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30 agosto 2021

O CRISTIANISMO NO IMPÉRIO ROMANO E ALÉM - CHRISTIANITY IN THE ROMAN EMPIRE AND BEYOND

CRISTIANISMO-IMPÉRIO-ROMANO

Deus poderia ter preferido espalhar o Evangelho enviando anjos aos quatro cantos da Terra, no entanto, Ele escolheu pessoas comuns, mas capacitadas no espírito, para pregar a boa-nova. Existiram intervenções milagrosas na difusão dos Ensinamentos de Jesus, mas os primeiros cristãos tinham que viajar de um lugar para outro pelos meios disponíveis; caminhando, na carroça puxada por animal, a cavalo ou embarcado. A Palavra era ensinada por meio de manuscritos que tinham que ser transportados por dezenas de quilômetros.

15 julho 2021

A FÉ CRISTÃ E O COMUNISMO - CHRISTIAN FAITH AND COMMUNISM

FÉ-CRISTÃ-COMUNISMO

Os Estados soberanos nos quais impera a autarquia como forma de governo são títeres dos banqueiros-maçons internacionais que possuem a dívida destas nações conquistadas, uma vez que agora compõem um superestado comunista composto por uma máquina de poder totalitário sem precedentes na História da humanidade.

25 junho 2021

GIGANTES E NEFILINS - GIANTS AND NEFILINS

GIGANTES-NEFILINS

Existem muitas culturas antigas que contam em suas lendas e tradições que houve uma época em que os gigantes caminhavam na Terra. Eles foram referidos tanto no Antigo Testamento hebreu quanto no Mahabharata indiano, assim como nos textos sagrados tailandeses, na mitologia grega e nas tradições astecas, egípcias, irlandesas e bascas.

19 junho 2021

JESUS PARA SEMPRE - JESUS FOREVER

JESUS-PARA-SEMPRE

Para compreender plenamente o valor da Salvação é necessário entender o que ela realmente custou para Jesus Cristo. O glorioso plano da salvação da humanidade foi realizado por meio do Amor infinito de Deus, que amou o ser humano de tal maneira que nos concedeu Seu Filho unigênito para que todos alcançassem a Vida Eterna. Nosso Salvador era o brilho da Glória do Seu Pai e a expressa imagem de Deus, manifestada na majestade divina, perfeição e excelência de Jesus.

09 junho 2021

SALVANDO ALMAS - SAVING SOULS

SALVANDO-ALMAS

Parecia que a Terra era grande demais para ser afetada pelas pessoas e as obras do tempo, porém as evidências atuais sugerem que o planeta está realmente falhando. O quadro sombrio é do conhecimento público e compartilhado pela maioria dos governos, cientistas e ambientalistas, que consideram o ser humano como a causa principal deste desastre global prenunciado há anos.

29 maio 2021

AGENDA DA MORTE - DEATH AGENDA

AGENDA-DA-MORTE

A ONU é uma fachada para as agendas luciferianas e as nações não percebem ou ignoram a influência dos teosofistas nas Nações Unidas e no mundo atual. A teosofia é uma doutrina espiritualista fundada no século XIX por Helena Blavatsky (1831-1891) e centrada nas tradições do satanismo.

22 abril 2021

O PERIGO DOS PESTICIDAS - THE DANGER OF PESTICIDES

PERIGO-PESTICIDAS

A maioria dos agricultores no Brasil ainda utiliza pesadamente inúmeros agrotóxicos proibidos há anos no mundo, e com a 'ajuda' da nova regulamentação que estabelece o risco de morte como o único critério para determinar a toxidade do agrotóxico, somada à proliferação da monocultura em larga escala e a aprovação do uso de 300 novos pesticidas nas lavouras, a situação tornou-se muito mais grave.

17 abril 2021

O INÍCIO DO FEMINISMO - THE BEGINNING OF FEMINISM

ALÉM-DO-FEMINISMO

Em 1851, o maçom Auguste Comte pretendeu aperfeiçoar a sociedade removendo a figura paterna da procriação, adoçando seu objetivo com o termo 'igualdade de gênero'. Ele promoveu as mulheres ao status de um ser agâmico que não possuia as células sexuais diferenciadas para a reprodução. Este conceito denominado de evolucionismo social influenciaria toda a retórica futura de Karl Marx.

01 abril 2021

AS TRADIÇÕES DA PÁSCOA CRISTÃ - CHRISTIAN EASTER TRADITIONS


PÁSCOA-CRISTÃ

A Páscoa é a celebração da Ressurreição de Jesus após a crucificação e o cumprimento da Palavra de Deus avisando que Seu Filho Jesus sofreria e morreria para resgatar a humanidade da desgraça. Homenagear a Ressurreição de Jesus Cristo é uma forma de renovar diariamente a certeza da vitória do bem sobre o mal, e a Páscoa é o evento mais significativo da religião cristã!

27 março 2021

O PLANO DE DEUS - GOD'S PLAN

PLANO-DEUS

Servimos a um Deus afetuoso que deseja recuperar até mesmo a alma humana mais degradada da Terra e sentir que a Sua Criação floresceu com total dignidade. O meio ambiente já encontra-se além de qualquer ajuda, e será finalmente extinto quando deixarmos de trabalhar juntos para encontrar os problemas e tentar resolvê-los.

24 março 2021

A CONSCIÊNCIA ANIMAL - THE ANIMAL CONSCIENCE

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A consciência era considerada como um dom divino concedido apenas ao ser humano, visto que os filósofos ocidentais consideravam os animais como simples autômatos insensíveis e sem entendimento. Os cientistas especulavam que a evolução da consciência humana teve início algum tempo depois de nos separarmos da linhagem genealógica dos chimpanzés e bonobos.

12 março 2021

AVES, OS SUPER-HERÓIS - BIRDS, THE SUPERHEROES

AVES-SUPER-HERÓIS

Vivemos em uma época em que todo o planeta Terra e todos os sistemas que ele suporta estão em processo de extinção definitiva devido ao comportamento autodestrutivo do ser humano.

Gostamos de pensar que somos o pináculo da História, mas a verdade é que não passamos de um bando de mutantes carregando um código genético degenerado transmitido até a sua extinção.

