide Apophis atinja o Oceano Pacífico, uma previsão científica confirmada pelo rastreamento da sua órbita, um impressionante tsunami com centenas de metros de altura devastará toda a região circundante.
Nêmesis, para os gregos, era uma filha de Zeus que personificava a justiça, premiando ou castigando os humanos pelas ações que praticavam. No império romano tornou-se uma divindade importante, a deusa da vingança. Hoje em dia, é um conceito ético representando a nossa personalidade sombria, oposta à natural. Em 1980, pesquisadores demonstraram a possibilidade de o Sol ter uma estrela companheira, o que tornaria o Sistema Solar um sistema estelar binário. Esta estrela foi batizada de Nêmesis, a estrela da morte. A cada 26 milhões de anos acontece na Terra uma extinção em massa das espécies e, se esta periodicidade for estabelecida, a implicação é que dificilmente as causas das extinções sejam puramente biológicas e o espaço exterior deve ter um papel preponderante. Analisando os registros geológicos das extinções em ambientes marinhos, paleontólogos confirmaram a hipótese de que as extinções não foram fenômenos isolados, mas eventos periódicos que atuariam sobre o planeta Terra. Nêmesis seria uma estrela anã marrom, pequena e escura, com um período orbital centenas de vezes maior que o de Plutão, gastando 26 milhões de anos para completar uma revolução ao redor do Sol. Desde 1984, distintos grupos de astrônomos buscam a localização da estrela Nêmesis. Sempre foi notório o fato de que o Sol, uma estrela comum, não compusesse um sistema binário, já que a maioria das estrelas similares pertencem a sistemas deste tipo. Este fato alimentou ainda mais a procura por Nêmesis, que ultimamente é realizada por meio dos grandes telescópios infravermelhos e pelos telescópios embarcados nos satélites, mais preparados para a detecção de pequenas estrelas frias e ocultas.
Durante muitas décadas o enigma das extinções em massa intrigou várias gerações de cientistas e leigos, porque algum fenômeno assolou periodicamente o passado geológico terrestre, ceifando num intervalo de tempo relativamente curto a maior parte da fauna e da flora existentes. Há poucos anos, os astrofísicos, paleontólogos e geólogos sentiram-se forçados a recorrer a uma hipótese de caráter espacial para tentar desvendar o mistério, e o modelo do sistema solar binário foi objetivo de estudos aprofundados. Este modelo foi considerado como plausível e capaz de explicar a periodicidade dos processos de extinção em massa presentes nos registros geológicos. O modelo postula que o Sol teria uma estrela companheira, que completaria sua órbita em torno do centro de massa do sistema no período de 26 milhões de anos. Possuindo uma órbita bastante excêntrica, no afélio, em que a distância do Sol é a máxima alcançada, a estrela estaria a cerca de 2 anos-luz do Sol. No peri-hélio, ou ponto de maior proximidade do Sol, esta estrela, denominada Nêmesis, perturbaria as áreas mais densas da nuvem de Oort que circunda o nosso sistema planetário. Esta interferência gravitacional deslocaria os cometas estacionários de Oort, trazendo-os em direção ao sistema solar interior, região geralmente mantida a salvo graças à influência gravitacional protetora de Júpiter e Saturno. Durante este afluxo de cometas, calcula-se que centenas atingiriam a Terra. Os dinossauros devem ter sofrido vários desses impactos até serem fulminados pelo cometa de Chicxulub, que se espatifou na Península de Iucatã, México, no período final do Cretáceo. Uma característica da "chuva de cometas" é que as espécies na Terra não perecem de imediato e simultaneamente. Algumas seriam aniquiladas por um primeiro impacto, mas outras seriam poupadas para serem extintas pelo impacto seguinte, séculos depois.
Os paleontólogos afirmam que as extinções da vida no planeta não teriam sido totais e imediatas, mas se distribuído no decorrer de centenas de milhares de anos, teoria que não está em desacordo com o modelo de extinção devido aos impactos de objetos espaciais de grandes dimensões. Nesta "chuva de cometas" haveria aproximadamente dez impactos de grandes proporções, com um intervalo médio entre eles de 100 mil anos. A principal implicação biológica seria que os processos evolutivos baseados na competição entre espécies somente teriam lugar nos períodos de relativa calmaria. Mas a cada 26 milhões de anos, o mecanismo da "chuva de cometas" provocaria desastres de proporções planetárias ao longo de centenas de milhares de anos e, ao final deste período, grande parte das espécies teria sido extinta. Esta dinâmica de destruição evitou a estagnação do processo evolucionário, através do extermínio periódico das espécies dominantes ou das menos flexíveis e adaptáveis: resultando na consequente abertura dos nichos ecológicos anteriormente ocupados. Sem catástrofes dessa natureza os dinossauros provavelmente não teriam sido extintos e o homem não existiria. Nêmesis será, provavelmente, uma estrela anã vermelha. Sua velocidade radial e movimento próprio são virtualmente nulos, uma vez que jamais foi identificada pelos programas para detecção de estrelas próximas. Existe um grupo de pesquisa desenvolvendo um trabalho para tentar detectar a companheira do Sol entre as anãs vermelhas da vizinhança solar. Se não for encontrada entre as anãs vermelhas, deve-se supor que possa ser uma anã marrom, uma estrela de brilho muito fraco, emitindo luz quase que exclusivamente no espectro infravermelho.
