Só Jesus Cristo foi absolutamente infalível! As Escrituras ainda requerem interpretação mas não contêm o tipo de falhas que comprometem seu testemunho da revelação Divina. Parte de toda a Fé Cristã baseia-se na alegação de que a Igreja de Cristo, em um sentido abrangente, é indefectível.
Embora haja desacordos, falhas e distorções em seus ensinamentos de Jesus Cristo, o Cristianismo vai continuar a trazer as pessoas para Deus em Cristo. A Fé do Catolicismo depende fortemente da sacralidade de sua tradição em desenvolvimento, e existem inúmeros pontos sobre a infalibilidade, sobre os quais todos os Católicos e outros Cristãos concordam.
Jesus Cristo quis que a Igreja fosse unida pela caridade, e como penhor dessa unidade fosse uma monarquia. Ele designou a São Pedro e seus sucessores como detentores dessa suprema potestade. Tudo aquilo que nela foi instituído por Ele, sendo de origem Divina, não pode ser modificado pelos homens. Esses elementos não sofrem a variação do tempo nem podem se modificar com as transformações sociais, culturais ou políticas da sociedade civil.
Assim, a Igreja não pode deixar de ter uma forma monárquica e o Papa deverá ser seu chefe supremo. As correntes igualitárias protestantes, e mais tarde a dos modernistas, como os hereges condenados por São Pio X no começo deste século, quiseram abolir essa monarquia papal contrariando assim, de forma expressa, os desígnios de Nosso Senhor.
Declarou Jesus: "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus. Tudo o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligardes na Terra, será desligado nos Céus".
Foi desta forma que Jesus Cristo concedeu a Pedro, o primeiro Papa, as chaves do Céu e o poder de proibir e permitir, do Céu à Terra. A Igreja Católica concluiu que isto o tornou infalível, pois "Ele ligou na Terra e também no Céu". Jesus não poderia ligar nada de errado no Céu, logo não permitiria à Seu representante ligar nada errado na Terra em termos de doutrina de Fé ou moral.
A infalibilidade papal foi exercida apenas duas vezes na história. Os teólogos Católicos concordam que ambas as cartas apostólicas, a do Papa Pio IX que definiu o dogma da Imaculada Conceição de Maria em 8 de dezembro de 1854, e a do Papa Pio XII que definiu o dogma da Assunção de Maria em 1 de novembro de 1950, são os únicos exemplos da infalibilidade papal, um fato que foi confirmado pelo magistério da Igreja.
O uso da infalibilidade é restrito somente às questões e verdades relativas à Fé e à moral, que estão em íntima conexão com a Revelação Divina. Uma vez proclamadas e definidas solenemente, estas matérias de Fé e de moral transformam-se em dogmas, ou seja, em verdades imutáveis e infalíveis, a que todo Católico deve aderir, aceitar e acreditar.
A consequência da infalibilidade é que a definição ex-cátedra dos Papas não pode ser revogada e é por si mesma irreformável. As declarações de um Papa, ex-cátedra, não devem ser confundidas com ensinamentos que são falíveis, como uma bula papal. O dogma da infalibilidade papal pode ser conveniente para o Catolicismo se reconhecermos suas limitações assim como suas vantagens.
Palavras nunca contêm a totalidade da Fé Cristã! Nem toda a Bíblia, os guias de estudo e Encíclicas do mundo podem conter o espírito e a vida da Fé Católica. A Fé é um "hábito" e uma linguagem, por vezes óbvios e por vezes sutis. É uma ação no mundo que não pode ser totalmente comunicada através de leituras ou ouvindo o Papa falar sobre isso, mas apenas vivenciando-a.
Especialistas em direito canônico discutiram a questão se um Papa, em suas opiniões pessoais ou privadas, poderia cair em heresia, apostasia e cisma. Se fosse para fazê-lo, de forma notoriamente e amplamente divulgada, ele iria quebrar sua comunhão com Deus e, de acordo a opinião aceita, perder seu pontificado ipso facto.
Uma vez que ninguém pode julgar o Papa, ninguém pode depor um Papa por tais pecados. Assim, os teólogos dividem-se em como a sua perda do poder iria ser declarada, de forma que a vaga pudesse então ser preenchida por uma nova eleição. A Igreja do futuro vai se tornar menos e menos uma Igreja constantiniana.
À medida em que nós, Católicos, tornamo-nos membros de uma comunidade menor de crentes, em um mundo secular cada vez maior, daremos mais ênfase ao fato de que a Igreja está repleta de mistérios e é parte de um povo em sua peregrinação. Uma viagem em direção a Deus.
JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU
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