A extinção das espécies pelo homem é um grave erro moral, mas agora o futuro da raça humana também foi afetado. Compartilhar a Terra e proteger todas as espécies seria principalmente uma questão de justiça!

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Pesquisas científicas demonstraram que a sexta extinção em massa começou e refletiu-se na fisiologia humana, visto que a nossa linhagem atual está mais baixa, mais fraca, lenta e carrega cérebros menores.

A Terra passou por cinco eventos de extinção em massa e o mais famoso exterminou os dinossauros. No atual sexto evento as extinções ocorrem num ritmo acelerado devido à influência do ser humano.

Vivemos uma inédita mudança de épocas geológicas, pois após o Holoceno que começou há 12.000 anos no fim da era glacial entramos no Antropoceno, uma designação apropriada à nossa posição central em relação ao planeta.

AVES-SUPER-HERÓIS

Os ecossistemas dominados pelo homem cobrem a maior parte da superfície terrestre, que somado ao impacto da agricultura, da indústria 
de base e fabril, e da mineração extensiva, movem mais solo do que os processos naturais de elevação e erosão piroclástica.

As pesquisas ecológicas demonstraram que mesmo com a redundância animal nas comunidades biológicas, à medida que as espécies se extinguem os ecossistemas perdem sua funcionalidade e colapsam sem qualquer possibilidade de recuperação.

Infelizmente as espécies simplesmente não conseguem se adaptar rápido o suficiente às constantes mudanças no meio ambiente, seja pela destruição do seu habitat ou pelo impacto das espécies introduzidas, e assim desaparecerão para sempre.

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De acordo com estudos recentes, o ser humano extinguirá uma em cada três espécies animais da Terra durante este século se continuarmos com a atual da destruição dos seus habitats e dilapidando os recursos do planeta.

As espécies naturais são as expressões primordiais e os repositórios da ordem, criatividade e diversidade da natureza terrestre. Elas representam o apogeu dos mil milhões de anos de evolução e as posteriores árduas conquistas dos animais no seu meio ambiente natural antes da ocupação e do descalabro causado pelo homem.

Todos os animais que viveram, e ainda vivem, no planeta Terra demonstraram sua incrível complexidade funcional, organizacional e comportamental. Cada espécie animal, assim como cada pessoa, é única e insubstituível, com uma história e um destino próprio e singular.

AVES-SUPER-HERÓIS

A principal motivação do ser humano não deve ser o biocontrole da natureza, mas sim apreciá-la e honrá-la mais plenamente. Devemos considerar que é um grande privilégio poder habitar o planeta Terra e compartilhá-lo gentilmente com tantas criaturas fantásticas e lindas.

As aves são os super-heróis e mestres da sobrevivência, pois o gelo da Antártica e o calor dos trópicos não as incomoda. Elas prosperam no meio do deserto, nos pântanos, no oceano aberto, nas faces da rocha íngreme, na tundra rasteira e no ar rarefeito das montanhas.

Elas sobrevivem em todos os ecossistemas da Terra e adaptaram-se variando seus tamanhos, formas, cores e qualidades individuais; algumas polinizando, dispersando sementes e fertilizando as plantas, outras controlando a população de insetos ou limpando a carniça, etc.

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As aves voam sem escalas por dias a fio, cruzando os hemisférios e orientando-se pelo magnetismo terrestre, evitando furacões e predadores pelo caminho, chegando infalivelmente a um local preciso ano após ano. Mas mesmo com estes superpoderes as aves estão com sérios problemas!

Quando os pássaros cantam, eles também 'dizem' que seu declínio é causado pela perda dos locais e nichos únicos aonde podem sobreviver e procriar; seus pântanos, rios, florestas e suas planícies de outrora, e principalmente 'alertam' sobre a diminuição do suprimento de alimentos específicos para cada espécie.

E cada vez mais os pássaros estão 'falando' sobre as novas ameaças ao meio ambiente e potencialmente nocivas à saúde humana, usando uma linguagem codificada pela bioquímica, assim como faziam os canários lendários das minas de carvão que 'alertavam' os mineiros sobre a presença dos gases venenosos no ambiente.

AVES-SUPER-HERÓIS

Atualmente são as aves que fornecem as pistas mais precisas do reino animal sobre a atividade industrial, o principal responsável pela poluição dos corpos hídricos, uma vez que despejam toneladas de resíduos tóxicos nos rios, lagoas e mares prejudicando e destruindo o ecossistema.

As aves são os animais mais prejudicados pelas substâncias tóxicas disseminadas pelas indústrias, e quando procuramos soluções sobre o despejo criminoso dos produtos químicos destruidores dos ecossistemas, somente as aves estão na posição única de nos salvar destas ameaças à saúde.

Devido ao fato de situarem-se no topo das extensas cadeias alimentares, as águias, corujas e falcões, ingerem os produtos químicos que contaminaram suas presas, e o resultado é que tornaram-se as cobaias preferidas nos estudos que avaliam o grau de poluição causada pelas indústrias.

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Agora elas são as cobaias acidentais e substitutas das plantas, insetos, peixes e mamíferos que 'serviram' à ciência ao longo do tempo. E quando as aves migram, também estão coletando amostras de poluentes em muitas partes do mundo que serão analisadas após o seu retorno ao 'lar'.

Assim, os cientistas podem capturar as aves, testá-las, agrupá-las, soltá-las e recapturá-las anos depois para saber o que mudou. Além disso, quando suas populações diminuem drasticamente, isto significa que algo digno de nota está acontecendo e pode afetar o ser humano.

Os humanos confiam nos superpoderes das aves há milênios. Imagine a ajuda que prestaram aos habitantes das florestas nos tempos antigos, ansiosos por evitar as cobras, onças, lobos, etc, pois quando ouviam os gritos de alerta das aves onipresentes, com sua visão aguçada e voando alto, eles podiam escapar ilesos!

AVES-SUPER-HERÓIS

Pensem nos marinheiros medievais seguindo os bandos de aves comedores de peixe para descobrir aonde eles deveriam jogar suas redes de arrasto. Ao longo da história, todas as populações consideravam as aves como seus protetores e vigilantes sentinelas!

