O Oriente Médio é uma das regiões mais conflituosas do mundo e diversos fatores contribuem para isto, como a própria história e sua posição no contexto geopolítico mundial, entre três continentes, Europa, Ásia e África.
A situação é agravada pelas condições naturais, pois a maior parte dos países ali localizados é dependente da água de países vizinhos, pela presença de recursos estratégicos no subsolo, como o petróleo, e pelas disputas entre árabes e israelenses.
Esta região enfrenta sérios problemas relacionados à escassez de água. Assim, várias nações do Golfo Pérsico fazem dessalinização da água do mar, e ainda são grandes compradores de água mineral. Na região do Oriente Médio, os países que detêm em seu território nascentes de água e aquíferos são privilegiados por possuírem esse riquíssimo e raro recurso.
Diante da escassez de água surgem conflitos entre os países, para definir quem domina as pouquíssimas bacias hidrográficas e águas subterrâneas. A disputa por água existe entre Israel, Líbano, Síria e Jordânia, países fronteiriços que disputam o domínio da Bacia do rio Jordão.
No ano de 1961 Israel invadiu a Síria, que abriga em seu território a colina de Golã e onde está a nascente do rio Jordão. Este rio é a única fonte de água para Israel e a Jordânia.
O Oriente Médio, nos últimos anos, apresentou um crescimento populacional que elevou o consumo e reduziu a quantidade da água disponível nos mananciais, fato que tem contribuído para agravar ainda mais os focos de conflito na região.
Outro foco de conflito acontece nas proximidades dos rios Tigre e Eufrates. Ambos nascem em território turco e o escoamento das suas águas segue rumo ao Golfo Pérsico, abastecendo a Síria e o Iraque.
Esses países temem o controle turco sobre as nascentes dos rios, pois a Turquia pode represar suas águas para irrigação, para a construção de usinas hidroelétricas ou qualquer outro fim, assim comprometendo o abastecimento da Síria e do Iraque.
A religião predominante no Oriente Médio é o islamismo, baseado na adoração a Alá e nos ensinamentos do profeta Maomé registrados no alcorão. Para os muçulmanos a cidade de Meca, na Arábia Saudita, é sagrada.
Há grupos minoritários de muçulmanos, como os drusos e os alauítas, e a região abriga ainda cerca de 13 milhões de Cristãos, muitos de igrejas árabes, como a copta ou a maronita, que estão entre as mais antigas do Cristianismo. Além disso, há cerca de 6 milhões de judeus na região, quase todos em Israel.
É preocupante e passa desapercebida ao mundo ocidental a situação dos Cristãos no Oriente Médio. O destino dos não-muçulmanos naquela área do globo está ligado ao destino de Israel, assim como a minoria Cristã, que está perto da extinção nas terras da sua origem. A diversidade do Oriente Médio está em vias de ficar reduzida à singularidade islâmica.
Em 1919 tanto os Cristãos como os muçulmanos egípcios aliaram-se pela revolução nacionalista contra o colonialismo britânico. Mas hoje em dia, mais de 100 cristãos pedem semanalmente para deixar o Egito devido às ameaças por parte dos muçulmanos.
As estatísticas demonstram que Israel foi o único país do Oriente Médio onde o número de Cristãos aumentou. De acordo com o censo israelense, a comunidade Cristã aumentou de 34.000 pessoas em 1949 para 163.000, prevendo-se que em 2020 o número atinja a 200.000 Cristãos no país.
Na Turquia o número de Cristãos decresceu de 2 milhões para 85.000. No Líbano passou de 60% da população para 30%. Na Síria os Cristãos eram metade da população e hoje em dia perfazem 5%. Na Jordânia eram 20% e hoje são 1%. No Iraque os Cristãos estão quase extintos. No Irã os Cristãos são virtualmente inexistentes desde 1979, quando Khomeini fechou as escolas Cristãs.