Os cientistas observaram que diversos cometas apresentavam fortes desvios em relação às órbitas calculadas e previstas. Segundo eles, isso seria provocado pela atração gravitacional de um objeto várias vezes maior do que Júpiter e escondido dentro do Sistema Solar. Na ocasião, publicaram um artigo propondo que somente a presença de um objeto de grande massa no interior da nuvem de Oort poderia explicar as anomalias observadas no caminho dos cometas provenientes daquele local. Segundo os cientistas, devido ao brilho muito tênue e à temperatura muito baixa, a existência deste objeto só poderá ser comprovada através das imagens no espectro infravermelho geradas pelo telescópio espacial WISE. Em 2003, a descoberta do planeta-anão denominado Sedna, fez a hipótese da existência de Nêmesis ganhar fôlego. Cientistas constataram que este planeta está onde não deveria estar e não há como explicar a sua órbita angular. Sedna nunca está próximo o suficiente para ser afetado pelo Sol, mas também nunca está longe o bastante para ser influenciado por outras estrelas. Assim, é necessário haver um grande objeto espacial servindo de atrator gravitacional para explicar a órbita de Sedna. Somando-se a isto o fato de que este corpo celeste ainda permanece oculto, alimentou-se ainda mais a hipótese da existência de Nêmesis, que teria várias massas jupterianas, sendo um forte candidato como o atrator de Sedna. O telescópio espacial Wise, lançado em 2009 com o objetivo de mapear o céu no espectro infravermelho, já fez inúmeras descobertas de objetos celestes, entre eles centenas de cometas: durante a missão, o telescópio produziu nada menos que 2 milhões de imagens que agora estão sendo estudadas minuciosamente. Se a hipótese da existência de Nêmesis estiver correta, o Sol não será mais uma estrela solitária. Atualmente o Sol está atravessando o plano galáctico e estamos justamente entre dois períodos de extinção em massa. Uma hipótese rival ao modelo da estrela companheira do Sol, advoga que o mecanismo das extinções em massa seria disparado pela passagem do Sistema Solar através do plano galáctico, mas foi descartada quando se constatou a não coincidência entre essas passagens e a periodicidade das extinções no passado da Terra.
Acreditava-se que um asteroide relativamente lento, medindo 10 km de diâmetro, seria o provável culpado pela cratera de impacto de 180 km em Chicxulub, soterrada debaixo da Península de Iucatã no México. Mas novos estudos afirmam que a cratera foi "esculpida" por um objeto menor do que se pensava, um pequeno cometa super veloz. A descoberta baseia-se na baixa concentração dos elementos irídio e ósmio no solo terrestre, resultantes da pulverização do objeto espacial. Estes materiais provenientes do bólido "vaporizado" foram disseminados na atmosfera e se depositaram na superfície da Terra, formando assim uma camada de argila rica em irídio e ósmio. Ao atingir o planeta formou-se um mega tsunami e uma nuvem de cinzas superaquecidas até a incandescência, incendiando a superfície da Terra. As ondas de choque percorreram todo o globo, causando terremotos e erupções vulcânicas. A emissão das partículas, cinzas e resíduos originados cobriu toda a superfície terrestre durante décadas, diminuindo drasticamente a temperatura, afetando a totalidade da cadeia alimentar, causando o extermínio dos dinossauros, de 75% de todas as espécies na Terra em um curto período de tempo e de grande parte da vida marinha. O impacto liberou energia equivalente a 500 toneladas de TNT. Isto equivale a 60.000 vezes o arsenal nuclear mundial sendo detonado simultaneamente!