Em muitas culturas indígenas americanas, entre outras, as aves são os mensageiros enviados pelo criador e símbolos da mudança, e até protetores e curandeiros. Atualmente elas avisam às tribos sobre os riscos de comer peixes contaminados pelos poluentes industriais.

As aves sinalizam a presença de patógenos, como a gripe aviária ou o vírus do Nilo, pois quando são encontradas mortas sabe-se que os humanos também correm risco. Aves infectadas não transmitem o vírus e sim o mosquito, mas elas são um alerta de que o vírus está presente no meio ambiente.

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Além de facilitar a obtenção dos dados científicos, as aves nos proporcionam pura alegria com seus cantos e cores marcantes, assim como pelo espetáculo de vê-las voando pelo ar. Porém, cerca de 150 espécies foram extintas pelas 'mãos humanas' no último século!

A taxa de extinção das aves está acelerando e será dez vezes maior até o final deste século se as tendências desastrosas da humanidade persistirem. Atualmente, os biólogos comparam os efeitos continentais complexos das mudanças climáticas na abundância e distribuição das aves pelo planeta.

Os avisos sobre os maus presságios que os pássaros emitem não são fáceis de interpretar, mas até agora eles nos disseram que o mundo e os locais aonde vivem estão mudando, forçando-os a adiar o momento das migrações e da nidificação habitual, e falam alto para alertar que seu alimento está difícil de ser encontrado na natureza!







24 fevereiro 2021

O JULGAMENTO FINAL - THE FINAL JUDGMENT

JULGAMENTO-FINAL

Existem numerosos testemunhos de Jesus Cristo e dos Apóstolos sobre a realidade e indisputabilidade do Julgamento Universal, extensivo a todos os humanos vivos ou mortos, que será determinado pelo juízo de Deus. O destino final de cada setenciado deve perdurar por muito tempo e o resultado será a Vida Eterna para os justos e o tormento eterno para os malignos e perversos.

19 fevereiro 2021

UM BREVE MOMENTO PARA BRILHAR - A BRIEF MOMENT TO SHINE

MOMENTO-PARA-BRILHAR

O que estamos enfrentando não é apenas um novo nível de tirania, mas um novo tipo de tirania que requer mais do que obediência passiva ou inação das pessoas a fim de preservar seu status quo. O 'novo normal' exige que as pessoas façam coisas impostas para validar positivamente este inadequado e falso normal, mas não obriga simplesmente que aceitem passivamente o fato.

24 janeiro 2021

JESUS CRISTO E OS VERDADEIROS CRISTÃOS - JESUS CHRIST AND THE TRUE CHRISTIANS

JESUS-CRISTO

O princípio básico do Cristianismo é que devemos conduzir nossas vidas tomando como exemplo os Ensinamentos de Jesus. Sua essência divina provém do fato de que Jesus é o Filho perfeito e Único de Deus nascido no mundo para testemunhar o Amor do Seu Pai. O maior título de benemerência de Jesus é a Sua bondade.

14 dezembro 2020

A NATIVIDADE - THE NATIVITY

NATIVIDADE

Antes do nascimento de Jesus a população de Nazaré debatia animadamente sobre um fato sem precedentes, o recente édito de Roma no qual o imperador Caesar Octavianus Augustus ordenara que os cidadãos retornassem aos seus vilarejos de origem em cumprimento ao recenseamento do Império Romano.

11 dezembro 2020

DEUS, A ORIGEM DAS ESPÉCIES - GOD, THE ORIGIN OF SPECIES

DEUS-ORIGEM-DAS-ESPÉCIES

Parece que diariamente encontramos na mídia e na literatura científica evolucionistas declarando que seus relatos dialéticos sobre a evolução biológica e química são fatos absolutos, e aqueles resistentes à afirmação são condenados ao silêncio e exclusão social.

04 dezembro 2020

O CRIACIONISMO E A EVOLUÇÃO TEÍSTA - CREATIONISM AND THEIST EVOLUTION

CRIACIONISMO-EVOLUÇÃO

O Modernismo, um movimento reformista que reinterpretou a doutrina tradicional do catolicismo e os conceitos filosóficos e científicos à luz da modernidade iluminista, reduziu o ser humano a um estado de paranoia crônica movido pela crença de que por meio da razão poderia interatuar nas obras de Deus e na Realidade Única. Assim, uma nova espécie humana ressurgiu: o homem psicológico e sua perturbação moral ou intelectual.

09 agosto 2019

ECOS DO PASSADO CRISTÃO - ECHOES OF CHRISTIAN PAST

ECHOES-OF-CHRISTIAN-PAST

Atualmente conhecemos os fatos históricos e as verdades únicas que os primeiros cristãos testemunharam, mas isto não significa que devemos adotar os procedimentos próprios de um passado distante. Porém precisamos aceitar a possibilidade de que algumas das atuais doutrinas não estão corretas, ainda que as tenhamos adotado com todo o nosso espírito. Também devemos evitar o uso indiscriminado da teologia para a solução dos problemas.

Não precisamos mudar nossas crenças e atitudes com base no depoimento daqueles cristãos, pois eles interpretaram as Escrituras de maneira diferente da nossa. O Novo Testamento é a única autoridade e referência para os atuais cristãos, uma literatura cuja amplitude e força do seu significado estendeu-se através dos séculos, mas os que creem nas Escrituras compiladas pelos discípulos de Jesus, agora estão divididos entre diferentes denominações.

Esta variedade de linhas ou igrejas que compõem o Cristianismo contemporâneo não subsistem, pois cada uma altera o sentido dos Ensinamentos de Jesus para atrair mais fiéis. Assim, os cristãos sentem-se obrigados a fixar outra base de autoridade teológica, depositando demasiada confiança nos impressos religiosos emitidos pelos pastores e biblicistas, seguindo os novos credos que compõem e infestam este cristianismo falseado.

Mas quanta autoridade e valor carregam na realidade tais fontes cristãs? Nenhuma! Devemos nos apegar aos relatos dos primeiros cristãos, os escritores da Igreja primitiva, que equipararam seus ensinamentos ao mesmo nível dos escritos contidos no Novo Testamento. Desvendamos o que acreditavam estes antigos cristãos do final da época apostólica, e isto nos forneceu um ponto de referência mais valioso do que qualquer outro disponível.

