Nem tudo é silencioso no Universo pois os cientistas capturaram o som de uma estrela sendo devorada por um buraco negro. O som é uma relação entre um fenômeno físico mecânico e a sua percepção. Na nossa atmosfera existem diferentes níveis de densidade gasosas e no nível mais próximo da litosfera concentram-se os níveis mais densos de ar, onde a propagação das ondas mecânicas é mais fluente.
Fora da nossa atmosfera, no espaço sideral, não há um nível de gases ou qualquer tipo de matéria suficientemente pequena e compacta para permitir a propagação de uma onda sonora. Em qualquer região do espaço onde houver suficiente concentração de matéria haverá propagação de som.
Dentro das estrelas há propagação de som, assim como nos planetas que tiverem atmosfera, nas nuvens densas de poeira interestelar e em muitas outras situações. Pode também haver propagação de som em outras frequências além daquelas que o ouvido humano pode captar.
O espaço sideral não é tão silencioso quanto parece e não podemos ouvi-lo porque os sons são extremamente sutis. Você precisaria ter uma audição infinitamente maior para escutar a sinfonia cósmica! Os astrônomos têm superado esta limitação usando os maiores amplificadores da história que podem desvendar os corpos mais misteriosos e provar que existem outros universos além do nosso.
O movimento de um objeto com muita massa, como um buraco negro, faz com que o espaço ao seu redor se comprima e expanda na forma de minúsculas ondas. Essas distorções se propagam na velocidade da luz e podem ser detectadas. Este tecido invisível promove a mesma função de propagar sons como acontece na atmosfera terrestre.
Diversos detectores com diferentes tecnologias foram criados e através deles será possível detectar, na forma das ondas gravitacionais, as marolas produzidas por explosões das supernovas e até mesmo o nascimento de buracos negros. Einstein previu a existência das ondas gravitacionais causadas pela distorção do tecido espaço-tempo e que os objetos produziriam marolas de natureza gravitacional no próprio tecido cósmico.
Os "gritos de uma estrela moribunda", situada a 3.9 bilhões de anos-luz na direção da constelação de Draco, foram gravados por pesquisadores da Universidade de Michigan utilizando telescópios de raios X orbitando a Terra. Os astrônomos captaram os bips regulares das explosões periódicas de luz da estrela ao ser devorada por um buraco negro. Eles compararam o som captado a "gritos agonizantes" que emanavam a partir do material sugado para dentro do buraco negro.
0 comentários:
Postar um comentário