Na Arábia Saudita os Cristãos são perseguidos e torturados pela polícia religiosa. Em Gaza os cerca de 5.000 Cristãos são alvos de perseguição, enquanto que no Sudão os Cristãos do sul são escravizados pelos muçulmanos do norte. Se o êxodo de Cristãos continuar em Belém, nas próximas duas ou três décadas deixará de haver Cristãos na terra natal de Jesus Cristo.
Tal como em 1948, quando os judeus foram perseguidos no Oriente Médio, agora é a vez dos Cristãos. Mas Israel continua a ser alvo de destruição por parte dos muçulmanos. É por isso que o destino dele está associado ao das minorias não-muçulmanas da região!
Com as ameças atômicas provenientes do islã, o resto do povo judeu concentrado em Israel corre o risco de ser liquidado antes do centenário da proclamação do estado judaico. A sobrevivência dos últimos Cristãos do Oriente está de certa forma condicionada à manutenção do estado de Israel.
NOTÍCIAS DO ORIENTE
Muçulmanos apedrejam Cristãos
Um grupo de cerca de 50 palestinos muçulmanos apedrejou turistas Cristãos no Monte do Templo, em Jerusalém. Vários ficaram seriamente feridos, mas ninguém morreu. Três policiais israelenses que tentaram proteger o grupo Cristão foram atingidos pelas pedras arremessadas contra eles, disse o site Israel Today.
A polícia prendeu 11 palestinos envolvidos no ataque. A justificativa para o apedrejamento seria uma resposta ao apelo do líder muçulmano Ekrama Sabri. Ele afirmou que grupos judeus planejavam entrar nas mesquitas e profanar seus recintos sagrados. Sabri conclamou que todos os muçulmanos deviam proteger as mesquitas de Jerusalém de uma “conspiração israelense contra a cidade e seus lugares sagrados”.
Os líderes religiosos muçulmanos seguidamente alegam que Israel está conspirando para destruir o “Domo da Rocha” e a mesquita de Al Aqsa, visando com isso abrir o caminho para a reconstrução do Templo. A Bíblia relata que ali foi construído o Templo de Salomão, destruído e reconstruído depois por Herodes. O Muro das Lamentações, localizado a algumas centenas de metros do alto do monte contraria os argumentos islamitas de que ele nunca existiu.
Apesar de o Monte do Templo ser o lugar mais sagrado para os judeus e muitos Cristãos, a polícia israelense tem atendido às exigências muçulmanas para restringir severamente a presença de visitantes não-muçulmanos. Por exemplo, há muito tempo judeus e Cristãos são proibidos de levar a Bíblia para o Monte do Templo para fazer orações silenciosas. Isso seria uma ofensa aos muçulmanos. É comum judeus e Cristãos serem presos por violarem esta medida “de segurança”.
A polícia prendeu 11 palestinos envolvidos no ataque. A justificativa para o apedrejamento seria uma resposta ao apelo do líder muçulmano Ekrama Sabri. Ele afirmou que grupos judeus planejavam entrar nas mesquitas e profanar seus recintos sagrados. Sabri conclamou que todos os muçulmanos deviam proteger as mesquitas de Jerusalém de uma “conspiração israelense contra a cidade e seus lugares sagrados”.
Os líderes religiosos muçulmanos seguidamente alegam que Israel está conspirando para destruir o “Domo da Rocha” e a mesquita de Al Aqsa, visando com isso abrir o caminho para a reconstrução do Templo. A Bíblia relata que ali foi construído o Templo de Salomão, destruído e reconstruído depois por Herodes. O Muro das Lamentações, localizado a algumas centenas de metros do alto do monte contraria os argumentos islamitas de que ele nunca existiu.
Apesar de o Monte do Templo ser o lugar mais sagrado para os judeus e muitos Cristãos, a polícia israelense tem atendido às exigências muçulmanas para restringir severamente a presença de visitantes não-muçulmanos. Por exemplo, há muito tempo judeus e Cristãos são proibidos de levar a Bíblia para o Monte do Templo para fazer orações silenciosas. Isso seria uma ofensa aos muçulmanos. É comum judeus e Cristãos serem presos por violarem esta medida “de segurança”.