Os escritos daquela época carregavam em seu núcleo as crenças e práticas recebidas dos apóstolos de Jesus, mas existiam concepções únicas que os apóstolos não relataram ou explicaram claramente aos cristãos do primeiro século. Havia uma enorme diversidade intelectual e social entre estes cristãos primitivos, mas ainda assim eles não se dividiram entre diferentes seitas, denominações ou linhas de pensamento como as que encontramos na atualidade.

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Flávio Justino (100-165) foi um filósofo romano que sacrificou-se em defesa da religião cristã. Sua convicção nos Ensinamentos de Jesus era tão completa que foi martirizado por decapitação. O ponto central da apologética de Justino demonstrava que Jesus é o Logos, o primogênito de Deus, do qual deriva toda a sapiência da humanidade. O espírito aprazível de Justino transparecia nas suas concepções filosóficas e ele escreveu duas apologias em defesa dos cristãos.

Justino ensinou estudantes em Éfeso e Roma, marcando uma posição nítida em defesa da Fé cristã, pelo Deus dos cristãos contra os falsos deuses dos pagãos, o que lhe custou a vida. Era típico dos primeiros cristãos o espírito pouco contencioso e livre de preconceitos, não permitindo que a diversidade destruísse seu espírito aprazível e a Fé profunda. Ainda que intransigentes em sua obediência a Cristo, eram flexíveis nos pontos que os apóstolos não tinham fixado.

Uma cópia nunca reproduz exatamente seu original, e os fundamentos do cristianismo primitivo foram repassados de uma geração para outra, produzindo mudanças profundas na sua forma e conteúdo. Durante as duas primeiras gerações a maioria das mudanças foi suave, quase imperceptível, mas o efeito cumulativo dessas mudanças através de muitos séculos redundou em transformações verdadeiramente significativas para a concepção da religiosidade cristã.

De uma geração a outra qualquer idioma muda levemente, uma mudança tão lenta que mal nos damos conta. No entanto, através dos séculos, o efeito cumulativo de tantas mudanças leves produzirá uma linguagem muito diferente da original. Sabemos que o Cristianismo do segundo século já não era uma cópia exata do Cristianismo apostólico, mesmo estando os cristãos da época na geração subsequente à dos apóstolos. 

Porém, aquela época histórica não seria a única vantagem dos cristãos antigos, pois podiam ler o Novo Testamento no grego original. Em contraste, a maioria dos atuais cristãos sabe muito pouco a respeito da cultura e do ambiente histórico daquela época. Mesmo os eruditos que dedicaram uma vida inteira ao estudo da cultura e do ambiente histórico do período compreendido entre a Ressurreição e a edição do Novo Testamento, jamais poderão apreendê-lo como o entenderam aqueles que viveram nos tempos gloriosos após a Ressurreição de Jesus Cristo. 

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Certamente aqueles cristãos levaram uma vantagem importante e imprescindível quanto à compreensão oral e escrita do Novo Testamento. A primeira geração de fiéis teve a oportunidade de aprender pessoalmente com os apóstolos e também fazer-lhes perguntas pertinentes sobre a Vida de Jesus. Assistir aos apóstolos explicarem seus escritos não era um luxo, mas sim uma necessidade. Pedro ensinava aos cristãos em grego e eles entendiam perfeitamente os escritos gregos e a cultura em que viviam. 

Os cristãos antigos não tentaram viver suas vidas piedosas sem a ajuda de Deus, pois sabiam que não tinham o poder necessário para tal feito - eles tinham a plena convicção de que precisavam do Seu poder para continuar a seguir na íntegra os Ensinamentos de Jesus. Os que servem a Deus não excluem a Sua ajuda na própria vida, no entanto, o que sucede atualmente é que a princípio dependemos do poder de Deus, mas com o tempo começamos a afastar-nos Dele.

Geralmente este processo começa de forma gradual no interior do ser humano, na sua alma, e aparentemente continuamos a proceder em relação à vida da mesma forma sem nos dar conta da grave situação na qual incorremos. Mas o que de fato acontece é que as nossas orações tornaram-se formais ou obrigatórias e cumprimos automaticamente os Ensinamentos de Jesus, sempre com a mente focada em outras coisas, pessoas ou lugares, para no fim acharmos que dependemos só de Deus e não precisamos mais "perder tempo" em buscá-Lo!

Esta doutrina, a lógica dialética, teve a sua origem com Martinho Lutero (1483-1546), reformador alemão que pregou que somos incapazes de fazer o bem e que nosso desejo de amar a Deus dependia unicamente Dele. Este ensinamento foi a pedra fundamental do luteranismo, que produziu uma nação de cristãos alemães desobedientes e impiedosos. A nação alemã na época de Lutero era uma "sentina" de grosseria, imoralidade e violência, pois o esperar passivo para que Deus assumisse suas vidas não produziu uma Igreja nem uma nação piedosa.

Porém, os primeiros cristãos seguiram um outro caminho. Nunca disseram que o homem seria incapaz de fazer o bem ou de vencer o pecado em suas vidas, nem que alguém pudesse vencer todas as suas debilidades e seguir obedecendo a Deus, dia após dia, só com seu próprio juízo. Estes cristãos sabiam que lhes faltava o poder de Deus mas não esperavam passivamente que Ele fizesse toda a obra, pois acreditavam que o "estar com Deus" era uma interação entre homens e seu Criador.

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Um cristão tem que estar disposto a empenhar toda a sua força espiritual e a alma imortal no intuito de amar e bem servir a Deus, mas continuamos a precisar e depender de Deus sempre. Orígenes (184–253), escritor cristão, assim explicou: "Deus revela-se àqueles que, depois de dar tudo o que possam para encontrá-Lo confessam a necessidade da Sua ajuda". Os cristãos dos primeiros séculos acreditavam na procura premente da ajuda de Deus e que não deviam pedir só uma vez, mas sim persistir em pedir Sua ajuda diariamente.