Um cometa de longo período é o possível candidato associado a este evento de extinção há 65 milhões de anos. Cometas de longo período são objetos celestes compostos de poeira, rocha e gelo, que seguem trajetórias altamente excêntricas em torno do Sol. Eles podem levar centenas, milhares ou mesmo milhões de anos para completar uma órbita. Nos últimos anos, vários objetos vindos do espaço surpreenderam os astrônomos, e servem como um lembrete de que a nossa vizinhança cósmica continua a ser um lugar "atarefado". Em 15 de fevereiro deste ano o asteroide 2012 DA-14 passou perto da Terra, mas só tinha sido descoberto no ano anterior. No mesmo dia uma rocha de 20 metros explodiu sobre os montes Urais, na Rússia, com uma energia de cerca de 400 quilotons de TNT. A maioria dos objetos próximos da Terra, maiores do que 1 km, está sendo monitorada, porém mais de 90% dos 50.000 asteroides menores não estão sendo acompanhados e ainda são desconhecidos. Existem também milhares de cometas, mas em maior quantidade do que o número dos asteroides, porém eles orbitam a grandes distâncias do Sol e da Terra. Os cometas escuros são os mais perigosos, e estima-se que milhares deles são invisíveis à detecção, podendo atingir nosso planeta sem aviso prévio.
Há 200 milhões de anos o planeta sofreu outra mega-extinção. De acordo com as novas descobertas, uma série de erupções vulcânicas maciças dos super-vulcões teria dizimado metade da vida na Terra. Cientistas examinaram evidências pelo mundo e relacionaram o abrupto desaparecimento de mais da metade das espécies com um conjunto, precisamente datado, de erupções vulcânicas gigantescas. Agora o novo estudo fornece uma data precisa. Há 201.564.000 anos ocorreu um enorme derramamento de lava a nível mundial, datado com precisão pelo decaimento de isótopos de urânio do basalto, uma rocha formada por erupções vulcânicas. As mega-erupções podem ter causado mudanças climáticas tão repentinas que muitas criaturas não foram capazes de se adaptar a tempo. Esta extinção abriu o caminho para que os dinossauros evoluíssem, dominando o planeta pelos próximos 135 milhões anos, antes de serem também varridos no cataclismo planetário devido à queda do cometa em Chicxulub. Muitos cientistas afirmam que a extinção final do Triássico, e pelo menos quatro outros eventos de extinção conhecidos, foram causados por mega-vulcanismo e pelas mudanças climáticas resultantes no planeta. O final do período Triássico foi a quarta extinção em massa, e a dos dinossauros foi a quinta. Os cientistas têm proposto que estamos à beira de uma sexta extinção. O crescimento explosivo da população humana, a atividade industrial e a exploração dos recursos naturais, estão rapidamente empurrando muitas espécies para fora do "mapa terrestre". A queima de combustíveis fósseis, em particular, teve o efeito de elevar nível de CO² na atmosfera em 50 % em apenas em 200 anos! Um ritmo muito mais rápido do que o ocorrido no final do período Triássico, devido às emissões dos super-vulcões.
Atualmente são monitorados constantemente super-vulcões que podem explodir sem aviso. Um dos mais perigosos é a caldeira de Long Valley, em Yellowstone, na América do Norte. A maior erupção de Long Valley foi há 760.000 anos, e desencadeou 20.000 vezes mais lava e cinzas do que a erupção do Monte Santa Helena. A caldeira de Valles, com 250 Km quadrados, encontra-se no norte do Novo México, a oeste de Santa Fé. Ela explodiu há 1 milhão de anos, emitindo 150 quilômetros cúbicos de rocha e cinzas. A caldeira de Toba, com 1.600 quilômetros quadrados, no norte de Sumatra na Indonésia, entrou em erupção há 75.000 anos, ejetando milhares de vezes mais material do que a erupção do Monte Santa Helena em 1980. Alguns investigadores pensam que a antiga super-erupção de Toba e a onda de resfriamento global resultante, podem explicar o mistério do genoma humano. Nossos genes sugerem que todos descendem de apenas alguns milhares de indivíduos, e há poucos milhares de anos, em vez de descendermos de uma linhagem mais antiga. A causa poderia ser que apenas alguns poucos grupos de seres humanos sobreviveram aos anos gelados após a erupção de Toba.
A caldeira de Taupo, na Nova Zelândia, foi preenchida por água, criando o que muitos descrevem como uma das mais belas paisagens do mundo, mas o próprio lago foi criado por uma enorme erupção há 26.500 anos. Mas Taupo não está morto. A caldeira de 750 quilômetros quadrados entrou novamente em erupção no ano 181 d.C. Atualmente há uma abundância de sinais de atividade vulcânica na forma de fontes termais, fumarolas e gêiser, como os de Yellowstone. Uma das mais preocupantes caldeiras na atualidade é a caldeira de Aira, de 240 qiolômetros quadrados, no sul do Japão, na borda da qual situa-se a cidade de Kagoshima. Há 22.000 anos, 14 quilômetros cúbicos de material foram expelidos para fora da terra, formando a caldeira de Aira, onde agora situa-se a grande Baía de Kagoshima. Isto equivaleu a 100 erupções do Monte Santa Helena. O vulcão de Sakura-jima, que faz parte da caldeira de Aira, tem estado ativo e ainda provoca terremotos, indicando que o super-vulcão está longe da inatividade.