Palestinos comemoram assassinatos
No dia 09 de agosto de 2001, o brasileiro Jorge Balazs almoçava com sua mulher Flora na popular pizzaria Sbarro, em Jerusalém, quando um homem-bomba palestino explodiu matando o brasileiro e mais 14 pessoas, e ferindo Flora e outros 129 inocentes.
O casal visitava Israel para o casamento do seu filho. Libertada agora, em troca de Gilad Shalit, a terrorista Ahlam Tamimi relembra com orgulho e satisfação o atentado e o assassinato de 14 inocentes que ajudou a realizar, e a alegria que ele gerou na população palestina.
O casal visitava Israel para o casamento do seu filho. Libertada agora, em troca de Gilad Shalit, a terrorista Ahlam Tamimi relembra com orgulho e satisfação o atentado e o assassinato de 14 inocentes que ajudou a realizar, e a alegria que ele gerou na população palestina.
Vandalismo nas Igrejas Cristãs
Um mosteiro Cristão nos arredores de Jerusalém foi vandalizado. A porta foi queimada e as paredes pintadas com insultos a Jesus e palavras de ordem favoráveis a uma colonização ilegal, que foi desmontada pela polícia. As autoridades receiam que os atos de vandalismo no mosteiro de Latrun sejam uma retaliação à retirada dos colonos judeus.
Na ocasião, a polícia executou uma decisão judicial e expulsou cinquenta famílias do colonato de Migron, nos arredores de Ramallah, na Cisjordânia. As forças de segurança israelenses alertaram sobre uma possível retaliação por parte de um grupo de judeus radicais denominado Price Tag.
Trata-se de um grupo de vigilantes que tem vandalizado mesquitas e, em menor número, templos Cristãos. O Price Tag costuma reagir ao desmantelamento dos colonatos e retalia contra os templos religiosos, vistos como uma intrusão pelos judeus radicais.
Uma Igreja batista situada na parte ocidental de Jerusalém foi profanada com grafites em hebraico, onde se pode ler “morte ao Cristianismo” e ofensas graves a Jesus e à Nossa Senhora. É o segundo templo Cristão a ser profanado nesta zona da cidade, e a polícia ainda não identificou os ofensores, mas as suspeitas recaem sobre o grupo de judeus radicais.
Na ocasião, a polícia executou uma decisão judicial e expulsou cinquenta famílias do colonato de Migron, nos arredores de Ramallah, na Cisjordânia. As forças de segurança israelenses alertaram sobre uma possível retaliação por parte de um grupo de judeus radicais denominado Price Tag.
Trata-se de um grupo de vigilantes que tem vandalizado mesquitas e, em menor número, templos Cristãos. O Price Tag costuma reagir ao desmantelamento dos colonatos e retalia contra os templos religiosos, vistos como uma intrusão pelos judeus radicais.
Uma Igreja batista situada na parte ocidental de Jerusalém foi profanada com grafites em hebraico, onde se pode ler “morte ao Cristianismo” e ofensas graves a Jesus e à Nossa Senhora. É o segundo templo Cristão a ser profanado nesta zona da cidade, e a polícia ainda não identificou os ofensores, mas as suspeitas recaem sobre o grupo de judeus radicais.
Violência inter-religiosa no Egito
No Egito, a tensão entre os muçulmanos e Cristãos coptas tem crescido nos últimos dias. Um Cristão foi morto no bairro popular de Moqattam, no Cairo, durante confrontos entre as duas comunidades, e uma Igreja foi incendiada na sequência de uma rixa entre um Cristão e uma muçulmana.
Desde então, milhares de Cristãos coptas têm-se manifestado nas ruas do Cairo. Os confrontos eclodiram quando um grupo de Cristãos bloqueou uma das principais ruas do bairro, e os militares tentaram dispersar a multidão dando tiros para o ar, mas não conseguiram evitar os confrontos.