Clemente (150-215), escritor e cristão grego ensinou aos seus discípulos: "Um homem que trabalha sozinho para libertar-se dos desejos pecaminosos nada consegue, mas quando manifesta um grande zelo e um real propósito neste apelo sente o poder de Deus, que colabora com os que almejam pela Sua ajuda. Mas para os que perdem este anseio o Espírito de Deus também se restringe, pois o ato de salvar os que não têm vontade é um ato de obrigação e para aqueles que têm empenho é um ato da Graça Divina".

Assim, vemos que a justiça Divina resulta da obra mútua entre o ser humano e Deus. Há um poder sem limites por parte de Deus, e a busca da Graça Divina significa como utilizaremos este Poder que nos é ofertado sem restrições. O anseio pela ajuda de Deus tem que nascer do cristão. Ensinou Orígenes: "Não somos objetos de madeira que Deus move a seu capricho, mas sim humanos capazes de almejar a Deus e de responder-Lhe. A mortificação dos nossos pecados não será fácil se não estivermos dispostos a sofrer no coração".

Antes de tentarmos avaliar as lições históricas herdadas dos primeiros cristãos, temos que apresentar uma boa explicação para seus poderes únicos, a Fé irrestrita e a obstinação implacável, pois não podemos negar o fato de que tinham um poder extraordinário. Mesmo os romanos pagãos tiveram que admitir este fato surpreendente, como relatou Lactâncio (240-317), o conselheiro de Constantino Magno ou Grande (272-337), o primeiro imperador romano "cristão" que governava na época:

"Quando vemos os homens lacerados por várias classes de torturas, parecendo indomados ainda que seus verdugos se fatiguem, devemos acreditar que o acordo entre estas pessoas e sua Fé invencível tem um verdadeiro significado. Vemos que a perseverança humana por si só não poderia resistir a tais torturas sem a ajuda de Deus. Vencem seus verdugos com o silêncio e nem sequer o fogo os faz gemer o mínimo. Facilmente poderiam evitar os castigos se assim o desejassem, ao negar Jesus Cristo, mas suportam de boa vontade porque confiam Nele".

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A Igreja atual e seus fiéis cristãos poderiam aprender lições valiosas daqueles primeiros cristãos, desde que suas concepções teológicas os situassem em condições de viver como cidadãos de outro Reino, ao lado de Deus, como indivíduos de outra cultura ou "espécie". A Igreja Católica primitiva apoiava seus cristãos até o fim e a mensagem da Cruz de Jesus era seguida à risca, como também a crença de que o ser humano precisava colaborar com Deus para conseguir um alto grau de excelência cristã nesta vida terrena.

Durante o século IV, ao findar a época do reinado de Flavius Valerius Constantinus (Constantino, o Grande), a Igreja Católica havia-se convertido num agrupamento de fiéis que reuniam-se a cada domingo, nas horas vespertinas, e que somente sabiam decorar certos credos e outras fórmulas doutrinais impostas pelo governo de Constantino. Somente por volta de 317 d.C. é que a Igreja passou a adotar símbolos que combinavam as duas primeiras letras gregas do nome de Cristo, o "X" e "P" superpostos.

Assim, a maioria destes "novos cristãos constantinianos" não exercia qualquer contato pessoal com Deus, e a Igreja Católica sofria de intensa anemia espiritual. Opondo-se a esta negligência, o monge ascético Pelágio da Bretanha (350-423) começou a pregar vigorosas mensagens sobre o arrependimento e a santidade. Mas, para destacar a responsabilidade de cada pessoa perante o Criador, divulgou que os homens poderiam praticamente viver toda a vida sem pecado e que, desta forma, poderiam salvar-se sem a necessidade de depender da Graça Divina.

Agostinho de Hipona (354-430), o teólogo e filósofo Santo Agostinho cujas obras auxiliaram o desenvolvimento da Igreja, respondeu aos ensinamentos de Pelágio utilizando sua "famosa" abordagem teológica, indo a outro extremo e desenvolvendo "certas doutrinas": 

"Como resultado do pecado de Adão, os homens são totalmente depravados e totalmente incapazes de fazer o bem, de salvar-se ou de acreditar em Deus. A decisão de salvar uma pessoa e condenar a outra, de dar fé a uma pessoa e não a dar a outra, é totalmente arbitrária. Isto é, depende só de Deus e não de nós. Antes da criação do mundo, Deus arbitrariamente predestinou quem seria salvo e quem seria condenado, e aqueles que são predestinados para a condenação não podem ser salvos jamais. Não obstante, nem todos os que recebem o dom da Fé são predestinados para a Salvação, pois o dom de perseverar é um dom independente da Fé. A Salvação depende exclusivamente da Graça de Deus. A Fé, a obediência e a perseverança são dons de Deus".

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O monge Pelágio não pode combater os argumentos poderosos de Agostinho e suas pregações não tiveram qualquer repercussão. Mas a situação agravou-se quando Agostinho, reagindo à já extinta polêmica de Pelágio, negou completamente os escritos dos primeiros cristãos quanto ao livre arbítrio do homem e a sua responsabilidade de responder à graça de Deus para receber a Salvação. Assim, em seu lugar, Agostinho criou a doutrina fria e inflexível da predestinação arbitrária.

Mais uma vez a controvérsia entre Pelágio e Agostinho, agora com outros atores, retornou ao palco da Europa no século XVI, e novamente o tema central era a Salvação. Através dos séculos, a Igreja Católica Romana havia-se apartado da posição de Agostinho sobre a predestinação facultativa e ensinava que as boas obras também tinham um certo prestígio para alcançar a Salvação. Assim, a doutrina da Igreja agora parecia com a dos primeiros cristãos mas, para eles, as boas obras não eram nada mais do que a obediência aos mandamentos de Deus.

Porém, a situação agravou-se ainda mais quando os cristãos da Idade Média estenderam o significado da Salvação incluindo certas práticas cerimoniais, como as peregrinações a lugares santos, adoração de relíquias sagradas e a compra de indulgências. Na teologia católica a indulgência é a remissão total ou parcial das penas temporais cabíveis para pecados cometidos, que a Igreja concede após terem sido perdoados. Este fato desencadeou a reforma de Martinho Lutero (1483-1546), o protestantismo, como resposta ao abuso destas práticas. 

