Singulari Sapientia Sancti
Sob o pontificado de São Pio X a ameaça grave era o liberalismo político, que afetava a sociedade civil em seus fundamentos, além de contagiar a sociedade religiosa sob a expressão do modernismo. São Pio X enfrentou esta ameaça afirmando:
O reino de Deus se estabeleceu sobre a terra para a salvação eterna dos homens, priorizando desta forma o critério sobrenatural. Devemos julgar todas as coisas segundo as luzes da fé. Entre a razão e a fé não pode haver desacordo real, pois são duas filhas do mesmo Pai.
A ciência é necessária e o progresso é louvável. Exaltam-se com razão os progressos da civilização. A própria Igreja, contrariamente às calúnias de que foi alvo, nunca os negligenciou nem entravou, mas, ao contrário, os encorajou.
Acusa-se injustamente a Igreja de apegar-se a velhas doutrinas, de pôr obstáculo aos progressos das ciências, de cortar as asas de todas as inteligências privilegiadas, de opor-se aos que ensinam a verdade. Não se pode imaginar nada mais falso nem mais injusto.
Mas, se a fé e a razão, Revelação e leis naturais, verdades sobrenaturais e verdades naturais são compatíveis, tendo todas a mesma origem e a mesma fonte, que é Deus, há entre elas uma hierarquia necessária, estando as segundas por essência submetidas às primeiras, de modo que de todas as ciências, a primeira é a Teologia.
Na hierarquia das ciências, incluída a filosofia, a Teologia deve ocupar o primeiro lugar. A Teologia tem por base a Revelação Divina, ela fortalece na Fé os que já têm a felicidade de levar o nome de Cristão.Em meio a esta grande abundância de ciências tão diversas que se oferecem ao espírito ávido de verdade, é de direito que a Teologia tenha o primeiro lugar.
Entre todos os métodos de Teologia e de Filosofia, deve-se dar prioridade ao da escolástica, sobretudo à de Santo Tomás de Aquino. Quando prescrevemos a Filosofia escolástica, é a Filosofia em que aparecem claramente os fundamentos sobre os quais toda a ciência das coisas naturais e Divinas se encontra estabelecida.
São Pio X deplorava o dano causado aos indivíduos que, levados pelas opiniões do liberalismo moderno, adotavam certas idéias que jamais poderiam ser aceitas pela Igreja. Ele situava as raízes históricas do modernismo, na Reforma e na Revolução:
A Reforma preparou as rebeliões e a apostasia dos tempos modernos, seguida dois séculos depois pelas doutrinas dos pretensos filósofos do século XVIII, doutrinas da Revolução e do Liberalismo tantas vezes condenadas. Trata-se do idealismo, ou subjetivismo, e do individualismo decorrente, esse vago e mentiroso idealismo em que a razão individual é soberana.
A ciência é necessária e o progresso é louvável. Exaltam-se com razão os progressos da civilização. A própria Igreja, contrariamente às calúnias de que foi alvo, nunca os negligenciou nem entravou, mas, ao contrário, os encorajou.
Acusa-se injustamente a Igreja de apegar-se a velhas doutrinas, de pôr obstáculo aos progressos das ciências, de cortar as asas de todas as inteligências privilegiadas, de opor-se aos que ensinam a verdade. Não se pode imaginar nada mais falso nem mais injusto.
Mas, se a fé e a razão, Revelação e leis naturais, verdades sobrenaturais e verdades naturais são compatíveis, tendo todas a mesma origem e a mesma fonte, que é Deus, há entre elas uma hierarquia necessária, estando as segundas por essência submetidas às primeiras, de modo que de todas as ciências, a primeira é a Teologia.
Na hierarquia das ciências, incluída a filosofia, a Teologia deve ocupar o primeiro lugar. A Teologia tem por base a Revelação Divina, ela fortalece na Fé os que já têm a felicidade de levar o nome de Cristão.Em meio a esta grande abundância de ciências tão diversas que se oferecem ao espírito ávido de verdade, é de direito que a Teologia tenha o primeiro lugar.