A violência inter-religiosa já custou muitas vidas no Egito. Um manifestante Cristão dá voz aos anseios da comunidade: "Queremos uma lei que estipule que, se alguém comete um crime seja castigado, muçulmano ou Cristão. Como Cristãos coptas, nunca destruímos uma mesquita, porque a nossa religião nos ensina a ser tolerantes".
Além das vítimas mortais, há mais de uma centena de feridos. Estes são os distúrbios mais graves desde a queda do regime de Mubarak, mas são tensões latentes, para serem resolvidas. Os Cristãos coptas representam 10 % dos 80 milhões de habitantes do Egito.
Desde então, milhares de Cristãos coptas têm-se manifestado nas ruas do Cairo. Os confrontos eclodiram quando um grupo de Cristãos bloqueou uma das principais ruas do bairro, e os militares tentaram dispersar a multidão dando tiros para o ar, mas não conseguiram evitar os confrontos.
A violência inter-religiosa já custou muitas vidas no Egito. Um manifestante Cristão dá voz aos anseios da comunidade: "Queremos uma lei que estipule que, se alguém comete um crime seja castigado, muçulmano ou Cristão. Como Cristãos coptas, nunca destruímos uma mesquita, porque a nossa religião nos ensina a ser tolerantes".
Além das vítimas mortais, há mais de uma centena de feridos. Estes são os distúrbios mais graves desde a queda do regime de Mubarak, mas são tensões latentes, para serem resolvidas. Os Cristãos coptas representam 10 % dos 80 milhões de habitantes do Egito.
Extinção do Cristianismo no Iraque
A comunidade Cristã do Iraque teme pela sua segurança desde que as tropas norte-americanas se retiraram do país. No bairro Cristão de Bagdá, muitas casas agora estão vazias e muitos membros da comunidade decidiram deixar o país. Temem a repetição de ataques como o da Al Quaeda, em outubro de 2010, que matou 44 pessoas.
O Patriarca do Iraque e o diretor de uma agência francesa para a Cristandade no Oriente comentam. "Desejo do fundo do coração que todos os Cristãos fiquem neste país. É o país dos nossos pais, dos nossos antepassados e encorajamos todos a ficarem", diz o cardeal Emmanuel Delly.
Pascal Gollnisch, diretor da associação "Oeuvres d’Orient", explica o problema: "No Iraque há três grandes grupos, os curdos, os sunitas e os xiitas. Todos têm um território, um governo local e uma milícia. Mas os Cristãos não têm nenhuma dessas três coisas".
O Patriarca do Iraque e o diretor de uma agência francesa para a Cristandade no Oriente comentam. "Desejo do fundo do coração que todos os Cristãos fiquem neste país. É o país dos nossos pais, dos nossos antepassados e encorajamos todos a ficarem", diz o cardeal Emmanuel Delly.
Pascal Gollnisch, diretor da associação "Oeuvres d’Orient", explica o problema: "No Iraque há três grandes grupos, os curdos, os sunitas e os xiitas. Todos têm um território, um governo local e uma milícia. Mas os Cristãos não têm nenhuma dessas três coisas".
Em Bagdá, casas pertencentes a Cristãos foram atacadas com bombas artesanais e duas pessoas morreram, 16 ficaram feridas. As explosões aconteceram depois que militantes ligados à Al-Qaeda ameaçaram atacar os Cristãos iraquianos. Mais 52 pessoas morreram durante um ataque perpetrado por homens armados contra uma catedral sírio-Católica em Bagdá.
"O que posso dizer. Diria que somos iraquianos e que este é o país de todas as pessoas, e que ao mesmo tempo é o país do terrorismo. Deixem-nos viver! Se os sunitas, os xiitas e os Cristãos tiverem de sair, quem é que vai ficar neste país?", pergunta Fallah, um Cristão cuja casa foi atacada.
A população Cristã do Iraque vem se extinguindo gradualmente desde o início da guerra em 2003, quando era de cerca de um milhão de Cristãos.
0 comentários:
Postar um comentário