Milhares de cometas escuros representam uma séria ameaça invisível para a Terra. Um cometa escuro é aquele que perdeu sua brilhante cobertura de gelo, deixando aparente a empoeirada crosta interna que reflete apenas uma pequena fração da luz. Como ele não brilha, um cometa escuro em curso de colisão com a Terra poderia facilmente escapar a detecções até que o desastre se complete. Vários cometas "periódicos", que levam dezenas de anos para completar uma órbita em torno do sol, são do tipo escuro. A taxa de passagem de cometas brilhantes pelo sistema Solar deveria ser em torno de 5.000 orbitando ao redor do Sol, mas apenas 25 foram detectados até hoje. Milhares podem estar invisíveis à detecção porque são muito escuros, desta forma representando a maior e mais séria ameaça de extermínio da vida no planeta. No entanto, alguns cientistas acreditam que o cometa escuro pode ter uma boa absorção da luz solar e portanto pode ser encontrado pelo seu calor irradiado. Mas são meras especulações que não correspondem à real capacidade de detecção de objetos próximos da Terra empreendida pela NASA.
Em 1983, o cometa IRAS-Araki-Alcock passou pela Terra a uma distância de 5 milhões de quilômetros, a maior aproximação de um cometa em 200 anos. Com apenas 1% de sua superfície ativa e refletindo luz, foi detectado somente duas semanas antes da sua chegada. Se viesse na direção da Terra só saberíamos uma semana antes do fim, se nos informassem a tempo. Pesquisas sugerem que os cometas deslocam-se em direção à Terra quando o sistema solar passa periodicamente no meio do plano galáctico. A data destas passagens parece coincidir com a das antigas crateras de impacto na Terra, sugerindo que elas foram causadas por cometas e não por asteroides. Alguns cometas aparecem regularmente, como o cometa Halley, outros originam-se da distante nuvem de Oort, um berçário de cometas a cerca de um ano-luz do sol. Alguns completam suas órbitas em 1 milhão de anos e são mais difíceis de se prever ou detectar, especialmente se estão muito longe do sol para desenvolver uma cauda de cometa, característica do derretimento da sua superfície gelada. Os cometas escuros não formam a coma, fluxos de poeira e gás liberados em torno do cometa, nem a cauda. Esta cauda ionizada, feita de gases, direciona-se opostamente ao Sol, pois o gás ionizado é afetado pelo vento solar, seguindo as linhas dos campos magnéticos em vez de uma trajetória orbital. A paralaxe das visualizações da Terra pode fazer com que as caudas apontem para direções diferentes.
A cada ano, asteroides com diâmetros de 10 metros ou mais atingem a atmosfera terrestre com tanta energia quanto a da bomba atômica de Hiroshima, 15 quilotons, e explodem na atmosfera superior. Objetos com diâmetros superiores a 50 metros produzem explosões comparáveis ao evento de Tunguska, em 1908 na Sibéria, quando a queda de um objeto provocou uma grande explosão e devastou uma área de milhares de quilômetros quadrados. As quedas destes objetos deveriam ser avistadas com frequência, mas a maior parte ocorre nos oceanos ou geralmente os objetos, ao entrarem na atmosfera, explodem a grandes altitudes resultando em um imenso clarão e "trovoada", sendo interpretados como condições climáticas adversas. Durante a realização de um programa para descobrir objetos próximos da Terra, Carolyn Shoemaker, Eugene Shoemaker e David H. Levy descobriram o cometa Shoemaker-Levy 9 na noite de 24 de março de 1993. Ele foi o nono cometa de curto período, um cometa que tem um período orbital de 200 anos ou menos, e recebeu o nome dos descobridores. Seu impacto em Júpiter criou uma mancha escura de cerca de 12.000 km de diâmetro, e estima-se que tenha liberado energia equivalente a 6.000.000 de megatons de TNT, 600 vezes todo o arsenal nuclear do mundo. Se um cometa atingir o oceano, as regiões costeiras serão dizimadas por tsunamis maciços. Caso atinja um continente, vai exterminar toda a vida por milhares de quilômetros. Poeira e gases serão expulsos para a atmosfera, bloqueando o sol por meses ou anos. A temperatura vai cair e a Terra entrará na "idade do gelo", onde o gelo e as temperaturas negativas prevalecerão. Plantas, animais e muitas pessoas vão morrer, incapazes de lidar com as súbitas mudanças no clima da Terra.