O número 144.000 origina-se de dois capítulos do Livro Apocalipse, escrito pelo Apóstolo João na ilha da Patmos, quando o profeta relatou: "Então ouvi o número dos que foram selados, e eram cento e quarenta e quatro mil".
Em outra passagem João revela: "Olhei e vi Jesus, e com ele cento e quarenta e quatro mil, tendo na fronte escrito o Seu nome e o nome de Seu Pai, e entoavam novo cântico diante do trono. E ninguém pôde aprender o cântico senão os cento e quarenta e quatro mil que foram tirados da Terra".
O Apocalipse utiliza uma linguagem simbólica para descrever a grande vitória do povo de Deus, os Cristãos, sobre os inimigos que o perseguiram: os candeeiros representam as Igrejas e estrelas algumas vezes os anjos. Jesus é retratado como um leão ou um cordeiro, e satanás como um dragão ou uma serpente.
Os números são significativos e simbólicos no Livro de Apocalipse: sete é usado para representar a inteireza, e quatro representa o mundo. Entendendo que sete é completo é fácil compreender que três e meio é incompleto, e simbolizam um breve período de sofrimento e perseguição.
Analisemos o número 144.000 do Apocalipse: O número 12 é usado para representar as doze tribos do Velho Testamento e os doze apóstolos no Novo Testamento, enquanto que dez e seus múltiplos são números completos.
Quando Deus quer descrever simbolicamente a totalidade de seu povo, Ele usa múltiplos de doze e dez, como o número 144.000. No contexto bíblico os textos não devem ser interpretados como uma designação literal daqueles que irão para o Céu, pois só os Cristãos estarão com Jesus.
Quem são os 144.000 que aparecem no Apocalipse? Esta pergunta tem despertado a curiosidade tanto de leigos como de teólogos. João, o revelador, define-os como leais seguidores de Jesus Cristo, e que ostentam certas características que aparecem em contraste com os que têm o sinal da besta.
Justo antes da consumação de todas as coisas e seres humanos estarão divididos em dois grandes grupos. Cada um deles terá seu sinal identificador. A decisão em qual destes grupos vamos pertencer é um assunto de vida ou morte que devemos resolver aqui, na Terra.
Deste modo é que cada ser humano decidirá seu destino final ou eterno: a quem vamos manifestar lealdade, que nome devemos ter, que sinal ou selo vamos possuir e que caminho vamos seguir.
Várias características importantes identificam os 144.000 que aparecem no Apocalipse:
Em primeiro lugar, têm o nome do Cordeiro e o de Seu Pai escritos na fronte. Antigamente o nome representava a natureza e a personalidade de quem o possuía e, visto que os 144 mil levam o nome do Cordeiro e o de Seu Pai, devem participar da natureza e personalidade de ambos. São a imagem de Deus no mais amplo sentido da palavra!
Em segundo, eles são redimidos. A palavra "redimidos" também poderia ser traduzida do original grego "agorazo", como "resgatados" ou "adquiridos". Estes vocábulos foram bem escolhidos porque Jesus pagou com Seu próprio sangue o preço do nosso resgate.
Outra característica é que os 144 mil são virgens: são assim chamados porque levam o sinal da pureza, são e têm-se mantido permanentemente incontaminados. Conservam uma Fé pura e só aceitam a verdadeira relação de amor e Fé com Jesus, que resgatou-os do pecado adotando-os como filhos de Deus.
A observação de que "em suas bocas não se achou engano" sugere que seu caráter foi examinado. A razão por que não se encontra engano nesta última geração de fiéis reside em seu caráter imaculado. A palavra grega da qual foi traduzido "sem mancha" é "ámomos".
Dá a ideia de algo imaculado, tanto no sentido moral como no religioso. E o propósito de Deus era que os membros da Igreja Cristã primitiva alcançassem esse nível. Os 144 mil são seres humanos e Cristãos que constituíram o último remanescente fiel a Deus e que, por isso, alcançarão a Salvação merecida.
São identificados por terem o nome de Deus escrito na fronte e por terem sido resgatados dentre os da Terra. São escolhidos porque estão incontaminados de relações ilícitas com outras denominações religiosas. São os eleitos por levarem o sinal da veracidade e da pureza tanto moral quanto religiosa, e por seguirem Jesus até a morte.
A resposta para quem são os 144 mil escolhidos é que somos nós! Mas não basta apenas conhecermos os sinais de identificação, porque o mais importante é saber se ostentamos ou não esses sinais. Vivemos em íntima comunhão com Nosso Senhor, dia após dia, de tal sorte que a nossa condição moral e religiosa deve refletir o Deus Altíssimo.
A mensagem contida nestes 144 mil eleitos nos convida a obter a consagração a Deus, e a certeza de que estaremos entre os "adquiridos" para o Seu Reino para que possamos participar do começo da Vida Eterna.
A imagem pictográfica dos 144.000 na visão de João, na verdade representa uma parcela simbólica das bilhões de almas que entrarão no Reino de Deus. Desta forma passaremos da morte para a Vida Eterna como "Os Escolhidos por Deus".
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