O Papa mantinha o poder de conceder indulgências tanto às pessoas vivas como também aos falecidos que estavam no purgatório - um local de sofrimento para purificação de crimes ou faltas cometidas - com a condição de que doações à Igreja ou a alguma obra de caridade fossem realizadas. Em 1517, o Papa Leão X autorizou que Johann Tetzel angariasse fundos na Alemanha através da venda das indulgências e doações em dinheiro para terminar a construção da Basílica de São Pedro, em Roma.

Johann Tetzel (1465-1519) foi um alemão católico e frade dominicano, além de inquisidor na Polônia e comissário para indulgências na Alemanha. Tetzel era um orador entusiástico que emitia vários comunicados e afirmações fantásticas a respeito do poder das indulgências. Ele manejava com destreza as preocupações dos cristãos com a própria alma imortal assim como com a dos parentes falecidos, cinicamente afirmando: "Tão logo tintilar a moeda no cofre, tão cedo a alma do seu ente querido saltará do purgatório!"

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Certa vez, um jovem de uma aldeia remota questionou Tetzel se a compra da indulgência lhe asseguraria o perdão eterno por qualquer tipo de pecado: "Claro que sim!" respondeu Tetzel, inflado de satisfação e concupiscência. Mas insistiu o jovem pecador: "Mesmo que o pecado seja só uma ideia imoral ainda não cometida eu seria perdoado?" Entusiasmado com a ingenuidade excessiva do rapaz Tetzel afirmou: "Não importa, pois não há nenhum pecado demasiado grande ou grave!" Com isso, o jovem sorriu e comprou a sua indulgência precoce.

Muitos dias depois, ao terminar de recolher os frutos do seu lucrativo negócio naquele distante e humilde povoado, Tetzel continuou sua peregrinação social em direção ao próximo vilarejo. Mas, inoportunamente no meio caminho, ele deparou-se com uma dupla de saqueadores que levaram todo o dinheiro que tinha ganho com as indulgências e aplicaram-lhe uma boa surra. Depauperado, abriu um olho e reparou que o ladrão sorridente da dupla era o mesmo jovem que tinha comprado a indulgência precoce, resguardando-se do pecado que iria cometer!

Mas as afirmações de Tetzel também não ficaram sem respostas, pois foram desafiadas pelo monge Martinho Lutero que, ardendo com indignação desmedida, confrontou Tetzel e refutou todas as suas afirmações ridículas e ministrou-lhe uma nova surra. Como a Igreja nada fazia para conter e calar Tetzel, Lutero redigiu e fincou 95 proposições contra as indulgências no portal da Igreja em Wittenburg, na Alemanha, propondo a realização de um debate público sobre a validade da bula das indulgências.

O fogo que começou a arder em Wittenburg teria se extinguido caso não existisse uma recente invenção daquela época: a tipografia. Sem que Lutero autorizasse, suas proposições foram impressas e distribuídas por toda a Europa, e assim desencadeou-se o confronto final entre Tetzel e Lutero. Para apoiar sua posição contra Tetzel, Lutero voltou-se para um outro extremo, e ao fazer isso não teve que inventar nenhuma teologia inexistente porque, como monge agostiniano, nada fez além de ressuscitar a antiga e esquecida retórica de Agostinho.

Seguindo as ideias de Agostinho, Lutero propôs que a Salvação dependia exclusivamente da predestinação e que o ser humano não produzia nada de bom ou mesmo teria a capacidade de acreditar em Deus. Lutero sustentou que Deus concede o dom da Fé e das boas obras a quem Ele quer: "Deus concede aos predestinados segundo Sua vontade desde antes da criação do mundo, e aos demais Ele os elege arbitrariamente para a condenação eterna". Lutero afirmou que ninguém poderia ser salvo se não acreditasse na doutrina da predestinação absoluta.

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Martinho Lutero também tomou emprestado outras doutrinas de Agostinho, inclusive a da guerra santa. Quando o povo pobre da Alemanha se sublevou contra o tratamento desumano da nobreza, Lutero exortou os nobres a suprimirem a rebelião "com força viva", incitando-os com as seguintes palavras: "Esta não é hora de estar dormindo, agora não há lugar para a paciência nem para a misericórdia. Esta é a hora da espada e não da graça. Qualquer camponês que morra se perderá de corpo e alma: será do diabo por toda a eternidade".

Continuou o ensandecido Lutero: "Portanto, os castigaremos e mataremos até que deixe de bater o coração. Por isso digo, quem morrer na batalha como aliado da autoridade poderá ser um mártir verdadeiro aos olhos de Deus. Hora rara esta, quando o príncipe pode ganhar um lugar no céu com o derramamento de sangue, melhor do que poderia outro com a oração. Apunhalai a todos, matem-nos! Se morreres na batalha, bom para ti, uma morte mais bendita não há".

Sem vacilar, os nobres seguiram as palavras de Lutero massacrando os camponeses selvagemente, e na breve guerra que se seguiu cometeram atrocidades indizíveis. Os camponeses que não morreram no combate foram torturados horrivelmente e executados. Durante os 1.100 anos entre Agostinho e Lutero, o Cristianismo caminhou de um lado a outro, de um extremo ao outro, mas acabou por voltar ao IV século da Era Cristã. A Reforma de Lutero fracassou, porque não foi um retorno ao espírito dos primeiros cristãos, nem aos Ensinamentos de Jesus. 

Os cristãos dos primeiros séculos produziram uma revolução espiritual no mundo pois não temeram desafiar as atitudes, a vida e os valores do mundo antigo. Seu Cristianismo era bem mais do que um credo, um conjunto de doutrinas. Era uma maneira diferente e nova de viver. No entanto ainda hoje os Cristãos não se convenceram com as lições da História. A Igreja atual não converteu o mundo, e sim o mundo converteu a Igreja!

Ainda acreditamos poder melhorar o Cristianismo por meio dos métodos humanos, mas no sentido verdadeiro o Cristianismo não melhorará até que volte à santidade prática, ao amor não fingido e à abnegação verdadeira dos primeiros cristãos. Ensinou Jesus: "Se não faço as obras de meu Pai, não acreditais em mim. Mas se as faço, mesmo que não acreditais em mim, crede nas obras, para que possais saber e compreender que o Pai está em mim, e Eu estou no Pai".