Entre todos os métodos de Teologia e de Filosofia, deve-se dar prioridade ao da escolástica, sobretudo à de Santo Tomás de Aquino. Quando prescrevemos a Filosofia escolástica, é a Filosofia em que aparecem claramente os fundamentos sobre os quais toda a ciência das coisas naturais e Divinas se encontra estabelecida.
São Pio X deplorava o dano causado aos indivíduos que, levados pelas opiniões do liberalismo moderno, adotavam certas idéias que jamais poderiam ser aceitas pela Igreja. Ele situava as raízes históricas do modernismo, na Reforma e na Revolução:
A Reforma preparou as rebeliões e a apostasia dos tempos modernos, seguida dois séculos depois pelas doutrinas dos pretensos filósofos do século XVIII, doutrinas da Revolução e do Liberalismo tantas vezes condenadas. Trata-se do idealismo, ou subjetivismo, e do individualismo decorrente, esse vago e mentiroso idealismo em que a razão individual é soberana.
São Pio X conclamava para que se combatesse virilmente o racionalismo, o flagelo da razão e da fé que se espalha por todas as partes:
O neo-racionalismo, cuja perniciosa influência deveria ser afastada a qualquer preço, até por certos Católicos que fazem força para conciliar racionalismo e religião, que inchados como pavões pelo espírito da vaidade, esforçam-se erroneamente por estabelecer a fé sobre a única base da razão natural.
O naturalismo nega que exista algo acima da natureza, a existência de um Deus criador de tudo e cuja Providência reja o universo, e vai-se muito mais longe ainda.
Chega-se até a afirmar, na doutrina modernista, que a nossa Santíssima Religião, no homem Jesus Cristo assim como em nós, é fruto inteiramente da natureza.
Nada pode vir mais a propósito para dar cabo de toda ordem sobrenatural. A Igreja sabe quando os sentimentos e os pensamentos humanos são inclinados ao mal.
Os espíritos fracos que compactuaram com o livre-pensamento e abraçaram o agnosticismo, juntamente com seu cortejo variado de doutrinas absurdas e filosofias que duvidam de tudo. Sistemas multiplicados ao infinito, uns em oposição aos outros e que mergulham tudo nas trevas.
Ainda como Cardeal e depois como Papa, São Pio X estabeleceu as ligações entre o liberalismo e as doutrinas socialistas:
Alerto os Católicos para as detestáveis e perniciosas doutrinas e os princípios subversivos do liberalismo, e de seus dignos filhos, o socialismo e a anarquia. A tirania invasora do socialismo, conduzirá ao totalitarismo, e que só à luz das doutrinas Cristãs podereis opor-vos eficazmente ao progresso do socialismo, que avançará ameaçador para destruir o edifício da sociedade, já abalado.
A Igreja sempre sofreu perseguições, mas desta vez as armas mudaram. Eis uma nova fase da eterna guerra declarada contra Deus, não há aí nada de novo, somente as armas empregadas. O laicismo, expressão do idealismo e do racionalismo.
A dignidade humana mal compreendida dos liberais e modernistas é, ao contrário, fundada sobre a autonomia do indivíduo.
Segundo os liberais, o homem só será verdadeiramente homem, digno deste nome, no dia em que tiver adquirido uma consciência esclarecida, forte, independente, capaz de dispensar um mestre, obedecendo somente a si própria e podendo assumir e levar adiante as mais graves responsabilidades.
A dignidade dos Santos era o apogeu da dignidade humana e a antítese da pretendida pelos liberais.
A Igreja sempre sofreu perseguições, mas desta vez as armas mudaram. Eis uma nova fase da eterna guerra declarada contra Deus, não há aí nada de novo, somente as armas empregadas. O laicismo, expressão do idealismo e do racionalismo.
A dignidade humana mal compreendida dos liberais e modernistas é, ao contrário, fundada sobre a autonomia do indivíduo.
Segundo os liberais, o homem só será verdadeiramente homem, digno deste nome, no dia em que tiver adquirido uma consciência esclarecida, forte, independente, capaz de dispensar um mestre, obedecendo somente a si própria e podendo assumir e levar adiante as mais graves responsabilidades.
A dignidade dos Santos era o apogeu da dignidade humana e a antítese da pretendida pelos liberais.
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