25 abril 2017

JESUS RESSUSCITOU - JESUS HAS RISEN

JESUS-RESSUSCITOU

A Ressurreição de Jesus Cristo é a essência do Cristianismo e responsável pela transfiguração da cosmovisão secular da humanidade — as respostas às questões filosóficas, como a finalidade da existência humana, a existência de vida após a morte. Sua importância sempre sobrepor-se-á a qualquer outro evento metafísico que tenha suportado a criação e o historismo das religiões mundiais. Sabemos como a vida humana preexistiu, mas só podemos conjecturar como será a vida espiritual além desta existência humana. Porém, a ressurreição de Lázaro revelou um aspecto singular da promessa de Jesus Cristo como concessor da Vida Eterna.

Quando Jesus retornou a Jerusalém para as cerimônias fúnebres do amigo Lázaro de Betânia, o antagonismo da assembleia composta pelos fariseus talmúdicos (sinédrio) contra Jesus era bem intenso. Quando Jesus chegou para a solenidade Marta perguntou: "Senhor, se estivesse aqui meu irmão não teria morrido, pois bem sei que Deus proverá tudo o que Lhe pedires". Marta considerou que Jesus seria um intermediário para alcançar as dádivas de Deus, desconhecendo, pois não entendia, que Jesus era o próprio Deus que se fez Homem para viver entre nós.

Marta acreditou que Deus ressuscitaria Lázaro, mas sua reação de surpresa quando Jesus levantou-o dos mortos sinalizou uma descrença. Quando Jesus confirmou que Lázaro voltaria da morte, significou para Marta um simples consolo e não uma certeza de um fato consumado. Assim, a importante Revelação que Jesus Cristo transmitiu para a humanidade através da ressurreição de Lázaro não foi compreendida naquele exato momento histórico, quando toda a complexa metafísica da ressurreição humana foi ensinada!

JESUS-RESSUSCITOU

Jesus revelou Seu mais importante Ensinamento depois de ressuscitar seu amigo Lázaro: "Eu sou a Ressurreição e a Vida, e quem crer em mim viverá, ainda que morra; e quem vive e crê em mim viverá para sempre". Mas, naquele momento, Jesus Cristo já corria sério risco de vida ao permanecer nas cercanias de Jerusalém, pois dentre a multidão escondiam-se os traidores que tramavam Sua prisão e o consequente julgamento comandado pelos rabinos talmúdicos (edomitas). Assim, ao entardecer, os centuriões romanos prenderam Jesus para ser submetido à justiça de Caifás e do Sinédrio.

Todos os membros do sinédrio reuniram-se na residência de Caifás para ardilmente perpetrarem sua vingança contra o Filho de Deus. Naquela época, era considerado ilegal entre os hebreus conduzir qualquer julgamento ou atividade cívil durante o Pessach (celebração da libertação dos hebreus da escravidão no Egito), mas nem este fato impediu que os traidores seguissem com sua trama. Além do julgamento ilegal, o Sinédrio ainda aliciou testemunhas para depor contra Jesus —  mas foram testemunhos incoerentes e sem fundamento.

Caifás ficou desesperado com estes falsos depoimentos e presidiu uma demonstração pública de perjúrios contra Jesus, mas Seu silêncio e a Paz que emanava do Seu semblante demonstraram a indiferença para com os acusadores. Então Caifás chegou à beira do histerismo e demandou que Jesus explicasse Sua afirmação de que é o Filho de Deus! Jesus calmamente confirmou: "Sou, e vocês verão o Filho sentado à direita do Pai". Caifás, agora exasperado e dramático rasgou suas vestes e gritou: "Blasfemou! Que necessidade temos de testemunhas?" Assim, o ardiloso sinédrio decretou a pena de morte pela crucifixão e Seus inimigos, os fariseus babilônicos, passaram a espancar Jesus.

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Oportunamente, o covarde e medroso Caifás exigiu que Pilatos confirmasse a condenação e a execução, mas como Jesus era um galileu sob a jurisdição de Herodes, este também, com fingida humildade servil, repassou a decisão sobre o destino de Jesus para Poncio Pilatos. Logo seu palácio assumiria o aspecto de uma fortaleza sitiada, pois a cada momento aumentava o número de descontentes. Assim, Jerusalém foi envolta pelas multidões oriundas das montanhas de Nazaré e mais além, como se toda a Judeia houvesse se deslocado para a cidade.

Declara Poncio Pilatos: "Havia apenas uma pessoa que mantinha a calma no meio da multidão, Jesus de Nazaré. Depois de muitas tentativas infrutíferas para protegê-lo da fúria dos perseguidores implacáveis, adotei uma medida que, no momento, pareceu-me ser a única que poderia salvar sua vida. Conforme o costume hebreu, o povo poderia escolher entre dois prisioneiros: quem seria executado ou libertado. Assim, ofereci à morte o criminoso Barrabás, mas a multidão ainda vociferava que Jesus deveria ser o crucificado".

Continua Pilatos: "Durante as comoções civis do Império nada poderia ser comparado ao que testemunhei na ocasião, o ódio furioso da multidão ensandecida. Parecia verdadeiramente que todos os espectros das regiões infernais estavam reunidos em Jerusalém naquele momento. A multidão não caminhava, mas aglomerava-se e girava como um vórtice, rolando em ondas vivas a partir dos portais do Pretório até o Monte Sião, uivando, vociferando, lamuriando, como algo que nunca se viu ou ouviu nas sedições de Pannonia ou nos tumultos do Fórum".

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Jesus foi submetido a um julgamento ilegal no meio da noite e executado em Jerusalém, o Santo Sepulcro foi lacrado e vigiado por uma guarnição romana a pedido de Caifás. Porém, após três dias a Ressurreição de Jesus foi proclamada pelo apóstolo Pedro: "Nosso Deus Pai ressuscitou Seu Filho Jesus e todos nós fomos testemunhas do milagre". A primeira reação dos rabinos talmúdicos, os edomitas, foi que Seus discípulos roubaram o corpo na noite de sábado — agora uma admissão oficial que serviu como uma concludente evidência da Ressureição para os historiadores.

Carta de Pilatos a Tibério Cláudio Nero César: Seus discípulos proclamaram que Jesus ressuscitara como havia predito e o fato criou mais comoção do que Sua morte. Quanto à veracidade não posso afirmar, mas depois de uma investigação repasso a vós, meu nobre soberano, todos os fatos para que possas examinar e dizer se estou em falta. Digo com certeza que José e os seguidores de Jesus ajudaram a encerrar o Nazareno na Sua mortalha, e que meus soldados testemunharam o ato do fechamento e lacre do sepulcro".

Continua Pilatos ao imperador Tibério: "Sabia que o Nazareno pregava sobre a ressurreição, assim ordenei que o oficial Malcus mantivesse uma guarnição ao redor do sepulcro para garantir que não fosse profanado, mas na manhã do domingo o sepulcro encontrava-se vazio. Malcus relatou que tinha situado o capitão Ben Isham com uma guarnição em torno do sepulcro e me reportou que Isham e os centuriões estavam muito alarmados com um acontecimento misterioso"

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Ben Isham reporta a Pôncio Pilatos: "No início da quarta vigília vimos uma luz suave sobre o sepulcro e pensamos logo que as mulheres vieram para cuidar de Jesus. Enquanto avivava estes pensamentos todo o local iluminou-se para cima, e parecia que dezenas de pessoas em suas mortalhas pairavam além do ar. Tudo estava girando e sentimo-nos em pleno êxtase, até ouvimos uma música maviosa e o ar parecia estar cheio de vozes. Neste momento sentimo-nos fracos e a terra pareceu flutuar, meus sentidos me deixaram e não mais sabia onde estava".

Após a Ressurreição Jesus Cristo encontrou Seus apóstolos em Betânia, um vilarejo na encosta do Monte das Oliveiras situado a leste da cidade de Jerusalém. Ele os acompanhou e novamente enfatizou o trabalho missionário que deveriam realizar, pedindo: "Quando o Espírito Santo vier sobre vocês, todos receberão o Poder e serão minhas testemunhas em Jerusalém e por toda a Judeia, na Samaria e em todas as regiões mais distantes da Terra". Então, após conversar durante horas com seus irmãos de Fé, Jesus ascendeu aos Céus.

Os apóstolos assistiram emocionados, já que antecipavam uma grande saudade do Mestre, até que uma nuvem cobriu a visão de Jesus e não mais conseguiram vê-Lo. Após a Ressurreição Jesus apresentava-se a eles na Sua forma humana, mas agora elevava-se aos Céus numa feição espiritual. Enquanto os apóstolos observavam Jesus ascendendo aos Céus, dois anjos surgiram e perguntaram: "Homens da Galileia, por que ainda estão olhando para o alto? Este Jesus que do meio de vocês foi levado agora só voltará na mesma forma que preexistia para estar com Deus Pai".

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O Novo Testamento fornece-nos múltiplos testemunhos independentes quanto à historicidade das aparições de Jesus Cristo após a Ressurreição. A presença de Jesus diante do apóstolo Pedro é confirmada no relato de Lucas e a visitação diante Seus discípulos é confirmada nos escritos de Lucas e João, entre outros. Lemos os testemunhos da Sua presença junto às mulheres, em Mateus, João e Marcos. As aparições de Jesus cessaram após quarenta dias, exceto numa única vez para Paulo, que confirmou a natureza especial desta posterior visitação de Jesus.

Em Coríntios, a primeira epístola de Paulo à Igreja em Corinto, conhecemos sete aparições diferentes de Jesus para mais de 500 indivíduos: "Ele visitou Pedro e depois os Doze, depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda vive, embora alguns já tenham adormecido. Depois apareceu a Tiago e então a todos os apóstolos; depois destes apareceu também a mim, um que nasceu fora de tempo pois sou o menor dos apóstolos e nem sequer mereço ser chamado apóstolo porque persegui a Igreja de Deus".

O número e a variedade dos testemunhos prestam um forte crédito ao historicismo da Ressurreição. Dentre as visitações destacam-se: Pedro (1), Tiago (1), Paulo (2), Caminhantes na estrada (3), Mulheres no jardim (5), Pescadores no lago (11), Discípulos em casa (15), Multidão na colina (25), Discípulos ao ar livre (30), Seguidores Cristãos (500), segundo o relato do Novo Testamento. A maior evidência da Ressurreição foi a profunda alteração motivacional ocorrida nos discípulos, quando passaram do desânimo coletivo para um organização missionária eficaz.

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Foi uma transformação do temor da retaliação dos romanos para a convicção profunda nos Ensinamentos de Jesus, quando os discípulos transmudaram-se em audaciosas testemunhas públicas da Ressurreiçãode Jesus Cristo. Pedro transformou-se do covarde que negou Jesus a uma rocha e porta-voz da Igreja primitiva; Tiago tornou-se o líder da Igreja de Jerusalém e Paulo foi transformado de um militante anti-cristão para o pioneiro na expansão mundial do Cristianismo. Todos foram transformados em homens determinados a combater o poder de Roma e sacrificaram suas vidas em defesa do Cristianismo!

Não existe outro evento histórico, em qualquer época, que tenha sido mais testemunhado e reconhecido mundialmente do que a Ressurreição de Jesus Cristo. Mas se a evidência é tão convincente por que nem todos acreditam em Jesus? Talvez seja pelo fato de que a partir desta admissão passariam a suportar compromissos morais e sociais que não desejam enfrentar, ou talvez simplesmente não querem acreditar na Sua existência apesar das evidências. Seja como for, a transformação incutida na alma humana continuará para sempre, eternamente!

Normalmente o impacto e os testemunhos sobre qualquer evento histórico decrescem como passar dos tempos, mas aconteceu justamente o contrário com a Ressurreição de Jesus. Atualmente, mais de 5 bilhões de seres humanos acreditam que Jesus é Nosso Senhor e Salvador e o movimento Cristão cresce cada vez mais tocando populações de todas as culturas, credos e raças. Jesus Cristo nunca foi uma figura histórica pois vive entre nós e pode transformar nossas vidas. Permitam que Seu Amor acalente suas almas solitárias e Ele trará a Paz Eterna.